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Falemos de factos

Written By Al Berto on quarta-feira, maio 02, 2007 | quarta-feira, maio 02, 2007


A agência de notação financeira Fitch, uma das mais importantes do mundo, reviu esta terça-feira em alta a perspectiva de evolução da dívida pública portuguesa, para "estável", depois de ter sido feito um esforço de melhoria orçamental e quando se espera uma estabilização da dívida.

Numa nota enviada à imprensa, a Fitch diz que o outlook (perspectiva de evolução) da dívida da República Portuguesa é estável, e reafirma a notação financeira (rating) de AA para essa dívida.

Diz o analista Chris Pryce da Fitch:
- "Graças a um esforço notável da política orçamental, o rácio de dívida pública [face ao Produto Interno Bruto] parece preparado para estabilizar brevemente e a um nível mais baixo do que o esperado anteriormente".

Um país com um rating melhor traduz uma maior probabilidade de vir a cumprir as suas obrigações financeiras, pelo que consegue financiar-se a taxas mais baixas.

A melhoria da perspectiva da dívida costuma ser um passo prévio à revisão em baixa do rating de crédito.

O rating de AA é a segunda melhor classificação e corresponde a uma "muito alta qualidade" da dívida e a uma "muito baixa" expectativa de risco de crédito.

Este é o "risco" que Portugal corre quando tem um governo e um primeiro-ministro competente que zela pelo interesse nacional.
Já agora, aqui e em fracês, uma análise interessante sobre o Portugal que José Sócrates herdou do governo anterior.

16 comentários:

António Silva disse...

É um facto que todos temos de contribuir para que o país conheça o desenvolvimento necessário.
Quando se vêm resultados desse esforço é sempre positivo.

Carla Ramos disse...

Todos somos poucos para ajudar a construir um país melhor.

João Carlos Carranca disse...

Como eu não falo política, só falo de € e pouco me importa se o Estado Social faz ou não faz falta, vou pensar em francês e meditar.
Um grande abraço

Entre linhas disse...

O povo em si tem pouca força,as forças maiores existem na parte da Assembleia da Républica.

Bjs Zita

José Manuel Dias disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
José Manuel Dias disse...

Se atentarmos no facto que metade da riqueza produzida é consumida em despesa pública, não podemos deixar de sublinhar a importância de introduzir critérios de economia, eficiência e eficácia na Administração Pública. Não é fácil porque "tira" votos...mas não há volta a dar se queremos ter futuro.
Cumps

Alexandre disse...

O problema deste governo estar a tomar medidas «impopulares» tem mais a ver com essa mesma falta de medidas em governos anteriores - se tivesse havido a coragem de fazer as reformas necessárias há alguns anos atrás, não seria agora urgente estar a mexer em todos os sectores. O mal vem de longe e não posso deixar de referir o deslumbramento do tempo de Cavaco Silva, deslumbramento esse que pôs Portugal a viver à frente daquilo que realmente devia e podia... é normal que agora se esteja a pagar por isso... criou-se um país de contradições onde o número de automóveis por habitante é o 2.º da Europa, telemóveis muito próximo disto, os maiores centros comerciais da Europa, enquanto produzir uma tonelada de trigo (somando o consumo de energia e mão-de-obra) sai mais caro que comprar ao estrangeiro... é este país de contradições com tendência para o incaracterístico que não deve ser nada fácil de governar...

Um abraço!!!

Fábio Mayer disse...

Olha, se os governantes brasileiros tivessem o hábito da austeridade e de tomar as medidas impopulares quando elas precisam entrar em prática, o Brasil já seria um dos mais ricos países do mundo.

É melhor um goverco franco, que um acostumadom a empurrar os problemas com a barriga, como TODOS os daqui, nos ultimos 30 anos.

Al Berto disse...

Viva Alexandre:

Há muito que aprecio a tua forma de estar verdadeira, frontal, sem ideias pré-concebidas e, sobretudo, responsável e séria.

Aquilo que referes é a mais pura das realidades.
Este governo está a fazer aquilo que deveria ter sido repartido no tempo por outros que por lá passaram mas que pensaram mais nos votos do que no bem estar do país.

Nenhuma "casa" pode ter "concerto" quando gasta mais do que ganha.

Os portugueses, que só há menos de 30 anos viram o seu nivel de vida melhorar, querem ter o mesmo nivel de vida de franceses e/ou alemães.

Qualquer pessoa sensata sabe que isso não é possível.

Ainda assim, logo que podem, é ve-los a encher os aviões e a partir para aquelas férias paradisiacas um pouco por todo o mundo, para além de comprarem o que precisam... e o que não precisam.

Isto é que vai uma crise... hein!!!

Tiago Albineli Motta disse...

Brasil sofre do mesmo mal. O governo atual aumenta despesas sem parar. O próximo governo terá que repetir ajustes feitos no governo Fernando Henrique para evitar uma possivel volta da inflação.

Ricardo Rayol disse...

Viva Portugal. Mas sei lá se ser bom pagador é bom. Deva pouco e seja um devedor, deva muito e tenha um sócio.

Al Berto disse...

Viva Ricardo:

hummm... quem é que propões para sócio de Portugal? :-)

Pessoalmente penso que tudo o que seja dever, no sentido pejorativo do termo, é viver acima das possibilidades... e isso eu não concordo.

Primeiro há que ganhá-"lo" honestamente e depois... fazer as contas.

Um abraço,

PSousa disse...

De facto, que estamos a melhorar no campo orçamental, é uma realidade e os numeros não desmentem, e só por esse facto já é posistivo, o que espero é que esse facto seja suficiente, para a curto/médio prazo, podermos ter mais nível de vida, quer na educaçao, quer na economia, quer na justiça social e na intrínseca a mesma, quer essencialmente na saúde, talvez a mais importante.

Já agora, deixe que lhe diga que tem uma Nomeaçao em Bancada Directa.. sem favores, antes merecida, dê um salto para perceber porquê...
Abraço

Cleber Campos disse...

Um médico responsável não se preocupa em oferecer um remédio amargo ao seu paciente diante da convicção que isto irá curá-lo. É o mesmo caso de um governo responsável que tome medidas impopulares em função de um bom resultado no futuro.

veritas disse...

Da sua competência já ninguém duvida nem pode ser posta em causa. Por isso tentam atacar por outras frentes, mesquinhez...

Bjs.

desculpeqqc disse...

Assim esperemos, mas tal como nadar de baixo de água, a espera tem um limite e há uns que aguentam mais que outros (sobretudo os que nadam com botija).