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Irresponsabilidade.

Written By Al Berto on terça-feira, maio 29, 2007 | terça-feira, maio 29, 2007


A Intersindical está na rua para reivindicar menos trabalho e mais "boa vida".

Enquanto a generalidade dos trabalhadores portugueses labutam afincadamente nos seus postos de trabalho, sobretudo aqueles cujo patrão é o estado (leia-se todos nós), vão realizar aquilo que dizem ser "uma jornada de luta".

O país tem assistido nos últimos anos a um esvair de dinheiros públicos "aspirados" sofregamente por uma FP que, em muitos casos, é incompetente, irresponsável, malandra, desleixada e malcriada sem que se veja penalizada por tal forma de estar, por vezes com graves consequências para os cidadãos que a ela recorrem.

Por outro lado uma "clique" parasita bem conhecida (sempre os mesmos) que persiste, há décadas, a viver á custa do sindicalismo precisa de iniciativas deste género para mostrar "que não está morta" e assim justificar a sua faustosa vida apesar de nada produzirem para a nação.

É mais que sabido que no dia seguinte a esta greve inútil tudo continuará como antes pois as reformas que estão em curso são estruturais, inadiáveis e continuarão inexoravelmente.
O portugueses, aqueles que sem oportunismos no seu dia-a-dia ajudam a nação a progredir, sabem bem de que lado está a razão.


Entretanto muitos milhares de portugueses são gravemente afectados devido á irresponsabilidade desta gente que luta por... quimeras.

aahhh!!!... é sobretudo de salientar a greve dos trabalhadores dos cemitérios, isto para dizer que convém ninguém morrer amanhã... tirem isso da ideia, por conveniência do serviço deixem isso para outro dia.


Actualização:

Olá Veritas:

Sei que é funcionária pública e isso não me inibiu de dizer o que penso porque não misturo "alhos com bugalhos".
Costumamos nós dizer por cá que "quem não está borrado não cheira mal".
No fundo é isso que este artigo pretende colocar em evidência.

Sabe a Veritas, ao longo do tempo que virtualmente nos conhecemos, fui formando uma opinião muito positiva acerca da sua pessoa quer como mulher, como mãe... ou como uma profissional competente e séria.

Infelizmente esta última qualidade não é a norma na função pública portuguesa... é a excepção.

A integridade, a nobre forma como faz a explanação da sua vida profissional. O facto de não ter qualquer problema em dar a sua opinião sobre uma questão polémica... e levantada exactamente com esse propósito. Para todos melhorarmos.
O teor do seu comentário prova tudo o que fica dito atrás.

Talvez, com as reformas que se estão a fazer, daqui a alguns anos vejamos uma função pública como símbolo de profissionalismo e competência.

Pessoas como a Veritas nada têm a temer com essas reformas, só poderão vir a ganhar com elas.
Não é admissível que quem se aplica, dá tudo de si, tenha o mesmo "prémio" que o incompetente, irresponsável, malandro, desleixado e malcriado.

É com este estado de coisas que se pretende acabar.
Quem está contra isto são esses, aqueles que têm medo de duas avaliações negativas dois anos seguidos... por exemplo.

Para a Veritas e para todos os funcionários públicos que, com a sua dedicação, dignificam o país, vai o meu sincero reconhecimento.
Não é para esses a quem se dirige este artigo.

Sabemos que quem está verdadeiramente por trás desta greve é o Partido Comunista aliás, não se sabe onde começa este partido e acaba a Intersindical pois a conversa é a mesma e alguns dos dirigentes são comuns a ambas as estruturas.
Pretende unicamente retirar dividendos políticos de algum descontentamento provocado pelas alterações introduzidas e que mexem com o incompetente "status quo" existente.

Portugal só não conhece neste momento um desenvolvimento mais consolidado, como Espanha por exemplo, devido exactamente ao desvario comunista dos anos que se seguiram á Revolução do 25 de Abril e a que aquela foi poupada.
Fazem eles agora comparações com o nivel de vida em Espanha escamoteando as suas responsabilidades.

Em qualquer empresa o mau funcionário corre o risco de ser despedido e de ter que procurar outro trabalho que se enquadre com as suas potencialidades... na função pública não pode ser diferente.

O país precisa de paz social e trabalho. De mais produção para que se gere mais riqueza que possa então ser distribuída.

18 comentários:

António Silva disse...

Há muito que não comentava mas a esta não resisti... gostei dessa dos cemitérios.

Lord of Erewhon disse...

Proibido morrer em dias de greve... seria de uma tremenda inconsciência política! :)

tunico disse...

Sindicalista é igual em todo o mundo.Faz a apologia da vagabundagem.Principalmente os sindicalistas com emprego público.

Sabe, me ocorreu uma semelhança entre capitalista e sindicalista. Capitalista quer maximizar o lucro ou seja, ganhar o máximo com custo mínimo.
Sindicalista é igual ao capitalista. Quer ganhar o maior salário com o menor trabalho.

Yvonne disse...

Querido, uma greve de funcionários de cemitérios deve ser um horror. Aqui no Brasil os portugueses são conhecidos por trabalharem demais. Beijocas

veritas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
veritas disse...

Eu também pertenço à Função Pública. Não fiz greve. No meu local de trabalho ninguém fez greve. Não sei quais os verdadeiros motivos dos outros. Sei os meus. Não fiz greve porque penso não ser o que o país necessita neste momento. Não fiz greve porque para lutar pelos meus ideais, uma escola pública e inclusiva de sucesso, não penso ser a solução adequada. A solução adequada é ir todos os dias para o meu local de trabalho fazer aquilo de que gosto, aquilo que escolhi e para que o Ministério me paga. A solução adequada passa por apregoar os meus valores, sei que por vezes sinto que estou sozinha no deserto, mas nunca esmoreci e já ando nesta vida há 15 anos. Sempre foi do meu feitio lutar, nunca baixar os braços nos dias mais amargos. Profissionalmente dou tudo de mim e cumpro os meus deveres. Se algo não corre bem, não recrimino, tento encontrar alternativas diferenciadas para alcançar objectivos. Muito se tem dito sobre a função pública, sempre deitar abaixo. Sei que existe um fundo de verdade. Mas, por favor, apelo a que se lembrem que como em todas as profissões, também nas da função pública existem alguns óptimos e competentes funcionários, que querem ser avaliados convenientemente e ver o seu mérito reconhecido! Não se caia no erro de tomar a parte pelo todo.

Bjs. Boa semana.

Anónimo disse...

fazer greve em cemitério é apelar demais para a falta de bom senso. quanto aos sindicatos, estes são uma praga mundial

João Carlos Carranca disse...

Bem. Li e reli. Não estou de acordo contigo. A greve, justificada ou não, é um direito da democracia.
Mas oh! eu não falo política!

Nilson Barcelli disse...

Não estou de acordo com esta greve, muito embora reconheça que ela é um direito em democracia.

Obrigado pelo destaque no "Blog da semana".

Um abraço.

José Manuel Dias disse...

Parabéns pela abordagem. Portugal, uma das nações mais velhas do mundo, precisa muito de mudar para ter futuro!
Não deixa, entretanto, de ser curioso observar que os mais mais reivindicativos neste processo são justamente os que são pagos com os dinheiros públicos que o mesmo é dizer com os nossos impostos.
Cumps

Ricardo Rayol disse...

Faço minhas as palavras do Tunico, é tudo farinha do mesmo saco furado. Não valem um peido. Aqui no Brasil tenho que dar um dia de trabalho para essa corja de sanguessugas para vivere no fausto. VTNODC. E pelo jeito aí a situação é a mesma coisa.

PS: Espero que esta funcionária pública esteja reclamando fora do horário de trabalho. ehehehehe

Al Berto disse...

Viva:

Pois, é que esse é o verdadeiro problema, é que eu já luto pela democracia... ainda viviamos no fascismo.
Comigo não há "conversa fiada".
Lições que o meu pai, apoiante do General Norton de Matos e do General Humberto Delgado me foi passando ao longo dos anos negros da ditadura.

A greve é um direito consignado na constituição de qualquer país democrático.
Isso é inquestionável.

O que aqui está em causa não é o direito á greve mas sim o seu uso de forma irresponsável.

A "coisa" é de tal ordem que nem muito dos próprios sabem bem porque fazem greve.

Entretanto o país sai penalizado de variadíssimas formas.

Anónimo disse...

Viva José Alberto.
Não me encontro no Pais, mas isso não impediu de falar com alguns amigos para saber qual a percentagem de aderência á greve.
Claro que aquilo que ouvi na comunicação social não corresponde em nada ao que me foi transmitido, mas compreendo.
Nas várias zonas do País a aderência não foi igual, assim como também nos vários sectores laborais.

Concordo que a greve é um direito que nos assiste mas não posso dissociar a ideia que para haver Liberdade terá que haver responsabilidade.

Ora aqui esta a questão que me parece pertinente:
O nosso País continua com uma das maiores taxas de desemprego da Europa, a Segurança Social rebenta pelas costuras no aspecto económico, cada vez se desemprega mais gente, as fabricas fecham amiúde e os Portugueses cada vez estão mais endividados.
Perante este cenário, será que a greve resolve?

Santa ignorância a nossa.

Um abraço

Anónimo disse...

Gosto sempre de ler como desenha o mundo a preto e branco nos comentários que escreve.Fico deliciado com o modo como trata o mundo do trabalho e a CGTP em particular. Deve pertencer a outro mundo onde esforçadamente e sob ameaça de chicote as pessoas gastam 18 horas por dia como criados de um qualquer patrão. Só esses não seriam "malandros" "vigaristas""calões" e outros mimos que tem dedicado a quem trabalha.
Francamente, parece conversa de ex-maoista convertido de repente à Nova Democracia!

veritas disse...

Olá!
Tal como disse anteriormente reconheço o fundo de verdade nas suas palavras. Sinto-o na pele quando me dirijo a qualquer repartição pública...Apenas quis deixar no ar uma apreciação para todos os funcionários públicos que, tal como eu, são cumpridores e responsáveis.Nunca estive de acordo com greve nenhuma, muito menos com esta. Aquilo que exprimi aqui ontem não foi uma reclamação como alguém que comentou por aqui disse. Apenas uma espécie de adenda à sua postagem. Apenas aquilo que o José Alberto acabou por incluir seguidamente como actualização.

Bjs. Boa semana.

Al Berto disse...

Viva efe:

Obrigado pelo seu comentário... é sempre interessante saber novas de quem não está de acordo com aquilo que pensamos.

Só é pena não me ter ajudado a corrigir este meu raciocínio dizendo, nomeadamente, onde ele foge á verdade e porquê.

Ficariamos ambos mais esclarecidos.

Anónimo disse...

Caro Mostardinha,
Não posso dizer-lhe que o seu comentário fuja à verdade...há muitas maneiras de fujir à realidade e de a pintar. O seu mundo é a preto e branco e trabalhador é lixo, malandro, etc. É uma visão de extrema-direita que não subscrevo. Paciencia. De nada servia tentar demonstrar-lhe que a FP trabalha e que os que não o fazem são excepção ou algo semelhante. Acho que o senhor tem um mundo formatado por uma visão a que há uns anos se chamaria reaccionária.

Cleber Campos disse...

Concordo contigo, meu amigo. Por aqui a estabilidade também estimula e protege o mal funcionário público e os sindicalistas também não perceberam que o mundo é outro que não aquele do início da Revolução Industrial.