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Solidariedade amiga.

Written By Al Berto on segunda-feira, agosto 21, 2006 | segunda-feira, agosto 21, 2006

Portugal está bem classificado no compromisso de ajuda aos países mais desfavorecidos.
Esta é a conclusão de um estudo do Centro para o Desenvolvimento Global (CDG) que avalia áreas e características do apoio que nem sempre são mensuráveis em termos monetários.

No Índice de Compromisso com o Desenvolvimento do CDG, Portugal surge no 16.º lugar, com uma pontuação global de 4,8 pontos, à frente de países como Espanha, França, Itália ou Japão, o último da lista com apenas 3,1 pontos.
Os primeiros lugares da tabela são ocupados pela Holanda (6,6 pontos) e Dinamarca (6,4 pontos), enquanto governos liderados por quem mais fala em combater a pobreza – Estados Unidos e Reino Unido – têm uma classificação próxima da portuguesa.
Os britânicos estão em 12.º lugar com 5,1 pontos, seguidos pelo norte-americanos – 13.º lugar e 5 pontos.

O estudo decompõe a ajuda em sete áreas, ou seja, avalia o compromisso em ajuda humanitária, comércio, investimento, migração, ambiente, segurança e tecnologia.

Nesta avaliação por áreas, Portugal até nem surge mal colocado em algumas frentes. Tem o sexto lugar na lista dos países que mais participam em missões de paz ou humanitárias.
O relatório elogia Lisboa por não vender armas a governos não democráticos e por ter apoiado, tanto a nível financeiro como através do envio de pessoal, as missões na Bósnia e no Kosovo.

No que respeita a barreiras à importação de produtos oriundos de países desfavorecidos, Portugal está em sétimo lugar.
O ambiente é outra área onde o país surge bem cotado – em oitavo lugar – por ter os mais elevados impostos sobre produtos petrolíferos e a menor taxa de emissão de CO2 per capita.

É na solidariedade que são forjadas as bases de um mundo mais justo, mais fraterno e mais pacífico.

11 comentários:

Macillum disse...

Eu vejo mais a frustração de políticos que sabem que nunca vão deixar de ser pequenos no mundo e que querem a todo o custo agradar àqueles que erguem esta nova ordem mundial.
Os políticos portugueses continuam parisienses, londrinos, nova iorquinos, mas nunca portugueses: se o fossem não se preocupariam tanto em estar sempre no "panorama internacional".
O governo português é bom nas ajudas humanitárias? Então porque é que não ajuda aqueles que precisam dentro das fronteiras portuguesas?
É uma hipocrisia, é o que é!

Anónimo disse...

Salve, José Alberto,

pois então, um VIVA a Portugal!

Migas (miguel araújo) disse...

Caro José Alberto
Esta é a realidade da própria essência humana.
A solidariedade e o compromisso colectivo vem sempre de quem tem dificuldades.
É normal os mais pobres ajudarem os outros mais pobres.
É a própria compreensão das realidades e das necessidades.
Os mais ricos, são solidariamente cobradores de ajudas.
Um abraço

Al Berto disse...

Viva Macillum:

Pelos seus argumentos vê-se que não tem uma consciência real do que é a fome, a miséria e outras necessidades na sua verdadeira expressão.
Mas, essa consciência, virá com a idade.
Meu caro amigo, você já é da geração "hamburguer".

Um abraço,

António Silva disse...

Portugal é solidário porque "deu novos mundos ao mundo" e isso fê-lo compreender melhor as necessidades alheias.
pode ser um país pequeno mas a visão universalista matem-se.

José Manuel Dias disse...

Temos fortes motivos para nos orgulharmos...Temos feito ao longo dos séculos muitas coisas que ficaram para a história e, como se conclui pelo post, somos solidários com os países mais pobres.
Viva Portugal!

Carlos Tavares disse...

Aa conversa do macillum faz lembrar aqueles "meninos bem" que após o 25 de abril foram a correr inscrever-se no MRPP cheios de solidariedade com os mais pobrezinhos e que agora são de direita.

Didas disse...

E isso não terá a ver com a nossa tão grande necessidade de sermos apreciados, por sabermos que somos tão ignorados?

Al Berto disse...

Viva Didas:

...e isso de sermos ignorados, é uma desvantagem ou uma vantagem?

É que para mim é uma vantagem.
Não pretendo ver o país tão notado como a Inglaterra (atentados de Londres), nem como os USA (11 de Setembro), nem como a França (rebeliões populares).

Prefiro que continuemos aqui bem sossegados no nosso humilde "jardim á beira-mar plantado".

É tão pouco notado que eles ($) já começaram a fugir para cá.
Vai ao Algarve e vê (ou telefona que é mais rápido) se arranjas alguma suite acima de 1.000 euros por DIA disponível.

Um abraço,

Didas disse...

Claro que é porreiro ser ignorado pelo Bin Laden! Lol!

Macillum disse...

Ah... vocês não têm consciência da máfia toda que está por trás das ajudas humanitárias, as quais somente servem para aliviar um pouco o coração e a consciência de uns quantos!!?
O.k. Quando postei o comentário pensei que deduzissem logo a coisa. Mas, pelos vistos, ainda existe muita gente que acredita na hipocrisia das ajudas humanitárias!
Quer dizer, os nossos governos vão lá arrebentar aquilo tudo e depois, nós, os que permitimos que os nossos governos lá fossem fazer chacinas e ainda os deixámos lá continuar... depois da desgraça feita, sentindo-nos culpados e cheios de raiva porque nunca o povo sai à rua para parar com esta merda toda que está a acontecer no mundo... depois disso, para aliviar a consciência enviamos uns bagos de arroz que não vão solucionar nada e que, em sua grande maioria, ficam pelo caminho, nunca chegando ao destino.
Se Portugal se ajudásse a si mesmo, aì, sim, já poderia ajudar verdadeiramente os outros. Deste modo, somos os 7º mais otários que ainda não têm consciência do esquema terrível em que estão metidos e a participar.
Aos países consumidos, somos nós que os consumimos e ainda estamos a consumir, com as nossas vidinhas automobilisticas, tecnológicas, de ourivesaria, que são alimentadas pelas guerras e pelas chacinas nos países de onde vêm o petróleo, o ouro, os diamamntes, etc.
É como se vocês viessem todos dar-me um monte de porrada, quase matar-me à pedrada e depois virem dar-me água e comida com a postura de benfeitores.
Se querem sentir alegria em ser de um país que mais ajudas humanitárias dá, há que mudar primeiro o sistema em que todas estas hipocrisias estão metidas: enquanto não contribuirmos para isso, nada mais somos do que cúmplices dos crimes cometidos além-fronteiras!