Venda da Aveiro Basket em aberto.
Written By Al Berto on segunda-feira, abril 10, 2006 | segunda-feira, abril 10, 2006
"Tudo depende das propostas que possam haver. Pode existir alguém que queira comprar as acções uns dos outros. Tudo pode acontecer. O certo é que a Câmara não vai comprar nada, até porque não pode. Se aparecer alguém que queira comprar o Aveiro Basket e mudar de sítio, temos que analisar"
Estas são declarações do vereador Jorge Greno para o On Line News.
E eu não poderia estar mais de acordo.
E acrescento, mesmo que não apareça quem compre, que se deixe de andar a consumir o dinheiro dos munícipes numa instituição que deveria ser auto-sustentável.
Mas como vivemos num estado de subsídio-dependência...tal não admira.
Entretanto as estrada do concelho vão ficando cada vez mais esburacadas por falta de verba.
O basket em Aveiro, que vivia sobretudo do despique entre as equipas do concelho (Beira-Mar, Galitos e Esgueira e também do Illiabum), deixou de existir.
A promoção de jovens atletas aveirenses foi trocada pela vinda massiva de americanos de valor duvidoso.
E isso em nome de uma maior profissionalização e de uma maior capacidade em termos desportivos com a concorrência.
O facto é que, quer um quer outro desiderato, nunca foram alcançados, bem pelo contrário, e o que hoje temos é uma "amálgama" de qualquer coisa que não galvaniza os aveirenses e, para piorar, também não galvaniza os patrocinadores.
Entretanto o "buraco financeiro" está aí para "trespassar" e durar.
Os aveirenses não podem é continuar a assistir impávidos e serenos a esta "sangria" de verbas camarárias que a uns poucos aproveita e que á maioria dos aveirenses nada beneficia.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Caro José Mostardinha
Como treinador de basquetebol há 16 anos e tendo passado 2 anos pela direcção da Associação de Basquetebol de Aveiro, permita-me apenas uma singela observação: não façam deste falhado projecto uma questão política.
Porque, quem como eu, viu nascer o Aveiro Basket (primeiro como Esgueira Basket), sempre soube e afirmou publicamente que este era um projecto falhado.
E olhe que já tem cerca de 7/8 anos.
E digo-lhe porquê:
1. Falta de identidade, carisma e raíz clubísticos, que é sempre necessário a qaulquer associação ou colectividade, especialmente desportiva.
2. Falta de sustentabilidade e maior independência organizativa e financeira da CMA.
3. Falta de solidariedade institucional e em torno de um projecto comum (que nunca existiu) entre o Beira Mar, Galitos e o Esgueira.
4. Só fazia sentido apelar ao elevado sentido aveirense e ao supra sentido de promoção e desenvolvimento desportivo da cidade, se pudesse ser posta como hipótese a dissolução/fusão dos 3 clubes. E isto seria uma hipótese que nem remotamente, nem em teoria alguém ousaria colocar.
5. Só acho é que se deixou arrastar demasiado tempo uma agonia já há muito anunciada.
Um abraço
Viva Miguel Araújo:
Eu compreendo-o. Mas permita que lhe diga que esta minha posição nada tem a ver com questões políticas.
Tentei simplesmente ser "soft" o bastante mas com algum condimento...você sabe melhor do que eu ao que me refiro e que está patente no espirito do artigo.
Aproveito a oportunidade para lhe dizer que era daqueles que ajudavam, apaixonadamente, a encher o Pavilhão do Beira-Mar naqueles célebres jogos com o Esgueira, Galitos e Illiabum. E também ajuda a encher os jogos nos pavilhões vizinhos pois não falhava um jogo por essa altura.
Depois que "foi parida" essa "coisa artificial" que dá pelo nome de Aveiro Basket nunca mais fui ver um jogo de basquetebol.
A história e a tradição dum clube não se constrói em gabinetes e por isso esta "montagem" está condenada ao fracasso...é só uma questão de tempo.
Já vi chorar pessoas em Assembleias Gerais do Beira-mar quando as coisas não corriam bem para o clube...pagava para vêr alguém chorar pelo fim da Aveiro Basket.
Um abraço,
Enviar um comentário