Apenas com 6 anos de idade, confronta-se com a morte do pai e um ano depois, com a morte do irmão. Estas mortes significam uma profunda transformação na vida do poeta, nomeadamente no seio da família.
Depois do 2.º casamento da mãe em 1895, ela e filho partem para Durban, África do Sul, onde Fernando Pessoa viverá até à data do seu regresso definitivo a Portugal, no ano de 1905.
Fernando Pessoa, como que respondendo a um chamamento da pátria, regressa, no entanto, sozinho, com 17 anos de idade, a Portugal, que nunca esquecera.
Traz consigo o propósito de se matricular no curso superior de Letras de Lisboa.Vive nesta cidade, uma vida modesta, em casa de familiares e em quartos alugados. Apesar de efectuar a matrícula no curso referido, no ano de 1906, depressa se desilude com o ensino aí ministrado, não tendo sequer concluído o primeiro ano do curso.
Em 1908 inicia a profissão, no universo do comércio, como «correspondente estrangeiro».
Na companhia de amigos como Mário de Sá-carneiro, Almada Negreiros e Santa-Rita Pintor, Fernando Pessoa ficará para sempre associado às novas correntes modernistas como o Paùlismo, o Interseccionismo e o Sensacionismo.
O isolamento e a solidão do poeta parecem ter marcado a maior parte da sua vida, ao longo da qual, todavia, foi criando, no sentido literal do termo, novos amigos. O primeiro, aos seis anos, a que chamou Chevalier de Pas; os mais conhecidos, entre 1912 e 1914, a que chamou Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Álvaro de Campos. A heteronímia é uma das facetas mais curiosas deste poeta e, para muitos, o resultado da desmultiplicação de um pensamento e de uma poética complexa e genial.
O seu empenhamento patriótico esteve sempre manifesto na sua obra e nos seus projectos de intervir, via literatura, sobre a humanidade e sobre Portugal.
Este sentido patriótico movido pelo sentimento de uma missão culmina, em termos de produção literária, com a publicação, em 1934, da sua obra Mensagem.
O único namoro conhecido de Fernando Pessoa decorreu em duas fases: a primeira, de 1 de Maio a 29 de Novembro de 1920, a segunda de 11 de Setembro de 1929 a 11 de janeiro de 1930.
Nove anos depois, Ophélia e Fernando Pessoa reencontram-se e o namoro recomeça.
Fernando Pessoa trocará a perspectiva de um amor e de uma família por um outro chamamento, seja ele o da missão a desempenhar e o compromisso com tais mestres mistereriosos, seja o do compromisso com a sua própria identidade e com a humanidade.
Abandonado a si mesmo, à sua vida intelectual e mística, ao seu isolamento, que, aliás, marcou toda a sua existência, é sozinho que Fernando Pessoa, já profundamente desgastado pela angústia que o mina, pela constante busca de si próprio, morre no dia 30 de Novembro de 1935, com 47 anos de idade.
Pela passagem da data do seu nascimento não vi homenagem alguma neste país... até eu quase me esquecia e a acontecer isso a minha consciência não me iria perdoar.
Há uma máxima para esta situação:
7 comentários:
Fernando Pessoa é um poeta visceral. Escreve com o mais profundo da alma. Homenagem justíssima!
Minhas homenagens!
abraços,
Emanuelle.
Caro Alberto,
Fernando Pessoa é insuperável. Não saberia dizer o quanto, mas sei que ele se impregna em nossa alma quando o lemos. Faz-nos viajar....
Simples e direto aos corações...
E com todo o respeito ao povo luso, Fernando Pessoa é um pouco brasileiro (o que no final das contas e a mesma coisa)
Homenagear a esse grande escritor é cultuar o bom gosto. E cá prá nós: os grandes não tem nacionalidade; são patrimonio da humanidade.
http://blogandofrancamente.blogspot.com
Em Portugal só se lembram se for feriado nacional...como o de Luís de Camões.
Mas Fernando Pessoa é um autor que está muito acima da média nacional.
Parabens pela lembraça.
Bravo! Parabéns por se ter lembrado! E por ter ido mais longe, ter prestado a sua homenagem, a um dos poetas que mais entrou no meu ser e formação...
Ola Jose Alberto!
Adorei a historia do Fernando Pessoa, alias, a relembrei, tendo-a estudado na Faculdade. Mas nem lembrava mais. Eh o meu poeta preferido. Quase fiz uma tese sobre ele, depois desisti.
Adoro seus heteronimos, todos eles, e o jeito que ele se posiciona na poesia em si.
Muito bonita!
Obrigada pela sua visita ao meu Blog.
Um abraco
MARY
Justa a homenagem.
Se o Poeta em vez de o ser fosse político, por mais medíocre que fosse, engajado sob o estandarte certo, não lhe faltariam elogios e medalhas. Assim...
Pelo menos não lhe desvirtuam a memória.
Parabens pelo trecho!
Um abraço
Deixo aqui a minha mais sincera homenagem ao nosso maior poeta!!! Justíssima homenagem!!! Parabéns!!!
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