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Ideias para Blogger

... cada vez mais elucidado(s).

Written By Al Berto on segunda-feira, janeiro 29, 2007 | segunda-feira, janeiro 29, 2007


Uma das razões apresentadas pelos defensores do NÃO á despenalização da IVG - Interrupção Voluntária da Gravidez é a de que tal despenalização, ou seja, deixar de mandar as mulheres para a prisão que é o que defendem, faz com que se pratiquem mais abortos.

Deduzem, nas suas mentes "brilhantes", que as mulheres, que o pensem fazer, não o fazem porque há uma lei que as pune com prisão.
Isto é o cúmulo da demagogia e, como é sabido á saciedade, é um argumento completamente falso... e perigoso porque, devido a ele, muitas mulheres colocam a sua vida em perigo e, por esse motivo, originam grandes despesas para o SNS - Serviço Nacional de Saúde exactamente pelas consequências duma IVG feita sem o devido acompanhamento médico.

Num dos seus cartazes pode ser lido:
- "Contribuir com os meus impostos para aumentar os abortos? Não obrigado!"

Só mentes cheias de malícia e ignorantes podem ter a ideia de criar uma "máxima" destas.

Toda a gente sabe, ou deveria saber, que os abortos provocados clandestinamente provocam mais despesa ao SNS do que se tivessem sido devidamente acompanhados.
Não é raro que as urgências dos hospitais sejam ocupadas com mulheres nesta situação.

As despesas de recuperação duma mulher nestas condições saiem muito mais caras ao erário público - nomeadamente por exigirem muitas vezes internamentos prolongados - do que em condições de legalidade.

No entanto dou-lhes razão onde a "têm"... em Espanha, após a despenalização, o número de abortos aumentou.
Querem saber porquê?

Sinto-me mal mas AQUI está a razão, AQUI o processo - com laivos de vergonha nacional -



Segunda-Feira, 29 de Janeiro de 2007

28 comentários:

Anónimo disse...

Meu querido amigo, estou curiosa pelo resultado desse plebiscito, porque aqu no Brasil deveriamos enfrentar o preconceito e abolir essa lei hipócrita contra o aborto.
Amigão, acabo de fazer um desabafo na minha nova postagem e espero que vc possa contribuir de alguma forma para me esclarecer.
A vovó aqui está se sentindo perdida e procuro por respostas!
Te aguardo,
SôniaSSRJ

António Silva disse...

Estou de acordo, é de facto uma vergonha nacional.
Pequeninos... até nas mentes.

Catellius disse...

Grande José Alberto Mostardinha,

O comentário no blog da Sônia foi meu e não do Heitor. Mas o Heitor é o mais indicado a discorrer sobre direita e esquerda.
Vou indicar seu site ao Heitor e colocá-lo nos links preferidos.

Sobre o aborto, há uma questão bem interessante que escrevi, com minhas palavras, nos comentários de meu post sobre o Frei Galvão:

Eu sou o meu irmão gêmeo? Não. E se ele for idêntico? Ainda assim eu sou eu e ele é ele.
Então temos a seguinte situação:
Depois da ejaculação, numa corrida alucinada, o Esper mata o Zóide, chega na frente e consegue fecundar o óvulo. Temos uma vida. Toca um apito no Céu e uma alma novinha em folha - ou reencarnada, sei lá - é inoculada no ovinho. Mas eis que o zigoto, dias após a fecundação, se divide para dar origem a dois gêmeos univitelinos, idênticos. Posso dizer que são duas pessoas com apenas uma alma? Ou um gêmeo É o outro? Como a Igreja analisa um caso desses?

Concordo com você. Se a mulher pode abortar mas não pode ser presa, qual é o problema? A medida vai beneficiar apenas as ricas, que poderão ir fazer o aborto na Espanha.

Um abração!

Nuno Q. Martins disse...

Caro José Mostradinha!

Parece-me que há muito ruído à volta da questão.

Os defensores do "Não" têm defendido, em maioria, argumentos que apelam à "paixão", em detrimento da "razão" que deveria imperar neste debate.

De facto, a demagogia, a radicalização das posições e, de certa forma, a partidarização da questão em nada contribuem para o debate.

Penso que bem ou mal, a maioria das pessoas já terão definido o seu sentido de voto, pelo que, todo este ambiente quase bélico criado por alguns movimentos em torno da questão do aborto em nada contribui para o esclarecimento e deixará fracturas nalguns sectores que persistirão para além do referendo.

Um abraço.

Al Berto disse...

Viva Catellius:

Da confusão de autores peço perdão.
Na hora segui o nome subscritor do artigo no Pugnacitas.
Mas olha que este teu comentário também "cai que nem uma luva" e faz jus ao que disse.
Isto é, repetes a tua competência de argumento o que muito aprecio.
Sobre os links estamos conversados.

Um abraço,

Al Berto disse...

Viva Nuno:

Antes de tudo gostaria de dizer que é uma honra tê-lo por cá... o que é raro :-)

Sobre o comentário uma nota só para dizer que estou plenamente de acordo com o seu ponto de vista.

Penso, no entanto, que já há um perdedor independentemente do resultado do referendo... chama-se Igreja Católica.
A forma despudorada como abordou este tema e o comportamento de alguns dos seus "militantes" colocou-a numa frágil posição.

Como consequência irá continuar, e agravar-se drásticamente, a "crise de vocações" que tanto a preocupa.

"Mea Culpa"... enquanto é tempo.

Um abraço,

AEnima disse...

Ola! Vi o teu post na Melguinha. Sou uma grande activista do SIM e sempre que tenho tempo vou chatear os blogs do NAO... eheheh. Ate ja propus um outro "referendo"... enfim. Que tristeza, se o NAO ganha acho que passo a ter vergonha de ser portuguesa! Bem... tenho eh que ir trabalhar.

AEnima disse...

So uma perguntinha... entao se Ester Coelho diz que as clinicas de aborto em Espanha sao as empresas mais lucrativas do pais, porque nao implementar em Portugal? Assim, taxando IRC num negocio tao lucrativo concerteza que cobrira os custos "acrescidos" aos hospitais nacionais com abortos legais. Alem disso, impede a fuga de capitais para Espanha, ja que ficaria esse $ gasto na economia portuguesa.

Ja agora porque nao legalizam a prostituicao? A dita "profissao mais antiga do mundo" nao vai acabar, sendo proibida ou nao. A unica coisa que poderia acontecer era o Estado ate receber $ dos impostos dos bordeis, reduzir os custos com a prisao de prostitutas (que nunca levam 'a resulucao de problema nenhum), e ate providenciariam assim melhores cuidados de saude a quem praticasse a actividade, reduzindo a taxa de proliferacao de DST! Ja para nao falar em todas as angustias sociais que se poupam, reducao de violacoes, espancamentos, etc etc.

Enfim... hipocritas!

AEnima disse...

resulucao = resolucao

João Carlos Carranca disse...

Por cada vez mais me surpreende os quadrados do pensamento (?)
Parto a 31...
Quando fôr possivel aqui, neste teu blog 5 estrelas, a debitar-me

Al Berto disse...

Viva Marechal:

hufff.. que susto!!!
Que bom que veio visitar o Estados Gerais... já não era sem tempo :-)

Um abraço,

Arauto da Ria disse...

Caro JAM,
que grande cruzada e cada vez com mais explendor.
Quem me dera ter a sua militancia.
Um abraço.

Ricardo Rayol disse...

Mostardinha, peço sua habitual verve e leia o email que mandei antes de atender o apelo da tal Vovó Sônia. Ela tem agido de má-fé de forma escandalosa.

Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos - Pós Graduado em GSSS - Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. disse...

Mostardinha,

Estamos de volta. Aproposito das descriminalização do aborto, entendo que está medida além de consagrar o princípio do livre arbitrio, também é uma forma de garantir aos mais carentes o mesmo direito dos afortunados que o fazerm em clinícas sofisticadas, em quanto pobres mulheres recorrem a clandestinidade correndo o risco da morte. Abs do Jarbas do Aparte.

wicky disse...

quem ainda tivesse dúvidas acho que ficou esclarecido depois do Prós e Contras de ontem/hoje...
quanto ao aumento da taxa de abortos depois da liberalização em Espanha , foi explicado porquê - portuguesas que lá vão e o surto imigratório que fez aumentar e muito o número de mulheres que vêm abortar a Espanha.
Quanto aos impostos, se o Estado impusesse a essas parteiras de vão de escada a obrigatoriedade de passar facturas e de estar colectado, se as obrigasse a passar recibos das chorudas quantias que recebem e não são declaradas, tal como as prostitutas talvez conseguiossem equilibrar o défice público.

Quem vota NÃO est´´a a continuar a favorecer e manter estas actividades em tudo bem piores que a contrafacção que tão divulgada tem sido ultimamente.
Qd tinha 16 anos fui confrontada pela primeira vez com este tipo de problema - tendo sido internada de urgencia para uma apendicite , ao meu lado, no Hospital estava uma mulher dos seus quarenta anos que entrou em semi-coma , com hemorragias . Ouvi-a depois dizer aos médicos que já tinha feito 25 abortos, todos em vão de escada ou com o tradicional ramo de salsa!! Mais tarde vim a saber que muitas RESPEITAVEIS mulheres o tinham feito também, quase sempre em condições deploráveis.
Vamos continuar a manter isto? Ou vamos divulgar , educar, acompanhar até à exaustão para que não seja necessário recorrer a tal prática nunca mais !

Um abraço

CarpeDiemBeHappy disse...

Olá JAM!

Um assunto que cabe a cada um nós decidir e era bom que todos fossemos dar o nosso contributo no dia 11 de fevereiro.

De facto este país é uma vergonha, uma hipócrisia total!

Eu voto "Sim"...já aqui disse antes e não tenho problema algum em dizê-lo. estou curiosa para saber no que isto vai dar.

Beijinhos

Jonice disse...

A grande dose de hipocrisia envolvida em referendos deste tipo não é exclusividade de um ou outro caso. Recentemente tivemos um sobre o porte de arma aqui no Brasil. Está claríssimo que meu desejo é que toda gente se desarme mas nem por isso podemos acreditar que uma lei, feita pelo homem, vá fazer crescer o bom senso e a consciência no mesmo homem. E naquele referendo, até a maneira de colocar a pergunta sobre o sim e o não era maliciosa e induzia a confusão, que é simplesmente mais uma maneira de manipular opiniões. Se ganhasse o fim da legalidade ao porte de armas, tenho certeza que hoje a situação estaria ainda pior, mais violenta, porque quem a quiesse ter, te-la-ia apesar da clandestinidade, e de maneira muito mais horrorosa. Acho que é assim também com o referndo que ora vocês terão em Portugal. Tomara a coerência vença a hipocrisia.

Beijinho

Al Berto disse...

Olá Jonice:

Nem mais.
Bela comparação tu fizeste.
Um beijo,

veritas disse...

Olá:

Mais um argumento pelo não, esfarrapado, de quem não os tem sólidos...eu já calculava que a explicação pelo aumento dos abortos em Espanha fosse essa, mesmo antes de terminar a leitura do post. Acho que todos os portugueses se devem unir no dia 11 de Fevereiro para acabar com as polémicas. Não se absterem ... porque senão daqui por vinte anos ainda andamos neste impasse...

Bjs. Boa semana.

melga meiguinha disse...

E é preciso também não esquecer que não hà números exactos dos abortos feitos antes da despenalização precisamente porque são clandestinos.
Depois da lei entar em vigor é natural que os números sejam maiores porque passam todos a ser contabilizados.
Mas para os defensores do não qualquer argumento serve. Como se fossemos todos uns palermas.
Continue, estou a gostar.

Beijocas.

José Manuel Dias disse...

Voto SIM, pois claro. Subscrevo a posição de Bill Clinton quando defendeu que a despenalização era necessária para que os abortos fossem mais raros e mais seguros.
Cumprimentos

Pata disse...

Oi Mostardinha
Parece muito claro que nada modificará a quantidade de abortos praticados. Só vai mudar o endereço.
Quanta hipocrisia!
Achei muito legal a história da Perky. Aqui estamos acostumados a desviar das balas perdidas. O ruim é ficar dois dias na geladeira.
Bjs.

Esther disse...

Oi, querido!! Estou mesmo a precisar de um socorro quanto as alterações que quero fazer no blog! Quem mandou oferecer? rsrs.. Mandei email pela cartinha , mas volta... Será que podes entrar em contato comigo?? email: urbe@terra.com.br
msn: bondezan_41@hotmail.com.
Bj e Obrigada!

Al Berto disse...

Olá Cris:

:-)... já seguiu para mail... do Hotmail.
Um beijo,

PSousa disse...

Bem vistas as coisas, depois de ter visto os "Prós e Contras" da RTP, fiquei ainda mais consciente que estou a tomar a atitude correcta, pois quando um Treinador na qualidade pessoal, bem dizer que defende a despenalização, mas depois vota não, sem argumentos plausíveis para tal só por conservadorismo.


Quando um Deputado vota na assembleia pela despenalização e depois vota Não, só por moralidades e porque a questão está mal formulada (já questões patidárias pelo meio) no referendo.


Quando uma cantora defende Não pelo direito a uma vida (feto), mas não defende a outra vida (mulher), e muito mais que sem argumentos, só votam não, porque entendem que vão aumentar os Abortos...




Muito mal estamos servidos de inteligência, de pessoas que estão numa posição social preveligiada e, deviam de dar os exemplos de maturidade e de justiça social, pelos mais desprotegidos, que esta lei actual confere, temos o inverso, por isso este país está como está e não admira.


Eu sou a favor da vida, como acho que uma grande maioria das pessoas o é, mas também concordo que a pergunta ao refendo está controversa, mas não podemos deixar de cair em tentação, de deixar que uma lei arrogante, tendenciosa para os mais desprotegidos, possa continuar metendo mulheres na cadeia normalmente em deficiente condição psicológica e sem apoios da nossa comunidade, que as condena por tal actos, sem as ajudar a resolvê-los, para não falar nas que morrem em condições miseráveis e clandestinamente, por medo da repressão da socieadade e da perseguição da justiça.

Em oito anos aquando do último referendo, eu pergunto a todos os que defenderam o Não na altura e, os que actualmente defendem, o que fizeram, para que se envertesse o aborto, e que condições foram dadas as vítimas para terem aconselhamento médico e psicológico, aliás tenho sérias dúvidas....

Como é um pouco extenso, quem quiser ler tudo, pode ir ao meu blog..


Abraço José e concordo contudo o que pensa, pois luta por uma causa, que também luto...Justiça social.

Kafé Roceiro disse...

Acho hipócrita esse tipo de coisa. É uma situação que todo mundo sabe que é feito clandestinamente e com riscos para as mulheres, que é claro deviam se prevenir antes de remediar, mas... Amigão, tô aqui e agora minha internet está normalizada! Um forte abraço do Kafé.

Guilherme Roesler disse...

Mostardinha,
tenho um imenso prazer em visitar o seu blog e encontrar temas polemicos analisados de forma bem intelegente.

Quanto ao aborto, está coberto de razão. Não vejo a hora de nós brasileiros nos engajarmos por esta campanha.

Abraços, Guilherme

Anónimo disse...

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