A violência na escola está aí, é uma realidade cada vez noticiada com mais frequência e que é preciso enfrentar.
O mundo mental dos jovens desordeiros e agressivos gira á volta dum pensamento que, traduzido, assenta no seguinte:
- Todos os outros (jovens) têm tudo menos eu.
São jovens frustrados, zangados, vivendo com alguma dor, não conseguindo o que querem. Sentem-se vítimas do mundo que os rodeia.
Não têm qualquer sentimento pelos outros, normalmente nem sequer pensam nos outros.
Tudo se resume ao lema, o que são eles e o que querem, e nada mais.
Provavelmente a situação mais propícia para a agressividade é conviver com a dor.
Animais que foram torturados ou crianças que foram severamente molestadas normalmente ficam agressivas.
Animais e humanos que convivam na presença de adultos violentos tornam-se violentos por natureza.
As ciências sociais e biológicas vieram reconhecer que as influências mais importantes na violência são ambientais ou experimentais. Há uma evidência abundante que uma história do maus tratos é frequentemente um precursor do comportamento agressivo.
O recalcamento de situações adversas, bairros superlotados, isolamento e a vivência em circunstâncias desconfortáveis promovem a agressividade.
Esta exposição continuada á violência afecta todo o sistema nervoso e psicológico.
Resumindo, tudo o que aumentar a impulsividade e a irritabilidade diminui o julgamento e a capacidade de reconhecer a sua própria dor e a dos outros, aumentado assim a violência do sujeito.
Pais com atitudes violentas estão na primeira linha para produzirem todas estas anomalias de personalidade.
Rapidamente precisam ser encontradas medidas eficazes que possam contrariar a insegurança por ela gerada, tanto para alunos de comportamento normal como para os professores.
É a construção da própria sociedade vindoura que o exige já hoje.
8 comentários:
José Alberto,
Tens razão, o meio violento torna as pesoas violentas.
Também, hoje em dia falta algumas coisas aos jovens: autoridades dos país e uma vida mais tranqüila.
Sem falar que a pressão que os jovens sofrem é grande.
Obrigada pelo seu comentário em um poema, muito gentil.
abraços
Está tudo muito bem mas são precisas medidas que permitam aos professores expulsar os alunos que tenham comportamento justificadamente incorrecto e violento.
Simplesmente assustador... mas por vezes a violência começa dentro da própria casa...
Felizmente essas escolas, apesar de existirem, ainda são uma excepção. Acontece fruto da comunidade educativa em que a escola está inserida. Corporizada por crianças fruto de famílias problemáticas, que só andam ali muitas vezes obrigadas pelos pais para poderem receber o rendimento mínimo garantido. Mas esta violência também é fruto de uma determinada perda de autoridade por parte dos professores. Eu sou a favor da escola inclusiva, mas não nos moldes em que está a acontecer, deviam ser criadas mais alternativas a nível de escolas profissionais para alunos que, fruto de determinada conjuntura, perigam em não fazer o nono ano, que precisam de alternativas.Não podem ser os professores, nem os alunos, a pagar por erros do sistema...
Cumprimentos.
Caro Mostardinha,
Foi divulgada, ontem, mais uma pesquisa CNI/Ibope para a corrida presidencial. O resultado revelou que apesar de tantas denúncias, a popularida de do presidente Lula continua crescendo. A pesquisa detaca que os índices são tão positivos quanto os do início de seu governo.
Veja mais detalhes e a íntegra da pesquisa no meu blog
www.blogdopatrick.blogspot.com
Caro Mostardinha,
Tenho reparado nas crianças e adolescentes desta geração um problema que na nossa época não existia. As mães hoje pouco vêem os filhos, de modo que na maioria são criados por empregados. E os pais acabam perdendo o poder sobre os filhos, ou seja, o LIMITE não é imposto a eles. Com isso ele sente que pode manipular os pais a darem para ele tudo aquilo que quer como se fosse para compensar a falta daqueles.
Amigo, um prazer tê-lo na roça para um café e uma broa de fubá.
Saudações do Kafé.
Esta questão da violência nas escolas, embora deprimentee condenável, não deixa de ser uma gota de água (como muito bem refere a veritas) e usada, pelos srs. profs, como trunfo e arma de arremesso contra a ministra.
Não sou socialista (nem tão puco lá perto, mas como o meu caro sabe recoheço na Ministra da Educação a única valia deste governo. É frontal, corajosa e conseguiu a proeza de objectivar o ensino: a prioridade são os alunos. isto é que custa ser aceite pelos profs, dado o seu pseudo-estatuto de intocáveise ao seu sentido de coorporativismo.Pese o facto lamentável de pagarem os justos (e muitos, felizmente) pelos pecadores.
E isto porque a violência não é um fenómeno da área escolar. A violência é um fenómeno muito mais abrangente, essencialmente social e familiar com repercursões em várias àreas: ensino - laboral - desporto - cultural (exclusão e "gheto"), etc.
E, apesar do seu gráfico, cada vez um fenómeno menos urbano (tido como grandes centros)e mais alargado e grande e médios centros populacionais.
Obviamnte são precisos medidas e urgentes para o seu combate.
Mas mais que isso, são precisas com muita urgência medidads preventivas e educacionais: nos meios e essencialmente, como muito bem refere a ana luar, na família.
Um abraço
José Alberto,
SEu blog é um show!!! Pena que não consegui visitar todo. Tive problemas para carregar. Deve ser defeito da minha máquina.
Bjs
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