Foi assim no pós-guerra na Europa quando esta precisava criar as infra-estruturas necessárias a uma sociedade e a uma economia debilitada pelo conflito.
Hoje os países nórdicos são o exemplo mais flagrante dos resultados da aplicação dessas políticas que somaram ao desenvolvimento económico a justiça social tão necessária para a estabilidade das sociedades.
O Chile, o país socialmente mais desenvolvido da América Latina, em cujo Governo o Partido Socialista do Chile permanece de maneira ininterrupta desde a reinstauração da democracia em 1990, é um exemplo claro do sucesso da prática social-democrata nessa região do globo.
Ora acontece que, em vários países do mundo, há um frenesim inusitado para os partidos se chamarem de social-democratas.
Mas quem se reclama da social-democracia e do socialismo democrático tem de ser internacionalmente reconhecido pela Internacional Socialista, onde todos estão filiados.
Quem aí não estiver filiado pode-se chamar de social-democrata mas não está credenciado por quem de direito.
Não tem, digamos, "certificado de garantia", não é social-democrata.
No Brasil o representante da IS é o PDT, presidido por Cristóvão Buarque.
É ele pois o "fiel-depositário" da social-democracia brasileira.
Em sociedades socialmente muito frágeis, como as da América Latina, a alternativa, como constatamos, são as derivas políticas complicadamente esquerdizantes ...
38 comentários:
Não sabia que social-democracia tinha certificação ISO 9000 ahahahaha. O Chile é realmente um pais interessante. Mas no meu ver existe ainda uma eminencia parda por tras dos bastidores. Meio dificil um pais com uma historia tão conturbada mudar tanto em tao pouco tempo.
Um pedido: Nao precisa avisar que tem post novo aqu. Venho com o maior prazer te visitar mesmo sem convite.
Viva Ricardo:
Á pois é... então?
Para ti basta por o nome e... já está?
Não é ISO 9000 mas é credibilidade política, meu caro.
É disso que se trata.
Cá em Portugal há um partido que se diz social-democrata mas, porque é liberal, está filiado, e muito bem, no Partido Popular Europeu que é o lugar dos conservadores... apesar de antes ter tentado, de várias maneiras, entrar na IS.
Dá para veres a diferença da "certificação"?
É que há muito político que quer é enganar o povinho e então arranja nomes que não têm nada a ver com o seu posicionamento político.
Tu até deves saber do que eu estou a falar...
Um abraço,
realmente de social-democrata ele não tem nada.
Mostardinha,
Eu também acredito na Social Democracia, especialmente onde ela é parlamentarista e com voto distrital. Aqui no Brasil ainda estamos lutando pela reforma política e pelo distrital. Abs. Jarbas
Nao conheco mto da politica do Brasil por isso...
Aceito troca de links sim, mas raramente os atualizo :(
Beijokas
Jessy
Um social democrata JA-MA-IS teria entrado no PT.
Pior.... saiu porque o Apedeuta-monarquico Inácio I, dei-lhe um tremendo pé nos fundilhos; caso contrário estaria no pt até hoje.
Não acredito no Sr. Buarque, até porque sendo primo de quem é (Chico), não lhe dá boas credenciais.
Creio que este é um rótulo com prazo de validade vencido (como o comunismo), já que não há como fugir das regras da economia mundial, e os governos, por mais intervencionistas que desejassem ser, são obrigados a ceder espaço à iniciativa privada, pois caso contrário estariam condenando seu país ao atraso por perda de competitividade. Ou está dentro ou está fora. Assim, compromissos partidários históricos ficaram para trás, ou adaptados às novas circunstâncias. Diante disso, circula por aí o termo "socialmente preocupado". O que vocês acham?
Mostardinha,
Gostaria que você aproveitasse para comentar os meus posts, ao acessar o meu blog para avisar que tem post novo no seu blog.
Abraço
Viva CAntonio:
Muito bem, desconheço pormenores mas sei que também Heloísa Helena depois de visitar o Brizola foi expulsa do PT e que a razão da demissão do Cristóvão Buarque se ficou a dever a elogios seus feitos á política do governo Brizola para a educação.
Por sinal até parece que esses elogios foram feitos aquando de uma sua visita a Portugal.
Também Carlos Leça foi demitido da Bendes após ter elogiado num seminário a política de Getúlio Vargas.
Ora aqui parece haver um ponto em comum que é quem elogiar a política trabalhista é demitido.
E é compreensível. De facto a maior ameaça ao PT e ao PCB são os trabalhistas, é a social-democracia. É assim em todo o lado.
Não é o PSDB nem qualquer outro partido á sua direita.
É minha opinião de que, a partir do momento em que numa qualquer coligação entre o partido comunista (ex-soviético), como é o caso aí no Brasil, essa coligação deixou de merecer credibilidade política.
Isto porque os exemplos vindos de leste mostraram a todos as atrocidades sociais cometidas e o descalabro económico.
Em Portugal o PCP (comunistas) representam 5% da votação, não têm expressão eleitoral.
Há muito trabalho político a ser feito no Brasil para que o PT seja devidamente punido por aceitar a companhia política dos comunistas.
É este eleitorado do PT que, pelos vistos, o PDT nunca soube atrair para as suas fileiras.
Também a sociedade brasileira tem características que só quem estiver muito por dentro pode analisar convenientemente.
Um abraço,
Gostava de saber a tua opinião.
CAntonio:
Essa análise de que um social-democrata não entrava no PT não tem "pés para andar".
Os mais ilustres sociais-democratas que o mundo conheceu até hoje, e que foram responsáveis por bloquear o avanço do comunismo no mundo, foram, numa qualquer altura da sua vida, membros de organizações esquerdistas onde vieram a sentir os seus princípios políticos traídos.
Portanto Cristóvão Buarque não é excepção, é a regra.
Exemplo ilustres como o chanceler alemão Willy Brandt, o presidente francês François Miterrand, o presidente português Mário Soares entre outros tiveram esse trajecto político.
Todos eles foram responsáveis pela consolidação política, económica e social dos respectivos países.
Salve, José Alberto,
vejo que você tem dedicado bastante espaço ao Bananão.
Quanto aos candidatos, as idéias do Cristovam, centradas na educação, são importantes, mas ele não tem a mínima chance. O PSDB se diz social-democrata, mas...
Na verdade, não temos partidos que espelhem a social-democracia. Nossos partidos são quase amorfos, sem personalidade. O Partido que "veio de baixo", como o PT, enlameou o país.
Nunca enfrentamos um quadro tão medíocre como agora. Mas precisamos votar, e há um inimigo a abater...
Abs.
Mostardinha, artigo interessante. Eu, e voce deve ter percebido pelo leitmotiv dos meus artigos, que opto, em economia e moral, pelo libertarianismo, ou seja, o anarco-capitalismo norte-americano. Por isso, não sou muito receptivo para com a social democracia. Por que cheguei nesta conclusão? Primeiro, porque não acredido em um Walfare State, no assistenciaslismo e na quebra da livre iniciativa por meio de intervenções estatais. Penso que se existe um mal no planeta este mal se chama Estado. Em relação a Suécia, até 1860 ela era um pais pobre, e que a partir da introdução da revolução industrial e do livre mercado pode crescer muito, além do fato de não ter entrado em guerra nenhuma para prejudicar seu desenvolvimento. Tanto é que até a decada de 1940-50 ela tinha uma das maiores rendas per capita do mundo.Entretanto, com a grande depressão de 1929 (e com a entrada dos sociais-democratas), o Estado na Suecia veio a crescer muito, com expansão de credito e de gastos publicos (gastos publicos que de 20 % do PIB subiram para 50% do produto interno bruto, tendo o auge ocorrido na decada de 70.)Tanto é que a moeda da Suecia, o krona, ficou absolutamente desvalorizado nesta epoca. Entretanto, no ano de 1986, com o ingresso de Ingvar Carlsson, por meio de medidas liberalizantes (ex: aboliu os controles da moede e reduziu impostos)conseguiu fazer a Suecia crescer de novo, mesmo que em um primeiro momento estas medidas tenham dado um impacto muito grande. Hoje a Suecia com estas medidas vem crescendo, mas ainda fica com uma renda menor que a dos EUA, que é de 40 mil dolares, enquanto que a da Suecia é de 30 mil dolares. Assim Mostardinha, acho que a social democracia tende a aumentar a incidencia do welfare state, e com isso prejudicar em muito o desenvolvimento natural de riqueza, que é a troca e a livre escolha dos compradores. É a minha opinião. Abraços, Guilherme.
ps. tem um artigo no Mises.Org que fala tudo isso que que disse.
http://www.mises.org/story/2259
Olá José Alberto,
Muito bom seu artigo. Apenas queria fazer uma ressalva, Critovam Buarque não é o presidente do PDT. O presidente do partido é o senhor Carlos Lupi. Cristovam é na verdade candidato a presidente do Brasil.
Aguardo sua visita ao meu blog. A última postagem tem u título de “Bolsa Família ou Educação, eis a questão”.
“O governo investe no programa – pasmem – cerca de R$ 11 bilhões do Orçamento. E mais uma vez pasmem, apenas um terço deste valor é investido em Educação. E tem gente que reclama da única tecla do Cristóvam. Já escrevi aqui que Cristóvam tem minha admiração. Ele está dando a Educação o lugar de destaque que ela merece. Se não vejamos, porque investir tanto em um programa que não irá trazer retorno nenhum, pelo menos a longo prazo? Não seria mais viável fazer o contrário, investir mais em Educação?”
Veja-o na íntegra
www.blogdopatrick.blogspot.com
Amigo,
Cristovam Buarque é complicado falar, mas ele não tá com essa bola toda, não!
Ele é meio sonhador, obssecado com a questão da educação, como se fosse resolver todos os problemas. E na verdade ele é candidato a presidente pelo PDT e tem 1% de adesão nacional.
abraços do Kafé.
Viva Guilherme:
Antes de tudo quero que saiba que, em Portugal, tenho amigos nos diferentes quadrantes políticos.
Mesmo na blogosfera isso acontece com normal cordialidade.
A condição prévia é a de respeito mútuo e educação no trato, como qualquer pessoa que se diga civilizada.
Isto para lhe dizer que respeito a sua opção política.
Acerca da sua apreciação onde diz:
"Hoje a Suécia com estas medidas vem crescendo, mas ainda fica com uma renda menor que a dos EUA, que é de 40 mil dólares, enquanto que a da Suécia é de 30 mil dólares."
Direi que isto merece, de minha parte, desacordo.
Nesta matéria o Guilherme terá em primeiro lugar de esclarecer onde centra a sua visão da economia, se é no ser humano se é no lucro.
Se a sua análise se reduz ao lucro dou-lhe razão e aí o ser humano passa a ser um mero meio de produção, como qualquer máquina;
Se ao invés pensa que é na pessoa humana que deve ser investido o desenvolvimento essa análise está errada pois, numa sociedade equilibrada, é muito mais importante os 30.000 dólares na Suécia do que os 40.000 nos USA.
Por outro lado esses dados poderão ser postos em causa através da situação real dos países em termos de desenvolvimento sustentado.
Isto pode ser verificado pelo índice de desenvolvimento humano em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Índice_de_Desenvolvimento_Humano
Assim sendo temos:
1- Noruega
2- Islândia
4- Luxemburgo
6- Suécia
que, dirigidos por correntes sociais-democratas, estão no topo dos países mais desenvolvidos.
Por outro lado, e indo ao caso concreto do Brasil, atendendo ao seu estádio de desenvolvimento, qualquer governação baseada no exclusivamente no lucro está condenada não só ao fracasso e ao atraso económico como a gravíssimos conflitos sociais.
O anarco-capitalismo poderá mesmo só funcionar nos EUA tanto por questões relacionadas com o desenvolvimento já atingido como devido ao muito característico espírito americano que considero único no mundo.
Sejamos pragmáticos. No Brasil só políticas de compromisso que propiciem um desenvolvimento sustentado poderão ter futuro.
E nesse campo só a social-democracia poderá ter respostas para os desafios do futuro.
Um abraço... e parabéns pelo óptimo contributo do seu comentário.
Estou a começar a gostar de discutir política de forma tão elevada como a que aqui está a ser produzida.
Viva Patrick:
Fica a ressalva.
Muito obrigado pela dica.
Um abraço,
Caro Alberto, é um post pesado para fim de semana.
A social democracia é, como qualquer outra, uma designação para um sistema de governação que em minha opinião, poderá ser boa ou má não, em função do enquadramento designatório mas sim, em função dos políticos, da sua qualidade, como bem evidencia quanto compara os países nórdicos com outros.
Em Portugal por exemplo, é a pôrra que conhecemos. Uma espécie de armadilha na qual o povo – todo contente - vota livremente em dois partidos que se alternam – é mesmo de alterne – no poder e ao fim de 30 anos estamos aqui. Da Europa, dos mais pobres, os mais coitados, 2 milhões, (20%) dos nossos no limiar da miséria, sem perspectivas a não ser uma integração económica com Espanha, etc.
Mas, vamos que amanhã é Sábado...,
Cpts
Caro José Alberto,
Tens razão quando fala de figuras ilustres da Europa.
Aqui no Brasil (tudo é diferente), meu Caro Alberto; diz-se por aqui, sabiamente:
Prostitutas se apaixonam pelo "cliente", traficantes de drogas se viciam, padres idolatram Stalin e (infelizmente) Ignorantes funcionais se tornam presidentes.
Um Grand'abraço,
Querido Amigo Mostardinha, se voce ficou ofendido com alguma coisa, lhe peço desculpa. Em nenhum momento pensei em lhe ofender, em absoluto. Claro que respeito sua opinião, pois se não o fizesse iria comenter os mesmos absurdos daqueles que tento combater. Quando digo a renda de cada homem, não me refiro à condição de transformar o homem como uma maquina que só produz mercadorias. Pelo contrario! Falo isso com a intenção de dizer que nestes paises (o EUA, por exemplo, Hong Kong), por haver uma maior liberalização da economia, seu esforço é mais bem retribuido. Não pelo governo, mas sim pela sociedade, que pode pagar mais por um trabalho mais bem feito. Concordo inteiramente no aspecto da valorização do homem trabalhador. Infelizmente, aqui no Brasil o que é chamado de "desenvolvimentista" nada mais é do que uma politica intervencionista e estaólatra de cunho eminentimente keynesiano, como é o caso da CEPAL e dos economistas formados na UNICAMP, que formam a maioria dos nossos economistas. Mais uma vez, se lhe ofendi, peço mil desculpas. Abraços, Guilherme
Viva Guilherme:
De maneira nehuma... não foi isso que eu senti em momento algum.
Eu disse isso somente para o Guilherme não levar a mal que discordasse de si, só isso.
Um abraço,
Viva Abel Cunha:
Como em tudo na vida... tudo é relativo.
Apesar de a dimensão da pobreza em Portugal ser alarmante, a investigadora Catarina Silva, autora de estudo sobre essa realidade, afirma ter-se registado uma diminuição "significativa" do problema na segunda metade da década de noventa, sobretudo devido a um aumento das chamadas transferências sociais, como as pensões e os subsídios.
Afirma que a partir de 1998 há uma diminuição significativa da taxa de pobreza em cerca de dois por cento e verifica-se que foi esse o ano de implementação do Rendimento Mínimo Garantido.
A evolução favorável da pobreza nos últimos anos verifica-se ainda através da análise da distribuição dos rendimentos, já que em 1995 os mais ricos ganhavam aproximadamente 13 vezes mais do que os mais pobres, um número que baixou para 10 há quatro anos.
Ou seja, ainda se mantêm desigualdades que devem ser colmatadas.
Mas para um país que viveu 50 anos debaixo duma ditadura que pregava o "Orgulhosamente sós", que estimulava a máxima de que "beber vinho é matar a fome a 1 milhão de portugueses", ou que "pessoas analfabetas são melhores de governar", e que pertencia de facto a meia-dúzia de familias... convenhamos que não está muito mal.
Além disso o limiar da pobreza em Portugal é bem diferente do conceito noutros países.
Um abraço,
Viva J. Alberto,
Não vou contestar a evolução positiva que um qualquer estudo conclui. A maioria dos estudos têm a validade das sondagens. O que é certo é que todo o mundo evoluiu e nos quase cinquenta anos que medeiam o período do “para Angola e em força já” e 2006, digo eu, o fosso entre a Europa rica e Portugal, apesar da sua ajuda, não diminuiu. Certamente ambos nos lembramos dos tempos em que uma peseta valia cinco tostões. Quando chegou o euro, a mesma peseta valia vários escudos. Creia-me um descrente dos políticos portugueses - de todos os tempos - já que na sua história, o povo português nunca conheceu um período de melhores dias.
Cpts
O PDT só está na Internacional Socialista devido ao prestigio de que gozava o falecido Leonel Brizola, seu fundador (e dono). Era, por exemplo, muito amigo de Mario Soares do PS português. Não se pode comparar muito os partidos dos dois países porque no Brasil as agremiações políticas não tem a mesma pureza ideológica que em Portugal. Vários políticos brasileiros entram e saem de vários partidos, completamente opostos em diversas questões, ao sabor da conveniência que tem. Muitas vezes é por interesses regionais, outras por pessoais mesmo. O maior partido do Brasil, o PMDB, um verdadeiro saco de gatos, nem tem definição ideológica possível.
Pode não parecer mas o partido mais parecido com o PS português é o PSDB, de FHC, Serra e Alckmim com um pequeno viés de direita. A única diferença expressiva é que em relação aos costumes, os dirigentes brasileiros são mais conservadores ( as vezes por oportunismo). O PT é ipisis verbis o PCP, e nem venham dizer que não porque até já teve (ainda tem?) barraquinha na festa comunista portuguesa Avante! ao lado do PC cubano e outros. E está claramente ao lado de diversos grupos esquerdistas latinoamericanos e criminosos tambem (como as FARC colombiana e o MIR chileno) no FORO DE SÂO PAULO, uma espécie de Internacional Comunista da AL.
Ah esqueci: o desenvolvimento do Chile tambem é devido aos democratas-cristãos que tambem estão no governo. E me desculpem: mas o Pinochet, apesar de tudo, tambem tem seus louros na questão. E fez um referendo em 1988, que perdendo, deixou o poder. Já em Cuba...
Viva cfe:
Obrigado pelo esclarecimento... é para isso que cá estamos.
E lembrou coisas importantes como essa do PT ter a sua barraquinha na festa do "Avante".
É por isso que não admira que aceite os comunistas como parceiro de governo.
Só por isso já teria a minha desaprovação.
Nem que não votasse em mais ninguém.
Eu sei, como todos os portugueses, o que o PCP tentou em Portugal.
Eu fui dos que esteve lá bem na "linha da frente" contra a tentativa de "estalinização" do regime democrático português.
Um abraço,
ooppssss!!! ...é pá, não me fale no Pinochet, que "borra a escrita toda".
Esse tipo foi um autêntico facínora sem escrúpulos.
Foram sujeitos como ele, e como outros anátemas ditadores sul americanos, que estimularam o aparecimento de tendências radicalizantes e pro-comunistas na América Latina.
Mostardinha acho que você está pré-julgando um partido somente por sua filiação à internacional. O PDT, históricamente sempre defendeu a estatização. Preceito que não condiz em nada com a social democracia.
Na social democracia a obrigação do Estado seria prover educação, saude, segurança, fiscalização e regulamentação das empresas. Estatização de empresas não.
Um dos preceitos do PDT também sempre foi a nacionalização de multinacionais. Coisa que a social democracia nunca defendeu.
Hoje o único partido que realmente é social democrata no Brasil é o PSDB, apesar de não ser filiado a essa internacional, e espero que não se filie pois pra mim isso é, desculpe a palavra, babaquice.
Viva Tiago:
Aceito esse seu esclarecimento sobre essa questão de estatizações preconizadas pelo PDT que não é conforme ás normas sociais-democratas.
Também sei que estará filiado no IS devido a Leonel Brizola e que tal se perá propiciado devido á conjuntura da altura na America Latina em geral e do Brasil em particular.
Já quanto a "babaquice" não concordo.
Num mundo em constante caminhada rumo á globalização estar presente nas reuniões que juntam governantes de todo o mundo é muito importante.
E o estatuto nessas reuniões não é apenas formal é antes a de uma família política em que há uma maior entreajuda entre os países governados pelos seus representantes.
Talvez algum dia o PSDB peça a sua adesão á IS, isso seria bom para ele e para o Brasil pois ajudaria a consolidar a democracia e ao desenvolvimento económico e social do Brasil.
Dou-lhe um exemplo que seria, por exemplo, a abertura do comércio europeu aos produtos brasileiros.
Resta saber é se o programa político do PSDB e os seus representantes passam no "exame" da IS.
Um abraço,
Não tenho tempo para ler os comentários e estou caindo pelas tabelas de tanto sono, mas aproveito apenas para repetir um velho ditado que diz... Bom político é aquele que não cumpre o mandato, pois tão logo ele toma conhecimento das barbaridades, afasta-se e não volta mais. Aqui isso não ocorre, pois não há quem queira perder a mamata. Não se faz necessário ter estudo, ter conhecimento algum de nada, ter caráter... Basta ter conchavos!!! E quanto mais acertos por fora, tanto melhor!!!
O Brasil anda tão perdido na área política, que não há aqui partido algum que dê jeito, pois eles se transferem de pártido em partido, feito pipocas em panela com gordura quente...
O Chile de fato é um belíssimo exemplo de boa administração, mas não há por lá, políticos brasileiros.
E ontem falava com uma amiga minha, militante ferrenha do PT e com cargo importante da cúpula que ainda se mantém imponente depois de tudo e ela, é crédula e ingênua, pois dá suas preciosas horas de trabalho para aquele partido, mas enfim, dizia-me ela que há pessoas corretas na política... De fato deve haver!!! Eu preciso me redimir, pois dentre o bando de bandidos que lá há, não é possível que não sobre pelo menos um ou outro gato pingado...
Não voto em senadores, prefeitos, governadores e não voto em nada. Primeiro não eleições livres, pois somos obrigados a votar e somente por essa razão, já prefiro pagar a multa e segundo, não dou meu voto - que eu muito valorizo - para vagabundo algum!!! Somente por merecimento e isso aqui é coisa rara, mas nesse ano vou quebrar minha promessa e vou apostar alto: vou votar pra presidente e votarei na Heloisa Helena. Vamos ver no que dará e farei isso em homenagem também a minha avó que dizia que homens reunidos, não dá boa coisa em lugar algum. Seja na prisão ou no planalto!!!
Um lindo final de semana pra ti!!!
Beijinhos,
Cris
Mostardinha,
Salve, salve. Casa cheia. Debate acirrado. Parabéns. Abs. Jarbas
E em tempo:
Pinochet foi um facínora!!! Concordo plenamente, tanto quanto foram outros tantos facínoras e mais os que ainda temos em muitos países de nossa América Latina, nos dias de hoje e travestidos de gentes do povo...
O Chile não deve ao Pinochet, nada!!! É aquele verme, que deve e muito, ao Chile e ao povo Chileno e jamais poderei dar mérito algum para qualquer ditador estando ele onde estiver e no Brasil, tivemos muitos, fantasiados de militares e ainda hoje pagamos caro pelos estragos deixados. O custo disso, é a ignorância deixada para o nosso povo brasileiro, como herança e que acreditam que votar é colocar na presidêcia, um asqueroso narciso, que se vangloria de não ler e comete aberrações cada vez maiores...
A sorte do Brasil é não depender de seus políticos para continuar crescendo e o azar dos brasileiros, é acreditar nos ignorantes que elege...
Beijinhos...
Cris
Quando diz que o Brasil é socialmente frágil, está usando de eufemismo. Infelizmente é socialmente débil.
Só não concordo com a lâmina d´'agua aí em cima por crer que nosso azar seja acreditar em quem elegemos. Se é pra votar sem acreditar , há sempre a opção do não voto. Fica-se em casa, desacreditando.
abraço
Olá Lâmina d'Agua:
O teu comentário é uma mais valia para a formação de opinião acerca da realidade política brasileira.
Eu, que desde sempre me interessei pelo fenómeno político na medida em que isso é conhecer o modo de vida de outras civilizações, comecei, e ainda me considero, um curioso ignorante sobre ela, mas agora diria que já tenho, vá lá, um conhecimento mediano.
Se há político que abomino é aquele que muda de partido como "quem muda de camisa".
Indivíduo que faça isso não mostra ser uma pessoa séria em cujos princípios se possa confiar.
Qualquer pessoa responsável faz essa análise antes de se filiar em qualquer partido político e depois só tem mais é que assumir a sua opção, para o melhor e para o pior.
Em Portugal haverá um ou outro caso excepcional, de alguém que tenha tomado partido ainda muito jovem, mas mesmo aí a opinião que tenho sobre esse indivíduo é negativa.
Esses "camaleões" não são políticos na verdadeira acepção da palavra, são antes autênticos mercenários.
E não deixam de o ser lá por virem com "falinhas mansas" perante o povão.
Quanto a essa de aplicar multa por não votar não cabe na cabeça de ninguém. Democracia não é isso.
Democracia é participação voluntária.
Votar é um direito e um dever cívico.
Um beijo,
Olá Ariadne:
Concordo com a tua dedução na primeira parte do comentário mas... não concordo com a segunda.
De facto em votação democrática não se deve ficar em casa como dizes. Há que participar.
A democracia tem soluções de participação para isso.
Se optares votas em quem escolheres.
Senão podes sempre votar branco ou nulo.
E cada um destes dois últimos tem uma mensagem política clara.
Já agora uma achega ao método electronico brasileiro:
Diferença entre voto BRANCO e voto NULO:
Supõe que o candidato A tenha 40% dos votos, e o candidato B tenha 25%. O total de votos brancos foi de 10%.
O voto branco diz que o eleitor está indiferente aos candidatos, ou seja, tanto faz!
Isso faz com que o voto branco deste eleitor seja a favor do candidato que estiver na frente, no caso, o candidato A, que passa a ter 50% dos votos.
Se a intenção é protestar contra os actuais candidatos, certamente a melhor forma seria o voto nulo. Este quer dizer que o eleito não está indiferente aos candidatos, e sim, insatisfeito com todos.
Desta forma, o voto nulo não é somado a favor de nenhum candidato.
O mais interessante é a "malandragem" da urna.
Não existe o botão "Nulo".
Existem os botões:
"Branco, "Corrige" e "Confirma".
Votar em branco é fácil, basta apertar "Branco" e confirmar.
Para anular o voto, deve-se digitar um número incorreto, ou seja, um número que não esteja relacionado a nenhum candidato.
A urna dará a mensagem "Número incorreto, corrija seu voto", de certa forma, desencorajando o voto nulo.
Mesmo com esta mensagem, aperta-se o botão "Confirma", e tem-se o voto anulado.
Espero que a explicação tenha sido de algum interesse.
Um beijo,
Mostardinha,
Gostaria de saber. O programa do PDT, que defende estatização e intervencionismo do Estado no sistema financeiro são atitudes que passaram no exame da IS?
Se passaram, creio que a IS não é bem social-democrática, de forma que é sim, desculpe novamente a palavra :) babaquice associar-se a ela.
Mostardinha,
As saídas da Heloísa Helena, Cristóvam Buarque e Carlos Lessa (do BNDES) do governo Lula ocorreram muito mais por discordarem dos rumos do governo Lula nos campos econômico e ético, do que por represália a uma reprovada reverência aos finados Brizola ou Vargas. Eu não vejo uma postura agressiva do PT contra a figura do Brizola. Se há, vem da militância. Na verdade, é o PDT quem insiste nesse antagonismo que só enfraquece os movimentos trabalhistas. Eu sempre admirei o fundador do PDT pelo seu passado contra o levante militar de 1964, e teria votado nele em 1989, não fosse a candidatura do Mário Covas.
Abraço
Quanto a Internacional Socialista (IS), parece-me que o seu objetivo é garantiar a igualdade social, pouco importando se o caminho é a estatização ou privatização, desde que passe pela via legal, democraticamente. Sendo assim, é correto dizer que o caráter estatizante do PDT não o qualifica para merecer o rótulo de social democrata? Será mesmo? A IS exclui claramente a estatização de empresas dos caminhos viáveis para alcançar a igualdade social?
Por outro lado, o PSDB se diz social democrata, sem a anuência da IS. O estado mínimo preconizado pelo PSDB o faz merecedor do rótulo social democrata? A social democracia do PSDB não estaria apenas na sigla? A exemplo, o Mostardinha citou um partido português liberal, que se diz social-democrata.
Os governos do Chile (que neste blog são social-democratas) privatizaram a educação, a previdência social, a segurança e empresas estatais chilenas (manteve algumas), flexibilizaram a legislação trabalhista, e apesar dos bons índices econômicos e sociais, o Chile possui hoje um dos piores níveis desigualdade de renda.
O que me parece, a IS há muito perdeu a prerrogativa de dar a certificação de social democrata aos integrantes, e se o faz, ninguém dá importância.
Mostardinha,
Essa questão dos votos nulos e brancos merece um post só para ela.
No site do TSE consta um FAQ onde na resposta 46, diz o seguinte:
"46. O que é voto em branco ?
É considerado voto branco quando o eleitor manifesta sua vontade de não votar em nenhum candidato ou partido político, apertando a tecla BRANCO na urna. O voto branco, assim como o voto nulo, é apenas registrado para fins de estatísticas e não é computado como voto válido, ou seja, não vai para nenhum candidato, partido político ou coligação. Antes da Lei 9.504/97, o voto branco era considerado válido, desde então não é mais."
Eu entendi no texto que voto branco não vai para o candidato A e nem para B. Correto?
Abraço
Estive fora uns dias e não pude ver sua reposta a respeito do PT "e" os comunistas, e faço uma reparação: o PT "é" comunista.
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