Por contingências inevitáveis o Estados Gerais vai ter que fazer uma pausa quer na apresentação de conteúdos quer na visita aos meus respeitáveis amigos.
Espera-se curta e que possa trazer novidades no que diz respeito á abordagem dos temas e ao design do template.
Por outro lado a falta de uma oposição credível ao actual governo, oposição essa que se encontra sem ideias e sem rumo, esgota qualquer possibilidade de criar notícia pelo que não se quer defraudar quem nos lê.
Volto já!
Pausa
Written By Al Berto on quarta-feira, outubro 03, 2007 | quarta-feira, outubro 03, 2007
A pouca vergonha na SIC Notícias
Written By Al Berto on quinta-feira, setembro 27, 2007 | quinta-feira, setembro 27, 2007
Tenho no entanto de admitir que desta vez me surpreendeu pela positiva.
Interromper uma entrevista que versava um caso sério como é a incompetência e balbúrdia política do principal partido da oposição para dar imagens em directo da chegada do Mourinho, um simples treinador de futebol, ao aeroporto de Lisboa é, no mínimo, vergonhoso para o canal e desonestamente desonroso para com o entrevistado.
Passou-se isto na "SIC Notícias" que, ao assim proceder, demonstrou ser um canal "menor" ao mesmo tempo que, notoriamente, se descredibilizou.
Os factos em directo.
A internet tem destas "coisas"
Written By Al Berto on sábado, setembro 22, 2007 | sábado, setembro 22, 2007
Um casal bósnio está a divorciar-se depois de descobrir que eram amantes um do outro na Internet. Segundo o jornal britânico "Metro", Sana, de 27 anos, e Adnan Klaric, de 32, encontraram-se numa uma sala de "chat" utilizando os nicks «Sweetie» e «Prince of Joy».
Ambos achavam que tinham encontrado uma alma gémea com quem passariam o resto das vidas. O curioso é que ambos reclamavam dos mesmos problemas nos seus casamentos.
A verdade só foi descoberta quando combinaram um encontro.
Agora, o casal está a divorciar-se e cada um acusa o outro de traição.
«De repente, eu estava apaixonada. Era maravilhoso porque parecia que ambos estávamos presos ao mesmo tipo de casamento infeliz. Senti-me traída», disse Sana ao jornal.
Para Adnan, «é difícil acreditar que Sweetie, que escreveu coisas tão maravilhosas, é, na verdade, a mesma mulher com quem me casei e que não me disse uma única palavra carinhosa durante anos».
De facto há muitos casamentos em que as pessoas "apenas" se suportam... reciprocamente... e é pena, pois a vida é bem curta.
Aquilino Ribeiro, a homenagem merecida
Written By Al Berto on quarta-feira, setembro 19, 2007 | quarta-feira, setembro 19, 2007
Foi um dos romancistas mais fecundos da primeira metade do século XX.
A sua integridade como ser-humano estava acima de qualquer suspeita ao ponto do seu natural inimigo de regime dele assim falar:
- "É um inimigo do Regime. Dir-lhe-á mal de mim; mas não importa: é um grande escritor." - António de Oliveira Salazar.
As tendências constantes da sua ficção são de um regionalismo que é apego à terra campesina e às suas gentes, sem perder universalidade nos seus caracteres e descrições, duma ironia terna e complacente perante os vícios humanos comuns, duma crítica violenta da opressão política e do fanatismo ideológico, duma atenção inebriada ao pulsar do torrão campestre e duma atenção muito especial à vibração sensual do corpo no ser humano.
O Romance da Raposa, uma obra de Aquilino Ribeiro escrita para o seu filho Anibal, é um clássico que faz as delicias das crianças e que relembro com ternura.
Já foi levada ao teatro e ao desenho animado.
Os caros amigos, graúdos e miúdos, têm aqui a possibilidade de ouvir esta obra tão interessante.
- O Romance da Raposa - capítulo 1
- O Romance da Raposa - capítulo 2
- O Romance da Raposa - capítulo 3
- O Romance da Raposa - capítulo 4
- O Romance da Raposa - capítulo 5
- O Romance da Raposa - capítulo 6
- O Romance da Raposa - capítulo 7
- O Romance da Raposa - capítulo 8
- O Romance da Raposa - capítulo 9
- O Romance da Raposa - capítulo 10
- O Romance da Raposa - capítulo 11
- O Romance da Raposa - capítulo 12
Um aveirense... que nos deixa
Written By Al Berto on terça-feira, setembro 18, 2007 | terça-feira, setembro 18, 2007
O professor Armando Simões dos Santos, fundador da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, morreu esta madrugada, aos 75 anos.
Designado pela Ordem dos Médicos como "o pai da medicina dentária portuguesa" dirigiu a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa entre 1991 e 2002.
O professor Armando Simões dos Santos era uma pessoa muito dedicada ao ensino e à faculdade, que ele chamava afectuosamente de 'a minha escolinha' e que começou com 16 alunos, mas tem agora 600, sendo a única faculdade do mundo onde se formam equipas de saúde oral completas.
Nascido a 30 de Janeiro de 1932 em Cacia, Aveiro, Armando Simões dos Santos licenciou-se em Medicina na Universidade de Coimbra, em 1959, e especializou-se em Estomatologia, tendo-se empenhado de tal modo que, durante mais de dois anos consecutivos trabalhava, comia e dormia no Hospital de Santa Maria. Isto aos 27 anos de idade.
Em 1963 foi mobilizado para a guerra colonial e partiu para Angola, onde ajudou a criar um serviço de cirurgia maxilo-facial no Hospital Militar de Luanda.
Quando regressou a Portugal, sentiu necessidade de actualizar a sua formação - o que fez em Espanha, França, Dinamarca e Suécia - tendo ingressado depois no Hospital de Santa Maria, onde fez carreira hospitalar, atingindo o grau de Médico Graduado e, posteriormente, Chefe de Clínica.
Fundou, em 1975, a então denominada Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa.
Presidente da Sociedade Portuguesa de Estomatologia em 1978, e da direcção do Colégio de Estomatologia da Ordem dos Médicos no ano seguinte, integrou um total de 18 sociedades científicas, tendo sido distinguido com a condecoração de Grande Oficial da Ordem de Mérito em 2005.
Um aveirense que foi um exemplo de vida.
Produzir energia... sem poluir o ambiente
Written By Al Berto on quinta-feira, setembro 13, 2007 | quinta-feira, setembro 13, 2007
O governo acaba de aprovar o decreto-lei que simplificará o processo de licenciamento.
Cumprida esta obrigatoriedade, o pequeno consumidor assumirá também o papel de produtor de electricidade, podendo até vendê-la à rede pública.
Nos sistemas de micro-geração de electricidade, com recurso a energias renováveis, as micro-eólicas apresentam um enorme potencial de crescimento comparativamente às actuais tecnologias de captação e transformação da energia solar que já têm uma aceitação considerável no mercado.
Com estas alterações na legislação, será mais fácil para qualquer pessoa ter um aero-gerador de energia em casa.
Para já, os portugueses estão habituados a ver as enormes torres, com hélices gigantes, espalhadas pelos campos, mas em breve, face aos recentes desenvolvimentos tecnológicos, será possível ter uma versão bem mais pequena em casa.
Esta tecnologia tem nas áreas rurais ou onde existam pequenas moradias o terreno ideal para crescer.
Nas zonas urbanas será mais complicado aplicar esta tecnologia devido às movimentações e escoamento do vento.
Cada vez mais se pode constatar que o homem, querendo, pode mudar o rumo dos acontecimentos a favor da natureza... que o mesmo é dizer, da sua própria sustentabilidade.
O silêncio da inocente
Written By Al Berto on segunda-feira, setembro 10, 2007 | segunda-feira, setembro 10, 2007
2- A janela do quarto onde Maddie dormia estava intacta. Kate chegou a dizer nas primeiras entrevistas que teria sido destrancada, mas não foram recolhido indícios nesse sentido;
3- Foram os McCann os primeiros a admitir à Polícia Judiciária que a criança poderia estar morta. E contrataram um professor sul-africano para procurar o cadáver;
4- Durante meses, os pais de Maddie garantiram que nunca deixariam a Luz sem saberem o que aconteceu à filha. Diziam recusar-se a regressar com a família reduzida.
A mudança de comportamento dos McCann parece ser reveladora. Desde que a hipótese de morte foi colocada que os pais mudaram o comportamento perante a polícia, admitindo a possibilidade de voltarem a Inglaterra;
5- A família de Madeleine só começou a admitir abandonar Portugal após as buscas feitas no apartamento com auxílio dos cães ingleses;
6- Na viatura usada pelos McCann foi encontrado o que se presume ser uma mancha de sangue. O vestígio estava na mala. Analisado em Birghiman, os exames terão revelado tratar-se ADN idêntico ao de Maddie;
7- Os cães detectam odores de cadáver nas roupas de Kate. O sinal foi dado quando se aproximaram de umas calças de ganga e de uma t-shirt usada pela mãe da criança. O mesmo vestígio foi detectado no peluche;
8- Os cães detectaram o vestígio de cadáver entre o apartamento e a Praia da Luz. As autoridades acreditam que a morte da criança aconteceu no apartamento e que o corpo poderá ter sido escondido a sul do aldeamento;
9- O rasto de morte encontrado no apartamento do Ocean Club levanta muitas dúvidas à versão de Gerry e Kate. A partir daqui a investigação centra-se no casal McCan, os últimos adultos a verem a menina;
10- Brian Healy, pai de Kate, admitiu ontem que a sua neta tomava Calpol, um tranquilizante para dormir que é comercializado no Reino Unido;
12- Na noite dos acontecimentos, e apesar de toda a confusão e barulhos gerados pelas pesquisas no local, os gémeos nunca acordaram (erro da PJ que não terá feito despistagem da presença de drogas com um simples teste à saliva dos mesmos);
11- Assim que Kate e Gerry se preparavam para ir para Inglaterra, a mãe de Kate avisou, por telefone, as estações CNN e Sky News;
12- Sendo suspeitos de homicídio por negligência e de ocultação de cadáver, Kate e Gerry não podiam ter ficado em preventiva;
13- Os crimes de que são acusados podem agravar-se para dolo eventual. Como médicos têm consciência das consequências dos actos praticados ( O dolo eventual é o facto de uma pessoa poder prever a morte e conformar-se com o resultado de forma consciente);
É uma questão de tempo, apesar da manobra de diversão que criaram em torno do álibi do desaparecimento que atrasou as investigações no sentido do homicídio, e tudo será esclarecido.
Torna-se necessário encontrar o corpo da menina.
O tempo joga a favor dos execráveis assassinos devido ao seu natural processo de decomposição.
O cerco, no entanto, vai-se fechando.
Está em causa também a honestidade da polícia e das autoridades inglesas, pois terão de demonstrar, na prática, se valorizam mais o tráfico de influências ou a descoberta da verdade.
A tal solidariedade internacional na "luta contra o terrorismo", que tanto apregoam, tem aqui uma boa oportunidade para ser avaliada.
Do Portugal profundo...
Written By Al Berto on sábado, setembro 08, 2007 | sábado, setembro 08, 2007
A mentira tem "perna curta"... o ditado já é velho.
Provando que o seu grau de desenvolvimento intelectual se tem vindo a ajustar aos novos tempos, os portugueses vão dando o benefício da dúvida a um governo que, "contra ventos e marés", tem lutado contra o imobilismo que, nos últimos anos, se vinha verificando em Portugal.
É um facto que os portugueses, nós todos, deveríamos estar melhor a todos os níveis.
Essa é uma pretensão de todos os povos.
No entanto, para que isso seja possível, torna-se necessário um esforço conjunto que assim permita alcançar tal desiderato.
Não se pode estar à espera dos governos como se eles fossem os "salvadores da pátria".
Aos governos exige-se seriedade, contenção, serenidade, organização... e inteligência.
"A maioria dos portugueses vêem confiando neste governo porque lhe reconhecem estes valores.
A demagogia grosseira duma oposição incompetente e sem soluções para o futuro, demagógica nas suas propostas populistas e sem qualquer sentido prático, não colhe junto dos portugueses que vêem em José Sócrates a pessoas certa para o lugar certo.
O país tem finalmente um rumo... e os portugueses reconhecem isso.
Ao governo é pedido que colabore estrategicamente na criação de riqueza, mas cabe ao tecido empresarial criar essa mesma riqueza... mais e, sobretudo, melhor.
O pais vai caminhando, devagar mas inexoravelmente, para deixar de ser o pais da subsídio-dependência.
A luta contra os corporativismos ainda existentes tem de continuar... sem tréguas.
Aqueles que entendem isso como "autoritarismo" e "prepotência" vão ter que se "adaptar" a uma governação que não cede aos interesses confortavelmente instalados.
Viver com equilibrio
Written By Al Berto on terça-feira, setembro 04, 2007 | terça-feira, setembro 04, 2007
Numa época dum completo descrédito que paira sobre a maioria das religiões mundiais, muitas delas fomentadoras de violência generalizada, é sempre bom saber que há alguém que, pelo seu passado, pela sua prática, pela sua cultura, pela sua vivência diária, é um exemplo a seguir.
O Dalai Lama vai estar de novo em Portugal.
Os seus ensinamentos, a sua filosofia para enfrentar os desafios da vida - e da morte - no marasmo religioso de ideias que os tempos conhecem é, sem dúvida alguma, um tónico fundamental para a obtenção do equilíbrio espiritual necessário a uma vida em harmonia e paz interior.
Qualquer prática espiritual precisa de estar suportada no exemplo, também ele prático, dos seus promotores.
Não é mais possível a "política" do "olha para o que eu digo... mas não olhes para o que eu faço".
O Dalai Lama, pela sua postura e pela sua humildade, é uma personagem cativante e cuja credibilidade ninguém ousa por em causa.
"Mais de 5,7 bilhões de pessoas, a maioria delas certamente não são crentes.
Nós não podemos discutir com elas, dizer que elas deveriam ser crentes.
Não! É impossível!
E, realisticamente falando, se a maioria da humanidade continuar não-crédula, não importa.
Nenhum problema! O problema é que a maioria perdeu, ou ignora, valores humanos profundos – compaixão e senso de responsabilidade.
Essa é a nossa grande preocupação porque sempre que houver uma sociedade ou comunidade sem esses valores humanos mais profundos, não poderá sobreviver, assim como uma única família humana não poderá ser uma família feliz."
"... E, realisticamente falando, se a maioria da humanidade continuar não-crédula, não importa."... só mesmo quem é possuidor duma inteligência superior pode pronunciar tais palavras.
O escândalo que vai pôr o Brasil nas bocas do mundo.
Este escândalo, para um governo que dizia vir por ordem na corrupção brasileira, mais não é do que "um banho de água fria" para o seu povo.
Hoje fica-se a conhecer que, da esquerda à direita, a política brasileira é governada, na sua maioria, por pessoas corruptas, sem princípios e que facilmente se vendem "por um prato de lentilhas".
Os "esquemas" triunfam sobre uma pratica política honesta e tornam-se o modelo a adoptar.
A descaracterização da sociedade é tal que já não há vergonha pública quando se sabe estar sob a mira do seu próximo como um corrupto ou pessoa sem valores.
A banalização da falta de ética política a isso conduz.
Para quando um presidente brasileiro que saiba por "ordem e respeito na casa"?
Conspiração
Written By Al Berto on sexta-feira, agosto 24, 2007 | sexta-feira, agosto 24, 2007
... bebedeira = a falta de correcta ponderação = overdose, ainda que por esse facto acidental, para calar a menina... não sei, não!
Também é curioso eles afirmarem que gostavam de saber tudo o que a PJ anda a fazer como se a instituição fosse algum órgão de informação.
Parece que o círculo se está a apertar.
Actualização 1:
Estes sujeitos já conseguem irritar o mais ingénuo dos seres humanos.
Primeiro andaram por tudo quanto era sítio, incluindo influências diplomáticas inglesas, à procura duma publicidade que até se terá tornado prejudicial à investigação, agora que a PJ lhes trocou as voltas ao móbil que teriam em mente dizem isto.
Não há pachorra já que resista... ou não é suspeita uma tão brusca mudança de posição?
De sujeitos cuja especialidade era roubar quem comercializava legalmente os seus bens.
Ficou famosa a bandeira negra com a caveira nela pintada.
Ficou célebre também, á época, o acordo que Portugal fez com a China para patrulhar os seus mares e garantir a protecção de pessoas e bens contra tais parasitas e assassinos.
Ora, parece que os processos de então teimam em persistir nos dias de hoje.
Vem isto a propósito dos inúmeros casos de assassinatos lá ocorridos, muitos envolvendo crianças, o que é sintomático da degradação social e da má educação prestada ás crianças e jovens que por lá vai.
Os gangs proliferam.
Já o caso dos holigans no futebol é outra criação, e imagem de marca, daquela gente que, em boa hora, a natureza resolveu separar do resto da Europa.
Outra situação bem real é o facto de não admitirem as suas próprias insuficiências e até incompetências.
Vem isto a propósito do caso da menina, por enquanto desaparecida, Madeleine.
Por terem assegurado que conseguiam resultados mais rápidos, chegaram a afirmar poderem apresenta-los em 48 horas, seguiram para o laboratório inglês Forensic Science Service (FSS), em Birmingham, amostras forenses para análise.
Acontece que já lá vão 17 dias e... nada. Nem satisfações, nem resultados.
Uma vergonha, em toda a sua dimensão.
Os mídia britânicos, e o poder político que tanto agiu no sentido de condicionar as pesquizas e que tanto tentaram desacreditar a nossa extraordinária Policia Judiciária, vêm-se agora perante a tese de morte apresentada pela nossa PJ e não sabem o que fazer à vida.
Típico de pessoas com má formação, estão cientes de que o mundo vai ficar com uma impressão vergonhosa e uma opinião mais do que negativa da civilização inglesa no seu todo.
O facto é que quanto mais agravarem esta situação mais negativa será a essa opinião.
Alguns dados:
1- Era costume os pais se revezarem para vigiarem as crianças, (quando os filhos são um "fardo" é no que dá. Como é possível entregar bebés a outros para sua vigilância. Só por esta atitude considero gente sem princípios e, na minha opinião, uns crápulas);
2- Na noite do "desaparecimento" da menina, ao jantar, as 9 pessoas, das quais 4 eram mulheres, beberam ao todo 14 garrafas de vinho fora as restantes bebidas, (para bom entendedor é uma questão de fazer contas e avaliar que tipo de atenção que poderia ser dada ás crianças por esta gente);
3- As últimas contradições que se podem encontrar, tanto na recente alteração do comportamento dos pais como em várias declarações, são indício de que esta história está muito mal contada;
Resumindo, é minha convicção de que, infelizmente, a menina está morta.
Como terá ocorrido a sua morte é o que resta descobrir.
Acidental ou não, com gente deste calibre, ávida de irresponsável boémia, já não é de descartar a hipótese de lhe terem dado uma "boa" dose de calmantes para a manter quieta e calada, dose essa que se pode ter revelado fatal, pela dose em si ou por complicações que possa ter desencadeado.
Mas lá chegará a PJ... se as pressões inglesas que se conhecem a não calarem.
Medidas moralizadoras
Written By Al Berto on segunda-feira, agosto 20, 2007 | segunda-feira, agosto 20, 2007
Os honestos mais uma vez não terão nada a temer... os outros, felizmente poucos mas suficientes para "sujar" o seu bom nome, vão ter que se cuidar.
Vem isto a propósito dos funcionários públicos que apresentem sinais de riqueza desconformes com as suas declarações de rendimentos virem a ser investigados pelo Ministério Público, onde poderão ser alvo de um processo disciplinar por parte da tutela.
A Administração Fiscal, mesmo sem ocorrer qualquer infracção, passará a denunciar a situação fiscal do funcionário público ao seu serviço para averiguações.
Sem dúvida uma medida moralizadora e preventiva de actividade desonesta por parte dos servidores do estado.
Eis algumas das manifestações de fortuna:
1.º Imóveis de valor de aquisição igual ou superior a 250 000 euros;
2.º Automóveis ligeiros de passageiros de valor igual ou superior a 50 000 euros e motociclos de valor igual ou superior a 10 000;
3.º Barcos de recreio de valor igual ou superior a 25 000 euros;
4.º Aeronaves de turismo;
5.º Suprimentos e empréstimos feitos no ano de valor igual ou superior a 50 000 euros;
Paulatinamente o país vai conhecendo uma organização legislativa que tardava e que, há muito, está em prática na maioria dos países desenvolvidos.
Outra medida que urge ser tomada é a equiparação do processo de despedimento ao de qualquer outro trabalhador do sector privado.
Não há qualquer razão para haver diferenças de tratamento nesta matéria entre uns e outros.
Ou medidas desta natureza ou aquelas propostas pelo irresponsável e demagógico líder do principal partido da oposição de baixar os impostos, medida essa que é quase unanimemente reprovada, nacional e internacionalmente, pelos melhores especialistas em economia e finanças.
Portugal e o Futuro.
Written By Al Berto on quarta-feira, agosto 15, 2007 | quarta-feira, agosto 15, 2007
Os portugueses estão numa verdadeira encruzilhada.
Ou têm a paciência necessária para aguentar as reformas em curso e a capacidade para darem a "volta por cima" ou não deixarão de ver o seu futuro adiado.
Todos sabemos que desde o desvario "gonçalvista" de 1975, que destruiu por completo o aparelho produtivo nacional e distribuiu benesses artificiais pelos sindicatos mais corporativistas e ligados ao partido comunista, Portugal tem vindo a tentar reerguer-se.
Muito já foi feito.
É por isso com incredulidade que se podem ler as afirmações do secretário-geral do partido comunista português.
Como é possível alguém com o ideário político que se lhe conhece falar de melhoria dos pressupostos económico-financeiros quando é esse mesmo ideário que está, exactamente, na base de toda a pouca produtividade onde ela é conhecida ou seja, nas empresas, normalmente públicas, e instituições, normalmente públicas, onde os sindicatos comunistas dominam?
Seria, felizmente, fastidioso enumerar todas as empresas onde a produtividade é a palavra de ordem, e que convido a visitar, como a YDREAMS, CRITICAL SOFTWARE, NFIVE, CHIPIDEA, MARTIFER... etc., etc., etc.
Nestas empresas o partido comunista tem 0% de apoio e não se dá pela existência e/ou necessidade de sindicatos.
Todos os seus colaboradores se sentem empenhados no sucesso da empresa.
A pergunta que se põe é: Porquê?
Poderíamos agora enumerar aquelas em que a produtividade é sofrível, ou má, e rapidamente veríamos que são exactamente aquelas com sindicatos próximos do partido comunista e onde criaram um maior corporativismo.
Sintomático.
É aí que eles se aproveitam das dificuldades financeiras das empresas ou instituições para, demagogicamente, iludirem os trabalhadores com quimeras impossíveis e que só a riqueza produzida pode permitir.
A convergência com os países mais ricos da Europa somente será possível quando todos pensarmos em melhorar como pessoas, como trabalhadores, enfim, quando todos juntos formos capazes de gerar a riqueza necessária para que isso seja alcançado.
É necessário trabalhar mais... e melhor... e pensar menos em férias no Brasil, em Cuba, no México, etc., etc., e em outros luxos para os quais não criámos primeiramente a riqueza necessária.
Não é mais possível viver a crédito... ou através dos cartões de crédito.
Alguns dos homens e mulheres que fazem "mexer" o país podem ser lidos aqui... ou porque Pinto da Costa bem poderia ser um mero motorista de Joe Berardo ou Luís Filipe Vieira.
A competência, e seriedade, em acção.
Written By Al Berto on sábado, agosto 11, 2007 | sábado, agosto 11, 2007
A medida insere-se no programa de saneamento económico de emergência aprovado na passada quinta-feira, o qual impõe ainda prudência nos gastos de utilização de viaturas, telefones, arrendamentos e horas extraordinárias.
Estas decisões constam de um despacho do novo presidente da Câmara de Lisboa e antecipam já a filosofia do Orçamento municipal para 2008.
António Costa já decidiu um corte da ordem dos 300 milhões de euros na despesa, ou seja, uma redução de 37,5% em relação ao orçamento em vigor no ano em curso.
Os portugueses querem gente que tome medidas sérias no governo das mais variadas instituições e não de políticos demagogos, irresponsáveis e, portanto, inúteis que, com o "chamaril" das benesses, mais não fazem do que destruir a saúde financeira das mesmas.
A "ovelha negra"
Written By Al Berto on domingo, agosto 05, 2007 | domingo, agosto 05, 2007
A Ordem afirma que face à gravidade das violações cometidas, do dolo intenso com que as praticou, incorre o arguido em pena disciplinar que se situará entre a suspensão e a expulsão.
José Martins tem agora um mês para apresentar a sua defesa escrita.
No entanto, recorde-se que esta é apenas uma acusação entre algumas dezenas de processos que correm na OA contra o este advogado.
A maioria são queixas de colegas seus. Mas não só.
Aliás, no mesmo edital, é também publicitada uma condenação, no seguimento de uma queixa do juiz da Vara Mista de Setúbal, por ofensas ao tribunal.
Nota da "redacção":
É curioso o "curriculum vitae" que apresenta este jurista, já que é o advogado dum tal Caldeira que, por sua vez, sistematicamente atacou o Primeiro-Ministro José Sócrates.
Curioso ainda é que um e outro, cada um à sua maneira, vão sentar o "cu no mocho".
"Diz-me com quem andas... "
"Deus" lhes faça justiça... que bem merecem e,
Deslumbramento
Written By Al Berto on sábado, agosto 04, 2007 | sábado, agosto 04, 2007
Quase como aquele funcionário que confronta o patrão com a inevitabilidade dum aumento salarial para continuar a colaborar com a empresa.
Tem todo o direito de o fazer... como o patrão tem todo o direito de lhe não atender a pretensão.
Quando muito, independentemente da sua eficácia ou não, deveria ter apresentado essas medidas à tutela para apreciação.
O que elas pretendiam consistia numa quase revolução na metodologia de gestão dos museus portugueses coisa que, ainda que visto de "fora", só parece viável em estreita colaboração organizativa com os restantes.
Ora medidas desta natureza não podem ser tomadas de forma avulsa e discriminatória numa actividade que tem que ser ponderada no seu todo.
Ao longo minha vida aprendi a respeitar a hierarquia e considero isso fundamental para que se obtenham os objectivos traçados pela administração.
O funcionalismo público não é excepção e não é pensável que um qualquer funcionário, independentemente da sua posição, dite regras de actuação para com um seu superior hierárquico.
É neste contexto que aparece o comunicado dos membros dirigentes dos restantes museus nacionais que se demarcam categoricamente da tomada de posição duma pessoa que, deslumbrada por algum sucesso conseguido na gestão do seu museu, o queria transformar numa coisa sua e não interligada com a restante malha museológica nacional.
O tom das declarações da citada ex-directora como reacção ao comunicado conjunto destes directores e a forma como o faz, dá para compreender que se trata de pessoa convencida da sua superioridade, com alguma arrogância à mistura e revelando inclusive ser de trato difícil quando colocada em trabalho de equipa.
Não há dúvida que "deu um passo maior que a perna" e que se terá, narcisisticamente, sobre-avaliado.
Portugal, com 40 milhões de habitantes?
Written By Al Berto on quinta-feira, agosto 02, 2007 | quinta-feira, agosto 02, 2007
Mas é levado muito a sério por autarcas que elaboram os planos directores municipais (PDM) e pelos Governos centrais que os têm aprovado.
Se o governo central reprova tais PDM's, que deveriam ser responsáveis e sensatos, "aqui d'el rei que nos acuda".
Nos seus cantinhos, presidentes e vereadores expandem as áreas edificáceis do concelhos.
O resultado é um país onde somados os valores máximos da densidade admitida por cada PDM poderiam viver 40 milhões de almas.
Para um país com 10 milhões de habitantes... não está mal!!!
João Joanaz de Melo, professor universitário de Engenharia do Ambiente, de forma irónica diz:
- Cada município tem a esperança de captar mais moradores, mas ninguém faz as contas gerais. Olhando para a demografia "virtual" dos PDM, a população cresce de forma galopante.
Isto até parece a Índia.
Acontece, no entanto, que de ano para ano aumenta o parque habitacional do país.
O número de fogos quase duplica o número de famílias.
Em consequência disto as estatísticas apresentam Portugal como tendo das mais altas taxas de segunda habitação da Europa.
Um novo futuro para Lisboa
Written By Al Berto on quarta-feira, agosto 01, 2007 | quarta-feira, agosto 01, 2007
É uma data marcante para a cidade que, há muito, não vinha tendo um presidente á altura dos desafios daquela que é, simultaneamente, a capital do país.
As governações de direita dos últimos seis anos foram desastrosas para as finanças municipais que deixaram a câmara sobre-endividada e as empresas municipais á beira da falência.
Com a tomada de posse de António Costa foi divulgado um entendimento com José Sá Fernandes do BE.
Pelo seu comportamento no passado, também ele já deu mostras de poder vir a ser uma mais-valia para o executivo camarário.
Uma situação sobressai no entanto que consiste no facto de uma ala do BE, mais "papista do que o papa", se ter pronunciado contra este acordo para a governação da capital.
Alega tal facção, irresponsável e anâ-política, que assim o BE não se poderá afirmar como alternativa ao PS nas próximas eleições legislativas e autárquicas.
Senão fosse caricato daria para rir o facto de um partido com 4% dos povos dos portugueses querer ser alternativa a qualquer coisa na política portuguesa.
Sá Fernandes vale, por si só, mais do que o conjunto do partido.
Desengane-se quem pensar o contrário.
Grave ainda é tal irresponsável facção, cega por ideologia ultrapassada e fundamentalista, colocar os interesses do partido á frente dos interesses da cidade.
Esta tomada de posição que, a meu ver, não deverá comprometer o partido no seu conjunto, sem dúvida que foi bastante elucidativa para o conjunto dos lisboetas da irresponsabilidade política no que aquela facção do BE diz respeito.
Aguardemos agora que Helena Roseta se defina.
Todos estamos a analisar a sua postura, isto é, se também ela coloca duvidosos interesses particulares á frente dos interesses da cidade.
"Ouro cinzento"
Written By Al Berto on segunda-feira, julho 30, 2007 | segunda-feira, julho 30, 2007
Segundo a investigação, publicada pela revista "Human Molecular Genetics", da Universidade de Oxford (no Reino Unido), essa movimentação celular caótica pode estar ligada à activação aberrante de uma molécula chamada EGFR (acrónimo em inglês para Receptor do Factor de Crescimento Epidérmico), existente na membrana celular.
Ana Rita Mateus, Raquel Seruca coadjuvadas por colegas da Universidade do Porto e da Universidade Técnica de Munique (Alemanha), mostram no estudo que a inibição dessa activação pode converter a excessiva motilidade celular num padrão benigno.
Assim, os investigadores sugerem que os fármacos inibidores de EGFR - já disponíveis no mercado mas usados sobretudo em casos de cancro do pulmão - podem constituir uma nova terapia para controlar as metástases noutros tipos de tumores, como o do estômago e da mama.
A ciência portuguesa a par com o que de melhor se faz no mundo.
Contra os "velhos do Restelo"... nem tudo vai mal na república da Lusitânia... e este é um indicador de desenvolvimento ciêntifico de respeito.
O D. Quixote português
Written By Al Berto on quarta-feira, julho 25, 2007 | quarta-feira, julho 25, 2007
Confundir exigência de respeito e educação com falta de liberdade de expressão só pode vir de quem está a ficar afectado na sua lucidez intelectual.
Compará-la com situações ocorridas durante o "estado novo fascista" só pode acontecer por manifesta e galopante doença de foro psiquiátrico.
A ser assim até se poderá ficar na dúvida se Manuel Alegre pertençerá aos "bananas" a quem o Charrua se referia ainda que ninguém o tenha apelidado de FDP.
Não há dúvida de que a falta das "luzes da ribalta" toldam o espírito a muita gente mas... o tempo não anda para trás.
O rei vai nú.
Corrupção
Written By Al Berto on segunda-feira, julho 23, 2007 | segunda-feira, julho 23, 2007
Há quem seja da opinião de que, em condições normais, já deveria estar em prisão preventiva por existir o perigo de acção continuada da ilegalidade em causa.
É um facto que por actos muito menos graves há outros arguidos nessa situação.
Vendo que a sua condição começa a ficar "preta", tenta fugir á justiça através de expedientes burocráticos em que, infelizmente, a justiça portuguesa é pródiga.
Os portugueses estão atentos e não deixarão de tirar as suas ilações deste processo que se arrasta nos tribunais portugueses.
É a imagem da própria justiça que está em causa.
Para a Procuradora Maria José Morgado uma palavra de incentivo para que continue a dar "caça" sem tréguas aos inergúmeros que existem neste país.
Actualização:
Neste domínio, as máfias italiana e brasileira bem podem vir a Portugal tirar um curso "superior" pois nos seus países não passam de "meninos de coro".
Leia aqui um exemplo dos métodos utilizados.
Um tributo a Carl Sagan
Written By Al Berto on sábado, julho 21, 2007 | sábado, julho 21, 2007
Sempre me senti fascinado pela sua eloquência associada a uma rara inteligência.
Hoje, por razões que a própria razão desconhece, lembrei-me dos seus programas e resolvi prestar-lhe um pequeno tributo.
Ou será que a "estória" do sujeito que foi "feito do barro" faz algum sentido?
Por falar nisso, se Deus é a justificação última para a origem da existência... quem é que criou Deus?
Portugal no bom caminho
Written By Al Berto on quinta-feira, julho 19, 2007 | quinta-feira, julho 19, 2007
A proposta de lei relativa ao novo regime de vínculos, carreiras e remunerações da função pública foi aprovada pela Assembleia da República.
Destaque para a alteração das posições remuneratórias que passam a estar dependentes não só da avaliação de desempenho, mas também do orçamento, para as despesas com pessoal, disponível para cada serviço.
Uma outra medida, de importância extrema para colocar moralidade neste sector de actividade que vivia á margem dos restantes portugueses, prende-se com a possibilidade do mau funcionário público poder vir a ser despedido.
Para que isso aconteça são necessárias duas avaliações de desempenho negativas consecutivas.
Estas levam à instauração de um processo disciplinar, que poderá levar à cessação do vínculo laboral, caso se confirme que houve uma violação grave e reiterada dos deveres profissionais.
Esta nova legislação é para ser aplicada somente a admissões na função pública posteriores á data de aprovação do diploma.
Sem duvida alterações que, há muito, o país exigia no sentido de ter uma função pública mais eficiente, mais produtiva e mais responsável, numa palavra, mais profissional.
A culpa não pode "morrer" solteira
Written By Al Berto on quarta-feira, julho 18, 2007 | quarta-feira, julho 18, 2007
O problema é ainda mais sério do que tudo o que possa ser dito.
Quando um governo, e as suas instiuições, não sabem defender os seus cidadãos... é o próprio pais que está em causa.
É sabido há muito da falta de condições, para uma operação segura, do aeroporto de Congonhas.
Vários são os casos, diariamente, que fazem essa triste realidade.
Já no passado houve um outro caso em que morreram 100 pessoas quando um avião caiu sobre as casas circundantes.
É inadmissível que nada tenha sido feito. O que foi feito não passou de mera cosmética.
O planemamento urbano da cidade, sabedora da existência desse aeroporto, foi lamentável.
O próprio aeroporto não cuidou da sua própria segurança.
Entretanto as pessoas inocentes vão morrendo... até quando?
Um lema para o aeroporto poderá até ser lamentavelmente criado:
Viaje para o aeroporto de Congonhas e sinta na "pele" o que é uma verdadeira "roleta russa".
Por muito menos as linhas aéreas de Angola (TAG) foram proibidas de operar no espaço aéreo europeu.
Tudo isto é, de facto, muito lamentável.
Novidade... ou nem por isso!
Written By Al Berto on domingo, julho 15, 2007 | domingo, julho 15, 2007
... graças a "Deus" que, após realizado o pagamento e uma confissãozita, todos ficam de novo santificados.
ÙLTIMA HORA:
Ratzinger fez cartilha secreta para "ocultar crimes sexuais".
Ganda noia...
Written By Al Berto on quinta-feira, julho 12, 2007 | quinta-feira, julho 12, 2007
E saiba mais sobre um "verdadeiro licenciado"!
Louvar a Deus... com a mão na carteira.
Written By Al Berto on terça-feira, julho 10, 2007 | terça-feira, julho 10, 2007
É sabido também que um método bem objectivo, e prático, de manter as crianças e adolescentes longe de vícios que lhes podem acarretar a destruição da própria vida é... mantê-los nas escolas.
Desta forma, para além de estar salvaguardada a sua segurança, estão também a aumentar as suas possibilidades de poderem usufruir duma vida melhor para o seu futuro como cidadãos.
Ganham os próprios, os pais... e o país.
Ora há quem não veja bem assim esta nova realidade e ache que o estado não se deve preocupar com os seus jovens cidadãos, antes os deve deixar ao "cuidado de Deus", que é como quem diz, ao cuidado dos seus intermediários que isto de interagir com Deus directamente está cada vez mais difícil.
Ora os que agora se queixam da actividade legislativa dum governo democraticamente eleito são os mesmos que, durante décadas, viveram á "sombra" duma ditadura hipócrita, mesquinha, retrógrada, estúpida e sanguinária... sem terem nada a opôr, bem pelo contrário.
Falam com despudor de liberdade de imprensa, como se algum dia soubessem o que isso quer dizer ou lhes assistisse alguma autoridade moral para dela falarem.
Dessa ou de qualquer outra liberdade... como a religiosa por exemplo, sim que essa também é uma liberdade fundamental do cidadão e, no entanto, por esses sempre foi combatida.
Francamente, não fica bem fazer a pessoa mais estúpida do que ela já é.
sob o açoite do Pecado,
com que o persegue Satã,
o pobre gebo parece
o monstro de Lockness
ou um monge de Zurbarán.
Nasceu de paixão secreta
entre casada e roupeta,
junto a Santa Comba Dão.
Graça ao duplamente padre,
dele fez a Santa Madre
guarda-livros da nação.
Profunda, negra, maldita,
mágoa oculta nele habita,
que impede que o monstro ria.
Ah, ninguém sabe a razão
por que no seu coração
jamais floriu a alegria.
Solitário pecador,
nunca deu fruto, e o amor,
força que a todos impele
– como abelha laboriosa,
que evita a flor venenosa –
sempre voou longe dele.
Ainda seminarista,
logrou ele uma conquista.
Grave descoberta fez,
porém, ela, que, coitada,
fugiu dele, horrorizada,
condenando-o à frigidez.
Diz uma beata que santo
se tornou de rezar tanto.
E, com pesar, assevera
que ele, no púbis moreno,
em vez de um órgão obsceno,
tem uma vela de cera.
Talvez por isso maldita
mágoa oculta nele habita,
que impede que o monstro ria.
Esta é talvez a razão
por que no seu coração
jamais noivou a alegria.
Quando o Ferro acha preciso
trazer-lhe ao rosto um sorriso
de propaganda ou de arte,
manda vir o Cerejeira,
que lhe faz, com mão brejeira,
cócegas em certa parte.
Para alegrá-lo, Deus quis
fazer dele seu aprendiz.
Deu-lhe a vara de condão,
que já servira a Moisés.
E logo surgiram três
campos de concentração.
Antes dele, nada existia
na terra da gente ímpia,
de Afonso Costa e Pombal.
Num instante, ali, à toa,
fez logo surgir Lisboa
mais Peniche e o Tarrafal.
Novos golpes de varinha,
inspirados por Sardinha,
com bênção do Cerejeira
– e apareceram estradas,
portos, igrejas, privadas,
Sintra, o Tejo, a Panasqueira…
Nascera, enfim, Portugal.
Não o de Costa e Pombal
– que esse era de Satanás,
obra da Maçonaria –
mas o da Virgem Maria,
de D. Miguel e Maurras.
Mas inda e sempre, maldita,
mágoa oculta nele habita,
que impede que o monstro ria.
Ah, ninguém sabe a razão
por que no seu coração
jamais cantou a alegria.
Para salvar as finanças,
centuplica as vis cobranças.
Hitler, o "Füher", o inspira.
E governa com tal mão,
que hoje a Santa Comba Dão
chamam Santa Comba Tira.
Só faltava uma demão
para salvar a nação,
dantes livre, embora suja.
O Salvador cria os grémios.
E hoje o povo grita: "Algeme-os!
São um Pinhal de Azambuja!"
Os fantoches da Legião
e os mastins da Informação
ladram: "Salazar! Salazar! Salazar!"
E o eco, ao longe, repete,
qual desgrenhada Machbeth:
"… azar! … azar! … azar!"
O povo, que se consome,
vendo morrer-lhe de fome
os filhos, diz, num gemido
baixinho, como um queixume,
que o seu drama nos resume:
"Bandido! Bandido! Bandido!"
E os mortos do Tarrafal,
de Badajoz, do Funchal…
como espectros de Ugolino,
vêm ter, à noite, com ele,
e, como, a Caim, Abel,
acusam-no: "Assassino! Assassino! Assassino!"
Talvez por isso, maldita,
mágoa oculta nele habita
que impede que o monstro ria.
Esta é talvez a razão
por que no seu coração
jamais floresce a alegria!
Roberto das Neves, "Assim Cantava um Cidadão do Mundo"
(poemas que levaram o autor treze vezes aos cárceres do Santo Ofício de Salazar)
Update:
... e não é que eles entraram numa espiral de estupidez colectiva?
Como dizia o "outro", "presunção e água 'benta' cada um toma a que quer".
Imaginar que, para não falar do Islão, só a China e a India, em conjunto, possuem mais de 36% da população mundial e não tiveram a sorte de ver a "verdadeira" igreja por perto dá que pensar.
Olha se ainda estivessemos no tempo das cruzadas!!!
Dúvida metódica.
Written By Al Berto on domingo, julho 08, 2007 | domingo, julho 08, 2007
Vem isto a propósito da minha intenção em comprar uma casita, para férias, e estou inclinado para o Algarve mas debato-me com a dúvida que é a de saber se isso será um bom investimento e, portanto, se valerá a pena solicitar o respectivo empréstimo bancário.
Como os amigos são para as ocasiões, e pedindo desde já mil desculpas pelo incómodo, gostaria de saber a vossa franca e muito valiosa opinião de qual será a melhor atitude a tomar.
Para que melhor possam opinar fica aqui a casa em questão e o respectivo valor:
Grato, desde já, pela vossa amável e muito prestável ajuda.
Em tempo:
Nos últimos dias pode ser visto no noticiário um corte racial no acesso á universidade no Brasil.
Dois irmãos "completamente" gêmeos entraram com o processo para conseguirem as cotas referentes a afro-descendência.
Leram bem, cotas racistas para o acesso universitário.
Um deles foi considerado um legítimo “sangue-puro” afro-descendente e o outro um legítimo “sangue-puro” euro-descendente.
O curioso é que um é a imagem do outro... cortes de cabelos semelhantes, cor da peles morena e traços europeus.
A sua sorte, e azar, ter-se-á ficado a dever á diferença de luminosidade na fotografia.
Como pode?
... de facto com leis desta natureza a "coisa" fica difícil.
António Costa - Competência e Seriedade.
Written By Al Berto on quinta-feira, julho 05, 2007 | quinta-feira, julho 05, 2007
Inquiridos entre 18 e 20 de Junho, 33% dos cidadãos lisboetas pensa atribuir o seu voto de confiança ao ex-ministro da Administração Interna e número dois do Governo de José Sócrates.
Vários pontos percentuais abaixo aparece o candidato dos sociais-democratas, Fernando Negrão, com 18% dos votos.
Logo a seguir surge o presidente cessante do município lisboeta, Carmona Rodrigues, que com 17,3% conquista o segundo lugar.
A "independente" Helena Roseta (que já esteve á direita do PPD/PSD, depois ficou independente, depois filiou-se no PS, depois ficou "independente" e que agora ninguém percebe muito bem ao que anda), reúne a confiança de 11,3% dos lisboetas.
Mais abaixo está o cabeça de lista da CDU, Ruben de Carvalho, com 6,9%.
Largamente afastados estão José Sá Fernandes, do BE, com 5,2%, e Telmo Correia, concorrente do CDS-PP, que ocupa o último lugar com 4% dos votos.
Independentemente da escolha pessoal, 57,3 por cento dos eleitores alfacinhas apostam na vitória de António Costa, 10,1 por cento em Carmona e 6,1 por cento em Negrão.
Um homem sério, competente e fiel ás suas convicções.
Um homem que dignifica a política.
... ao contrário deste.
A mania da perseguição.
Written By Al Berto on segunda-feira, julho 02, 2007 | segunda-feira, julho 02, 2007
Á falta de argumento político para contrariar os sucessos económicos da actividade governativa conduzida pelo Primeiro-Ministro José Sócrates, a "oposição" vem-se servindo dos mais variados temas da vida "mundana" para "acertar" contas com o actual governo.
Há medidas que poderão ser contestadas? Sem dúvida.
Não há governos perfeitos... infelizmente.
A intenção do governo é boa quando as pretende por em prática... sem dúvida.
Só por mero masoquismo se poderá pensar o contrário.
Algumas dessas medidas penalizam mais a alguns portugueses no imediato?
Sem dúvida, mas só assim se poderá criar um futuro melhor para todos.
Vem isto a propósito dum tema relacionado com uma comunicação interna que a coordenadora da Sub-região de Saúde de Castelo Branco emitiu no sentido de que as cartas dirigidas aquela morada e endereçadas directamente a funcionários e/ou ao cuidado dos mesmos sejam abertas na coordenação daquela Sub-Região de Saúde pelo destinatário.
Resumindo, caso a carta seja de assunto particular fica, obviamente, somente do conhecimento do destinatário, se for assunto relativo á instituição será de imediato encaminhada para os serviços respectivos.
Para melhor avaliação, apesar da notícia não estar muito bem explícita, poderão lê-la aqui.
Tal como a notícia descreve logo os partidos da oposição vieram dizer "Deus nos acuda" que estamos a ficar sem as nossas liberdades. etc... e... tal.
Francamente a estes já nem ligo, tão descredibilizados eles estão.
No meio do noticiário televisivo entretanto reparo na posição duma representante do sindicato da função pública que, também nessa linha de raciocínio, logo se vem solidarizar com os seus colegas da dita Sub-Região que, "meu Deus" estão a ser perseguidos, estão em causa as liberdades individuais, isto é um "crime"... etc... e.. tal.
Esquece esta sindicalista que a coordenadora da Sub-Região de Saúde também é, ela própria, funcionária pública.
Apresenta uma argumentação desproporcionada e típica de pessoa a quem foi feita uma "lavagem ao cérebro" por parte do Partido Comunista Português.
A falta de bom senso é desastrosa.
Já nem param para pensar... nem procuram informar-se em pormenor do que está em causa.
Ora o que está em causa é, como a notícia refere, a confusão criada por este sistema em que "havia correspondência oficial para a sub-região que não dava entrada nos serviços porque era dirigida a funcionários. Depois, a instituição não dava seguimento aos documentos" e arcava com as culpas.
É minha opinião de que o que aquela circular deveria dizer era, muito simplesmente, que a partir daquela data, não seria mais admitida correspondência particular na instituição e "ponto final".
É minha opinião também de que partidos, sindicatos e pessoas responsáveis deveriam concordar com esta determinação.
Não consigo imaginar a situação de estar a receber cartas particulares e a mim dirigidas no meu local de trabalho sem ser, simultaneamente, o "patrão do negócio".
Por outras palavras, o farmacêutico diz aos amigos para mandar as cartas para a farmácia onde trabalha, o escriturário do advogado diz para mandar para o escritório do advogado, o funcionário da companhia aérea diz para mandar a correspondência para a companhia aérea.
Isto é um absurdo total. Esta gente perdeu o sentido da responsabilidade, a noção da sua própria auto-avaliação, para não falar na noção de decência.
Correspondência particular, salvo situação excepcional, é para ser encaminhada para a residência respectiva... e "ponto final".
O crime... nem sempre compensa.
Written By Al Berto on domingo, julho 01, 2007 | domingo, julho 01, 2007
Foi o cabecilha da maior falsificação de notas de banco da História.
As notas, essas, eram de 500 escudos, efígie Vasco da Gama, corria o ano de 1925.
Filho de uma família modesta - o pai era cangalheiro, tinha problemas financeiros e acabou por ser declarado insolvente - Alves dos Reis quis estudar engenharia. Efectivamente, começou o primeiro ano do curso, mas abandonou-o para casar com Maria Luísa Jacobetti de Azevedo, no mesmo ano em que a casa comercial do pai faliu.
Em 1916, emigrou para Angola, para tentar fazer fortuna e assim escapar às humilhações que lhe eram impostas pela abastada família de Luísa, devido à diferença de condição social.
Começa como funcionário público nas obras públicas de esgotos.
Em Angola, fez-se passar por engenheiro, depois de ter falsificado diplomas de Oxford, aliás de uma escola politécnica de engenharia que nem sequer existia: a Polytechnic School of Engineering.
De acordo com esse diploma falsificado, teria estudos de ciência da engenharia, geologia, geometria, física, metalurgia, matemática pura, paleografia, engenharia eléctrica e mecânica, mecânica e física aplicadas, engenharia civil geral, engenharia civil e mecânica, engenharia geral, design mecânico e civil.
Ou seja, quase tudo...
Com um cheque sem cobertura, comprou a maioria das acções da companhia dos Caminhos de Ferro Transafricanos de Angola, em Moçâmedes. Tornou-se rico e ganhou prestígio.
De volta a Lisboa, em 1922, compra uma empresa de revenda de automóveis americanos. Depois tenta apoderar-se da Companhia Ambaca.
Para o conseguir, passou cheques sem cobertura e usou depois o dinheiro da própria Ambaca para cobrir os cheques sobre a sua conta pessoal.
No total, apropriou-se ilegitimamente de 100 mil dólares americanos.
Com esse dinheiro comprou também a Companhia Mineira do Sul de Angola.
No entanto, antes de controlar toda a Ambaca, foi descoberto e preso no Porto, em Julho de 1924, por desfalque.
Foi acusado também de tráfico de armas.
Foi durante o tempo da prisão — só esteve preso 54 dias e foi libertado em 27 de Agosto de 1924 por pormenores processuais — que concebeu o seu plano mais ousado.
A sua ideia era falsificar um contrato em nome do Banco de Portugal – o banco central emissor de moeda, e que na altura era uma instituição parcialmente privada – que lhe permitiria obter notas ilegítimas mas impressas numa empresa legítima e com a mesma qualidade das verdadeiras.
Em 1924, Alves dos Reis contactou vários cúmplices e outros colaboradores de boa-fé para pôr os seu plano em marcha.
Entre os seus cúmplices e colaboradores encontrava-se o financeiro holandês Karel Marang van Ijsselveere; Adolph Hennies, um espião alemão; Adriano Silva; Moura Coutinho; Manuel Roquette e especialmente José Bandeira.
Um pormenor importante era que José Bandeira era irmão de António Bandeira, o embaixador português na Haia.
Alves dos Reis preparou um contrato fictício e conseguiu que este contrato fosse reconhecido notarialmente.
Através de José Bandeira, obteve também a assinatura do embaixador António Bandeira.
Conseguiu ainda que o seu contrato fosse validado pelos consulados da Inglaterra, da Alemanha e França.
Traduziu o contrato em francês e falsificou assinaturas da administração do Banco de Portugal.
Através de Karel Marang, dirigiu-se a uma empresa de papel-moeda holandesa, mas esta remeteu-os para a empresa britânica Waterlow and Sons Limited de Londres, que era efectivamente a casa impressora do Banco de Portugal.
Em 4 de Dezembro de 1924, Marang explicou a Sir William Waterlow, que por razões politicas, todos os contactos ligados à impressão das novas notas deveriam ser feitos com a maior das discrições.
O alegado objectivo das notas era conceder um grande empréstimo para o desenvolvimento de Angola.
Cartas do Banco de Portugal para a Waterlow and Sons Limited foram também falsificadas por Alves dos Reis.
William Waterlow escreveu uma carta confidencial ao governador do Banco de Portugal, Inocêncio Camacho Rodrigues em que referia os contactos com Marang.
Mas, aparentemente, a carta extraviou-se.
No caderno de encargos de impressão das notas, estipulava-se que estas viriam a ter posteriormente a sobrecarga Angola dado que, como se disse acima, alegadamente se destinariam a circular aí.
Por essa razão, as notas tinham números de série de notas já em circulação em Portugal.
Waterlow and Sons Limited imprimiu assim 200 mil notas de valor nominal 500 escudos (no total quase 1% do PIB português de então), efígie Vasco da Gama chapa 2, com a data de 17 de Novembro de 1922.
O número total de notas falsas de 500 escudos era quase tão elevado como o de notas legítimas.
A primeira entrega teve lugar em Fevereiro de 1925, curiosamente cerca de um ano depois das notas verdadeiras de 500 escudos, efígie Vasco da Gama, terem começado a circular.
As notas passavam de Inglaterra a Portugal, com a ajuda dos seus cúmplice, José Bandeira, que utilizava as vantagens diplomáticas de seu irmão, Karel Marang e ligações ao cônsul da Libéria em Londres.
Alves dos Reis, embora o mentor da fraude e o falsificador de todos os documentos ficava só com 25% das notas.
Ainda assim, com esse dinheiro fundou o Banco de Angola e Metrópole em Junho de 1925. Para obter o alvará de abertura deste banco, recorreu também a diversas outras falsificações.
Investiu na bolsa de valores e no mercado de câmbios.
Comprou também o Palácio do Menino de Ouro (actualmente o edifício em Lisboa do British Council) ao milionário Luís Fernandes.
Adquiriu três quintas e uma frota de táxis.
Além disso terá gasto uma avultadíssima soma em jóias e roupas caras, para a sua mulher, e para a sua amante, Fie Carelsen, uma actriz holandesa.
Tentou também comprar o Diário de Notícias.
O objectivo de Alves dos Reis era afinal comprar acções, e conseguir controlar, o próprio Banco de Portugal, de forma a cobrir as falsificações e abafar qualquer investigação.
Durante o Verão de 1925, directamente, ou através do cônsul da Venezuela em Lisboa, Simon Plancez-Suarez, comprou 7000 acções do Banco de Portugal.
No final de Setembro já tinha 9000, e no final de Novembro 10000.
Seriam necessárias 45000 acções para controlar o banco central.
Ao longo de 1925, começaram a surgir rumores de notas falsas, mas os especialistas de contrafacção dos bancos não detectaram nenhuma nota que parecesse falsa.
A partir de 23 de Novembro de 1925, Alves dos Reis e os negócios pouco transparentes do Banco de Angola e Metrópole começam a atrair a curiosidade dos jornalista de O Século – o mais importante diário português de então.
O que os jornalistas tentavam perceber era como era possível que o Banco de Angola e Metrópole concedesse empréstimos a taxas de juro baixas, sem precisar de receber depósitos.
Inicialmente, pensou-se que se tratava de uma táctica alemã — para perturbar o país e obter vantagens junto da colónia angolana.
A burla é publicamente revelada em 5 de Dezembro de 1925 nas páginas de O Século. Alguns dias antes, um funcionário de um banco no Porto apercebeu-se que tinham em caixa duas notas aparentemente genuínas, mas com o mesmo número de série.
A informação foi passada ao Banco de Portugal.
São dadas instruções para que as agências bancárias ponham as notas em cofre por ordem de número, para controlar duplicações.
Muitas mais notas com números repetidos aparecem.
O património do Banco de Angola e Metrópole foi confiscado e obtidas provas junto da Waterlow and Sons Limited.
Alves dos Reis é preso a 6 de Dezembro, quando já se encontrava a bordo ao tentar fugir para Angola.
Tinha 28 anos no momento da prisão.
A maior parte dos seus associados são presos também. Karel Marang e Adolph Hennies escaparam e saíram de Portugal.
Alves dos Reis esteve preso 108 dias esperando por julgamento.
Durante esse tempo, falsificou outros documentos com os quais conseguiu convencer os juízes que a própria administração do Banco de Portugal estava implicada na fraude. Em consequência disso, o julgamento esteve suspenso cinco anos.
Foi finalmente julgado no Porto, em Maio de 1930, e condenado a 20 anos: 8 de prisão e 20 de degredo.
Durante o julgamento, alegou que o seu objectivo era simplesmente desenvolver Angola.
Na prisão, converteu-se ao protestantismo.
Foi libertado em Maio de 1945.
Foi-lhe oferecido um emprego de empregado bancário; recusou.
Morreu de ataque cardíaco em Julho de 1955, pobre.
José Bandeira teve idêntica condenação.
Morreu em 1957, sem fortuna. Hennies fugiu para Alemanha.
Reapareceu mais tarde, sob o seu nome verdadeiro, Hans Döring.
Morreu em 1957, sem fortuna.
Karel Marang foi preso e julgado na sua Holanda natal, mas sentenciado a 11 meses de cadeia.
Posteriormente, naturalizou-se francês e terminou os seus dias, muito rico, em Cannes.
O escudo, a moeda portuguesa, teve perturbações cambiais e perdeu muito da sua credibilidade.
As notas de 500 escudos começaram a ser retiradas de circulação a 7 de Dezembro de 1925.
A 6 de Dezembro, o Banco de Portugal ordenou a retirada de circulação de todas as notas de 500 escudos.
Inicialmente a troca das notas foi autorizada até 26 de Dezembro.
Durante estes 20 dias, saíram de circulação 115 000 notas legítimas ou não.
No entanto, em Abril de 1932, o Banco de Portugal determinou que fossem abonadas aos portadores de reconhecida boa fé as notas de 500 escudos (...), quer sejam autênticas, quer façam parte das que foram entregues por Waterlow & Sons a Marang e seus cúmplices. Isso implicou um enorme prejuízo para o banco central.
Na verdade, um pequeno grupo de notas – a que se veio a chamar notas camarão – foram recusadas para troca pelo Banco de Portugal.
O nome provinha de terem sido banhadas numa solução de ácido cítrico, com o objectivo de as livrar do cheiro de tinta fresca. O resultado foi uma ligeira descoloração, resultando numa cor semelhante ao daquele marisco.
De acordo com a lei portuguesa, as notas retiradas de circulação em 1925 puderam ser trocadas no Banco de Portugal até 1995.
Naturalmente que esta prescrição, não era relevante dado que o valor de colecção das notas (legítimas e falsas) a partir dos anos 50 passou a ser muito superior ao seu valor facial.
A fraude criou uma enorme crise de confiança na população em relação aos poderes públicos.
Embora os desenvolvimentos desse período sejam complexos, essa crise pode ter facilitado o golpe de Estado de 28 de Maio de 1926, que derrubou o presidente da República, Bernardino Machado, e deu origem à ditadura, e a partir de 1932, ao Estado Novo de Salazar.
O Banco de Portugal processou a Waterlow & Sons nos tribunais londrinos: um dos mais complexos casos da história judiciária britânica até então.
Sir William Waterlow foi demitido de presidente da casa impressora em Julho de 1927.
Em 1929, foi eleito presidente da câmara (mayor) de Londres, mas morreu de peritonite antes da decisão judicial.
O caso foi resolvido em 28 de Abril de 1932.
A Waterlow & Sons pagou uma indemnização ao Banco de Portugal e faliu.
Moral da história: Há filmes com muito menos argumento.