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Ideias para Blogger

A mania da perseguição.

Written By Al Berto on segunda-feira, julho 02, 2007 | segunda-feira, julho 02, 2007


Á falta de argumento político para contrariar os sucessos económicos da actividade governativa conduzida pelo Primeiro-Ministro José Sócrates, a "oposição" vem-se servindo dos mais variados temas da vida "mundana" para "acertar" contas com o actual governo.

Há medidas que poderão ser contestadas? Sem dúvida.
Não há governos perfeitos... infelizmente.

A intenção do governo é boa quando as pretende por em prática... sem dúvida.
Só por mero masoquismo se poderá pensar o contrário.

Algumas dessas medidas penalizam mais a alguns portugueses no imediato?
Sem dúvida, mas só assim se poderá criar um futuro melhor para todos.

Vem isto a propósito dum tema relacionado com uma comunicação interna que a coordenadora da Sub-região de Saúde de Castelo Branco emitiu no sentido de que as cartas dirigidas aquela morada e endereçadas directamente a funcionários e/ou ao cuidado dos mesmos sejam abertas na coordenação daquela Sub-Região de Saúde pelo destinatário.
Resumindo, caso a carta seja de assunto particular fica, obviamente, somente do conhecimento do destinatário, se for assunto relativo á instituição será de imediato encaminhada para os serviços respectivos.

Para melhor avaliação, apesar da notícia não estar muito bem explícita, poderão lê-la aqui.

Tal como a notícia descreve logo os partidos da oposição vieram dizer "Deus nos acuda" que estamos a ficar sem as nossas liberdades. etc... e... tal.

Francamente a estes já nem ligo, tão descredibilizados eles estão.

No meio do noticiário televisivo entretanto reparo na posição duma representante do sindicato da função pública que, também nessa linha de raciocínio, logo se vem solidarizar com os seus colegas da dita Sub-Região que, "meu Deus" estão a ser perseguidos, estão em causa as liberdades individuais, isto é um "crime"... etc... e.. tal.
Esquece esta sindicalista que a coordenadora da Sub-Região de Saúde também é, ela própria, funcionária pública.

Apresenta uma argumentação desproporcionada e típica de pessoa a quem foi feita uma "lavagem ao cérebro" por parte do Partido Comunista Português.

A falta de bom senso é desastrosa.
Já nem param para pensar... nem procuram informar-se em pormenor do que está em causa.

Ora o que está em causa é, como a notícia refere, a confusão criada por este sistema em que "havia correspondência oficial para a sub-região que não dava entrada nos serviços porque era dirigida a funcionários. Depois, a instituição não dava seguimento aos documentos" e arcava com as culpas.

É minha opinião de que o que aquela circular deveria dizer era, muito simplesmente, que a partir daquela data, não seria mais admitida correspondência particular na instituição e "ponto final".

É minha opinião também de que partidos, sindicatos e pessoas responsáveis deveriam concordar com esta determinação.
Não consigo imaginar a situação de estar a receber cartas particulares e a mim dirigidas no meu local de trabalho sem ser, simultaneamente, o "patrão do negócio".

Por outras palavras, o farmacêutico diz aos amigos para mandar as cartas para a farmácia onde trabalha, o escriturário do advogado diz para mandar para o escritório do advogado, o funcionário da companhia aérea diz para mandar a correspondência para a companhia aérea.

Isto é um absurdo total. Esta gente perdeu o sentido da responsabilidade, a noção da sua própria auto-avaliação, para não falar na noção de decência.

Correspondência particular, salvo situação excepcional, é para ser encaminhada para a residência respectiva... e "ponto final".

18 comentários:

António Silva disse...

Concordo plenamente.
Já cá faltava um post com esta determinação e lucidez.

Olga disse...

Como estou sem muito tempo, deixo só votos de uma boa semana.
Cumprimentos.

Esther disse...

Certíssimo..é assunto pessoal e intransferível! Boa semana, Bj!

veritas disse...

Estou de acordo. Quanto aos sindicatos e PCP...é a eterna luta para justificarem a sua razão de existir.

Bjs. Boa semana.

melga meiguinha disse...

Mostardinha,

Não conheço bem este caso para me pronunciar.
Tentarei saber em pormenor o que se passa realmente.
Quanto às medidas do governo, peço que me desculpe mas não concordo consigo.
Porque é que nós somos o país da EU onde os ricos são os mais ricos e os pobres são os mais pobres.
Por mim. vejo o meu poder de compra diminuir de dia para dia.
Tenho uma reforma que é uma miséria(e não é das mais baixas).
Penso que, enquanto for viva, não vou conseguir chegar ao valor do meu oprdenado de hà 15 anos atrás.
Acha bem que se peçam sacrifícios àqueles que já têm tão pouco?

Beijocas.

E não sou sequer simpatizante do PCP que, quanto a mim, deveria ser um verdadeiro partido de esquerda.

R disse...

Até pode ter razão, apesar de eu achar que não (caso contrário a dita responsável não teria vindo a pôr paninhos quentes). Mas a verdade é que estes "acidentes", ao ritmo a que se têm sucedido, desgastam a imagem do Governo e de funcionários sob a sua responsabilidade. Continuo a achar que uma carta, seja quem for o rmeetente, deve ser aberta única e exclusivamente pelo destinatário.

Al Berto disse...

Olá Melguinha:

Muito grato pela franqueza do seu comentário.
A expressão de ideias e sentimentos deve ser livre e plural... desde que seja feita como o fez, com cortesia e elevação.
Assim saímos todos a ganhar.

Concordo consigo quando diz que deveriam ser pedidos sacrifícios a quem mais tem... á banca, por exemplo, que escandalosamente vai amealhando lucros fabulosos á custa do "zé povinho".

Sobre a questão do poder de compra, como sabe uma das razões que mais para isso contribuem é a inflação que, por sinal, está controlada, há que fazer alguma "ginástica" para conseguir comprar mais barato.
Esta é uma atitude que todas as famílias devem ter em conta.

Sobre as medidas do governo não sei a quais se refere quando diz que não as aprecia, mas que só com este governo se começa a ver algum resultado delas penso que isso, ninguém põe em causa.

Não podemos é viver com um défice de 6%, isso é viver á custa dos outros... isso é uma vergonha.

Bjs,

ooppss... e podia ser simpatizante do PCP que para mim teria, na mesma, o meu respeito e consideração... eu não misturo as coisas.
Sei é que se Portugal não está neste momento como a Espanha... ou melhor, isso se deve á política desastrosa do período do "gonçalvismo", coisa a que a Espanha foi poupada.

Mas agora os próprios comunistas e seus sindicalistas dizem que querem comparação ao nível de vida do nosso vizinho.
Isto é atirar areia para os olhos dos portugueses.

João Carlos Carranca disse...

Eu não falo política. Não falo por questões de opção, por ter os olhos virados para outros cantos do mundo, porque simplesmente não me apetece.
No entanto, se me tocam na minha liberdade, eu aí mudo-me... que até posso política falar.
J.A.Mostardinha, há pessoas, que me ligam por estar com eles alguns dias em que por uma razão, que não vem para aqui, estão vulneráveis e criam por mim um afecto, que em alguns casos poderei chamar mesmo de amizade, e que por razões obvias se acham no direito/obrigação de escrever-me. A única morada que têm é do sítio onde me conheceram e para lá escrevem as suas cartas. Uns saõ da Fafe, outros de Aveiro, outros ainda de vários países do mundo.
Podes crer que alguém me verá muito zangado quando uma dessas missivas me aparecer aberta. A desculpa de que há assuntos que ficam por tratar e coisas e tal não pega, porque somos todos responsáveis para fazermos ao contrario, ler e fazer chegar a quem de direito!

Abraços

José Manuel Dias disse...

A discussão que aqui vai justifica, a meu ver, um certo enquadramento. Será que nós discutimos o que é verdadeiramente importante? Ou será que alguns, que vêem afectados os seus privilégios, usam a comunicação social para tentar denegrir a imagem do governo que mais ousou enfrentar os "interesses instalados", procurando colocar ordem nas contas públicas? Todos sabemos que a escolha da Agenda política, o agenda setting, é determinado por uns poucos. A questão essencial, do meu ponto de vista, é a seguinte: as medidas são ou não são necessárias para que os mais jovens possam ter pelo menos "metade" do que hoje têm aqueles que hoje reclamam contra a "perda dos direitos adquiridos"? Quem sabe como se financia a despesa pública compreende a bondade das medidas do governo. São inevitáveis, pecam por tardias e, porventura, serão ainda insuficientes. Culpa da irresponsabilidade de uns tantos ( governantes, sindicatos,políticos e cidadãos), da alteração da pirâmide de idades ( os casais não têm os filhos que deviam), da globalização ( na China vive-se com menos de um décimo do que nós vivemos), do pouco empreendorismo que revelamos e do gosto pelo "emprego público" que ainda perdura. O caso em análise, neste post, é mais uma questão de educação que doutra índole. Os povos, onde a produtividade é superior ( Alemanha, Finlândia, Suécia, só para citar alguns...) sabem que no serviço não se tratam de assuntos particulares. O nosso tempo está a ser pago e a atençãoe energia são para colocar ao serviço da organização que nos paga. No caso dos funcionários públicos a resposabilidade ainda deve ser maior porque são pagos com os nossos impostos e, no que me toca, procuro que cada euro seja utilizado com critérios de racionalidade.A correspondência particular deve, e tem, de ser respeitada, como de resto a Constituição consagra. Outro tanto, não se exige à correspondência que é dirigida a um serviço indicando, também, o nome de um funcionário.
Nada que já não se saiba de resto.
Cumps

Al Berto disse...

Viva Carlos:

Obrigado pela tua contribuição.

Compreendo onde queres chegar.
Aliás a confidencialidade da correspodência neste caso não está em causa na medida que a única coisa que se pretende é que a carta seja aberta pelo próprio em sala para o efeito da instituição.
Caso seja pessoal... assunto encerrado, caso seja de assunto institucional... encaminhamento directo para o serviço respectivo.

Acho isto elementar.

Só alguém mal intencionado, que não é obviamente o teu caso, vê aqui alguma violação de correspondência.

No entanto a excepção não comprova a regra, ou seja, é admissivel que recebas a primeira carta no teu local de trabalho, mas a partir daí julgo que darás o endereço da tua residência.
Esta é a atitude profissionalmente correcta.

Um abraço,

Páginas Soltas disse...

Já estava com saudades de ler um bom artigo. E sendo assim... aqui estou eu novamente, depois de um ausência forçada.

Em certos Organismos do Estado... existem sempre os ditos curiosos que ao quererem ser tão prestativos...abrem a correspondência particular alheia!

Em minha casa.. as regras são:

A correspondência só é aberta pelo próprio.

Num Organismo Estatal... não se compreende....
Enfim...

PS:
Não quero tornar-me maçadora... mas sim alertar que o endereço do meu links teve uma pequena aletração:
http://oblogdaspalavras.blogspot.com/

Abraço amigo da

Maria

Anónimo disse...

são pessoas que ao invés de fazer algo de útil recorrem a esse tipo de expediente somente para tumultuar
é a inutilidade paga com o dinheiro público

Lana disse...

Bom dia Mostardinha! a inutilidade das noticias que hoje se fazem é devido ao facto das asneiras que hoje se praticam. estou 100% de acordo com o José Manuel Dias e ctg tb no comentário seguinte.
1 abraço 1 sorriso mto luminoso e até sempre.
Lana

Olga disse...

Agora que já tive um tempinho para ler o texto, posso dizer que concordo!Deve-se assumir a (ir)responsabilidade. A correspondência deve ser enviada para o local correcto.Se for profissional, para o local de trabalho, se for pessoal, para a residência.

Lana disse...

Olá mostardinha
não resisiti a responder ao teu comentário no meu blog.
para mim este blog sai-me de facto da alma, do coração enfim daqueles lados que uso menos quando estou em trabalho e mais quando estou com a minha "alma de fora" eheheh.
não consigo dizer estas coisas alto para outros ouvirem, normalmente são demasiado "atrevidas" para se falarem em voz alta, nesta sociedade pequenina e muito preconceituosa ( digo eu ;) se calhar não é mas parece.
não tenho veia de escritora mas sim de pensadora e "sentidora" em voz alta.
que bem que tu me entendes tenho-te a dizer! e isso é um prazer!
mUITO OBRIGADO POR ESTARES AI E VISITARES O MEU BLOG. PARA MIM É UMA HONRA!
pronto tenho dito e bom resto de noite.
Lana

Anónimo disse...

Boa noite José Alberto!

Para que não façam más ideias sou um socialista assumido, filiado no partido ante do 25 de Abril.

Gostei do teu post e não podia ficar só por um simples…”concordo com o que dizes”.
Hoje, penso que todos nós socialista e não só, devemos fazer uma analise muito sucinta ao esforço que este governo está a fazer no sentido de nos aproximar dos Países desenvolvidos.
A situação que permitiu ao PS obter a maioria absoluta nas eleições de 2005, o esforço que o 1º Ministro José Sócrates tem efectuado para reduzir o peso da administração pública, bem como os esforços para reduzir o défice através de reformas estruturais, levam sempre a discordâncias do povo.
Contudo, a grande vitória deste governo foi não cair nas asneiras dos anteriores governos.
É certo, que quando o governo tem resultados positivos a situação é desvalorizada pela oposição, é preferível continuar a falar nos outros problemas como o desemprego, esquecendo o esforço que tem sido feito por este governo em combate-lo.
Julgo que este país atravessa graves problemas, em grande medida, pois os vários partidos não se unem na resolução deles, apenas se importam em fazer acusações, mostrar desacordo em questões que anteriormente até apoiavam!
Queres melhor exemplo que a OTA, era apoiada até então, contudo, quando o governo de Sócrates resolve tomar atitudes, a opinião mudou.

De facto há muita hipocrisia na oposição, mas penso que este governo tem tido um papel relevante, não só pela coragem que já teve em operar certas reformas!
E como diria Keynes…” é melhor está próximo do correcto, do que redondamente errado”


PS: Agradeço o teu recado sobre as nomeações para a Blogosfera.
Tinhas razão, apesar de ser novo já não tenho idade para alinhar em farças.
Um abraço amigo

Ricardo Rayol disse...

Salvo aquelas contas do telemóvel onde estão detalhadas as ligações. vai que a dona encrenca descobre....

Pedro Morgado disse...

"Porque essa nódoa fez regressar Portugal aos tempos em que havia condicionamento da liberdade de expressão." Quem terá proferido esta afirmação?

A - Manuel Alegre
B - Mário Soares
C - José Sócrates

Resposta em vídeo aqui: aqui.