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Ideias para Blogger

Portugal e o Futuro.

Written By Al Berto on quarta-feira, agosto 15, 2007 | quarta-feira, agosto 15, 2007


Os portugueses estão numa verdadeira encruzilhada.
Ou têm a paciência necessária para aguentar as reformas em curso e a capacidade para darem a "volta por cima" ou não deixarão de ver o seu futuro adiado.

Todos sabemos que desde o desvario "gonçalvista" de 1975, que destruiu por completo o aparelho produtivo nacional e distribuiu benesses artificiais pelos sindicatos mais corporativistas e ligados ao partido comunista, Portugal tem vindo a tentar reerguer-se.
Muito já foi feito.

É por isso com incredulidade que se podem ler as afirmações do secretário-geral do partido comunista português.

Como é possível alguém com o ideário político que se lhe conhece falar de melhoria dos pressupostos económico-financeiros quando é esse mesmo ideário que está, exactamente, na base de toda a pouca produtividade onde ela é conhecida ou seja, nas empresas, normalmente públicas, e instituições, normalmente públicas, onde os sindicatos comunistas dominam?

Seria, felizmente, fastidioso enumerar todas as empresas onde a produtividade é a palavra de ordem, e que convido a visitar, como a YDREAMS, CRITICAL SOFTWARE, NFIVE, CHIPIDEA, MARTIFER... etc., etc., etc.

Nestas empresas o partido comunista tem 0% de apoio e não se dá pela existência e/ou necessidade de sindicatos.
Todos os seus colaboradores se sentem empenhados no sucesso da empresa.
A pergunta que se põe é: Porquê?

Poderíamos agora enumerar aquelas em que a produtividade é sofrível, ou má, e rapidamente veríamos que são exactamente aquelas com sindicatos próximos do partido comunista e onde criaram um maior corporativismo.
Sintomático.

É aí que eles se aproveitam das dificuldades financeiras das empresas ou instituições para, demagogicamente, iludirem os trabalhadores com quimeras impossíveis e que só a riqueza produzida pode permitir.

A convergência com os países mais ricos da Europa somente será possível quando todos pensarmos em melhorar como pessoas, como trabalhadores, enfim, quando todos juntos formos capazes de gerar a riqueza necessária para que isso seja alcançado.

É necessário trabalhar mais... e melhor... e pensar menos em férias no Brasil, em Cuba, no México, etc., etc., e em outros luxos para os quais não criámos primeiramente a riqueza necessária.

Não é mais possível viver a crédito... ou através dos cartões de crédito.

Alguns dos homens e mulheres que fazem "mexer" o país podem ser lidos aqui... ou porque Pinto da Costa bem poderia ser um mero motorista de Joe Berardo ou Luís Filipe Vieira.

24 comentários:

Alexandre disse...

Fico pasmado com as viagens esgotadíssimas para o Brasil com vários meses de antecedência, fico pasmado com as filas para os restaurantes da ( e os mais caros, que não necessariamente os melhores) no Algarve, onde as pessoas esperam horas para serem vistas ao som de corridinho do Algarve!

Fico pasmado - e ficam tb os primos de França - com o parque automóvel visto em Portugal e exibido por portugueses!

Vivemos no fio da navalha, diz-se! Mas esse fio não atinge todos, há uma boa percentagem da população portuguesa que vive no paraíso, longe dos impostos que deveria pagar, gozando aquilo que outros muito mais que eles mereciam!

Qualquer governo que tenha a coragem de mexer com estes «interesses instalados» terá o meu apoio!

Um forte abraço!!!

saltapocinhas disse...

não fui ler a entrevista, li só o que escreveste e tens bastante razão...
só não concordo quando dizes que o pc é culpado deste descalabro...Afinal eles nunca estiveram no poder!
culpados são os psd que falam como se lá nunca tivessem estado!
eu compreendo e aceito muitas (a maioria) das medidas do governo, pois as coisas não podiam ficar como estavam, mas também cometem erros - como mudar as regras a meio do jogo.
Por outro lado, há muitas pessoas que não sabem governar as suas vidas, são uns irresponsaveis!

Al Berto disse...

Olá Saltapocinhas:

Mas eu concordo contigo quanto ao PSD :-)
Só erras quando dizes que o PC nunca esteve no poder.
Aquele periodo trágico do "gonçalvismo" foi devastador para as finanças do país.
O Vasco Gonçalves era o "testa de ferro" do PC.

Anónimo disse...

Quem asim escreve nem sequer aparenta ser gago. Tem muita razão no que diz e escreve. No meu tempo escrevi muito sobre isso e até pus em pratica uma politica que eliminava os comunistas e oos seus sindicatos da vida publica. Os trabalhadores devem preocupar-se mais em ganhar dinheiro e devem deixar-se destas coisas de reivindicar. Pois não é verdade que foi a trabalhar no duro que o Berardo ganhou os milhões dele?
Eu posso gabar-me de os ter posto na ordem e fico muito contente que me tenha lido, pois o que escreve foi tirado de um dos meus livros.

Anónimo disse...

Espanta-me (se algo já me espantasse) o teu texto de cariz fascistoide. Espanta-me que não te preocupes com o facto de 100 fortunas deterem 22,1 por cento da riqueza nacional. Espanta-me a apologia do pobrezinho honradinho que está por detraz do texto.
Espanta-me que se digam coisas destas no sec XXI.Espanta-me que copies o ideario do Pinto Coelho.
Nada me espanta.
Li e apetece-me vomitar.
Efe

Anónimo disse...

Vim 'deixar um abraço pra você.

José Manuel Dias disse...

Caro José Alberto,

Um texto polémico, como convém a uma boa discussão. Embora não subscreva tudo o q ue é dito, julgo, no entanto, que toca em alguns dos aspectos determinantes. Existem muitos "modos de ver a realidade" e essa leitura condiciona os nossos pontos de vista .Não podemos, no entanto, deixar de focalizar no essencial e que Ludwig Mises, bem explicita
"...a teoria económica não estuda coisas e objectos materiais; estuda os homens, as suas apreciações e, consequentemente, as acções humanas que delas derivam. Os bens, as mercadorias, as riquezas e todas as demais noções de conduta não são elementos da natureza, mas sim elementos da mente e da conduta humana. Quem deseje entrar neste segundo universo deve abstrair-se do mundo exterior, centrando a sua atenção no significado das acções empreendidas pelos homens."
( retirado do Blogue Acção Humana, do nosso amigo Guilherme).
Habituamo-nos a pedir aos Governos coisas que são da nossa responsabilidade, daí resultando o comportamento que referes " em que se gasta o que não se pode" porque acreditamos que o Estado nos valerá sempre que precisamos.
Penso, no entanto, que as coisas estão a mudar no bom sentido.
Abraço

Al Berto disse...

Vivam:

Também eu já tive oportunidade de me espantar com um sem número de realidades.
Mas o facto é que elas lá estavam... bem reais.

Mas quando somos surpreendidos o melhor que temos a fazer é não ficarmos espantados e sim justificarmos essa surpresa.

Gostaria de aqui ver desmentidos do que está subjacente ao texto e não de espantos "mal medidos".

Adjectivar sem substância nada acrescenta á realidade dos factos.

Isso é próprio de pensamentos fundamentalismas e imutáveis no tempo e na acção.
Não é essa a postura deste blogue.
A política, como muitas outras realidades da vida quotidiana, está em constante mutação e, para ser eficaz, tem de acompanhar o ritmo e as condicionantes dos tempos.

Poucos anos após a revolução lembro-me de, na cidade de Aveiro, ver uns lacaios comunistas de máquina fotográfica a tiracolo preparados para tirar fotografias a todos os que colavam cartazes, ou mostrassem alinhamento político que não fosse afecto á linha soviética de então.

Foi um periodo negro em que o povo português se mobilizou para que as liberdades democráticas se consolidassem.
A guerra civil esteve eminente devido á irresponsabilidade duma minoria de indivíduos completamente anormais.

Não fora isso e Portugal ter-se-ia transformado na Cuba da Europa.

Sinto-me envergonhado pelo meu país ter passado por tamanha afronta e de ter tido "portugueses" que se vergaram ao imperialismo soviético então reinante.

Falemos português... e de factos.
Não contornemos a realidade com "máscaras" de argumentos "para inglês vêr".

Sobre o A. Salazar, o mais espúrio dos portugueses, já nada há a falar.
Deixou como herança um país miserável, analfabeto, mesquinho, estúpido e doente.

Tal como fizeram os comunistas soviéticos no seu próprio país, como se veio a constatar após a queda do "muro da vergonha".

Yvonne disse...

Querido, aqui no Brasil, os portugueses dão um duro danado. Tinha uma impressão completamente diferente. Beijocas

Jorge Sobesta disse...

Caro Mostardinha,

Aqui temos um problema sério com as "companhias" que o governo anda.
Um bando de malucos que andam na contramão da história.
A colombia é um país que está dando exemplo em matéria de acabar com a corrupção e se firmar como país sério e próspero.
Porém não se vê nosso Presidente travando alianças com Uribe. O que se vê é o Pequeno Fidel Venezuelano e sua cópia boliviana usando o Brasil como palco para suas palhaçadas.
Populismo é isso.

Grande abraço.

veritas disse...

O problema é que os portugueses quando elegem um governo esperam que venha a ser tipo "salvador da pátria". Durante muito tempo aplicou-se mal fundos que vinham da comunidade europeia. O que deveria ser para o proveito de muitos, por implicar investimento no país, tornou-se no proveito de meia dúzia...alguns empresários trataram de investir em si próprios. Eu ouvi algumas declarações do líder comunista numa entrevista. E concordo com alguém que já comentou e que refere as atitudes de governos anteriores...
Vou citar Eça de Queiroz que soube retratar, como ninguém a realidade portuguesa. Hoje, 107 anos depois da sua morte.

"...este desgraçado Portugal decidira arranjar-se à moderna: mas, sem originalidade, sem força, sem carácter para criar um feitio seu, um feitio próprio, manda vir modelos do estrangeiro - modelos de ideias, de calças, de costumes, de leis, de arte, de cozinha...somente, como lhe falta o sentimento da proporção, e ao mesmo tempo o domina a impaciência de parecer muito moderno e muito civilizado - exagera o modelo, deforma-o, estraga-o até à caricatura..."

Bjs. Boa semana.

Anónimo disse...

O post tem de tudo.
Uma das partes em que o comum dos mortais concorda, sobre a influência "comuna" nos sindicatos, e por via disso, no descalabro do nossa competitividade.
Outra, onde são referidas empresas que devem ser acarinhadas pela sua conduta e pelos métodos modernos utilizados para a sua, e nossa evolução económica.
Depois..., por comparação, pôr em destaque uma lista de riqueza de personalidades, cuja actuação na vida económica do país se tem pautado por estar sempre do lado especulativo (temos que perceber que estas "figuras" atravessaram todos os governos, e estiveram em todos os momentos económicos, bons e maus, acumulando riqueza, sem se importarem muito com a conjuntura da altura), dizendo que esses fazem mexer o país!
Não nos goze, por favor...
Isto chama-se, não perceber nada de que é economia.
Até aquela "tirada" do motorista é uma ideia totalmente contraditória com o que se pretende demostrar.
Goste-se ou não de P.C. e dos seus métodos, em termos de gestão é mestre. Colocou um clubezeco de bairro nos píncaros, divulgando assim o nome da sua cidade e do país, com todos os benefícios económicos daí resultantes.
Não foi preciso pertencer a nenhuma lista de "famosos ricos", muitos como disse, através de métodos especulativos, isto para não ir mais longe...,para o conseguir!

Nilson Barcelli disse...

Este teu post é bastante duro.
Mas, no essencial, tens razão...
Bom fim-de-semana, abraço.

Ricardo Rayol disse...

Caraca, depois me explica isso que não entendi, mas pelo que supostamente entendi onde o comunismo não mete a mão todos são felizes... por que será?

Al Berto disse...

Caro Zeca:

Grato pela sua participação.

De facto divergimos em algumas análises... mas isso é normal quando cada um pensa pela sua cabeça.

Dizer que o Pinto da Costa é mestre em gestão, bom, se chama "gestão" estar cheio de processos judiciais em cima exactamente pelos seus "processos de gestão"... não sei bem o que dizer.

Em relação ao "mexer" deverá ter reparado que está entre aspas... esses números normalmente não têm tradução linear.

Anónimo disse...

É verdade que quando morri o pais era pobre e havia muitos analfabetos, mas repare que agora, apesar dos muitos milhoes em ajuda da CEE, o país continua miserável. Não sei se o numero de analfabetos diminuiu ou não - olhe agora até há menos jornais e le-se bastante menos.
No entanto há algo que gostaria de lhe dizer, e não tem a ver com o facto de eu ter deixado dinheiro em barda nos cofres do Estado, incluindo muitas toneladas de ouro, eu queria dizer-lhe que numca como agora houve tantos pobres em Portugal e nunca, como agora, houve tantas diferenças entre os pobres e os ricos - pobres tão pobres e ricos tão ricos.

Pata Irada disse...

Credo Mostardinha

O clima aqui parece quente, tem até defunto se fazendo ler.
O portal do inferno foi aberto?

Quero te desejar um final de semana DIVINO! hehehe!

Mostardinha pequenininha...
O seu grão é o mais forte...

Um beijo e lembre-se:
NO STRESS!

Fábio Mayer disse...

Salve Mostardinha!

Esse comunismo a que você se referiu, aqui no Brasil é chamado socialismo ou esquerdismo puro e simples, onde o Estado em tudo intervém e quase sempre sem eficiência alguma para o gáudio momentâneo de uns poucos e com efeitos perversos para todos pelas décadas seguintes.

O Brasil viveu um ciclo assim nos anos dos governos militares que, no Brasil, foram mais socialistas que os próprios esquerdocratas. Depois de uma lenta recuperação, que incluiu uma recessão de 20 anos entre 1980 e 2000, com a chamada década perdida de 80 e enta recuperação após ela. Quando o Estado começou a recuperar-se, veio o PT inchando-o, criando ministérios e secretarias inúteis, o que leverá o país aos mesmos problemas estruturais, se ocorrer alguma crise externa mais insistente.

Uma pena... espero que aí em Portugal não haja retrocesso!

Anónimo disse...

Nos ultimos anos Portugal modernizou-se e houve um claro enriquecimento da população. O problema é que isso subiu à cabeça de muita gente, inclusive governantes(conheço casos de pessoas que estão em casa sem fazer nada e rejeitando ofertas de emprego).

Agora que alguem com coragem aperta o cinto para fazer uma dieta aparecem os velhos do Restelo com um discurso velho e apelativo, empacotado em papel bonito.

Mas esquecem da receita dos países que tem sucesso: a meta não é empobrecer o rico, a meta é enriquecer o pobre.

O mundo mudou muito na última década, e Portugal tem muita sorte em ter várias pessoas em posição de destaque com essa percepção.

PS: aquela história lá em Silves faz lembrar em tudo o que acontece no Brasil com o MST, inclusive com a omissão das autoridades e as ligações políticas.

Anónimo disse...

Não é meu costume ripostar mas, aproveito para dizer-lhe que pessoalmente não gosto dos métodos pouco ortodoxos do homem, nem tão pouco aprecio muito futebolez, mas, sempre quero perguntar-lhe:
- Quantos empresários não têm processos às costas?
- Quantos, apesar disso, conseguem gerir a sua, ou suas empresas com eficácia?
- Qual é a lei que faz com que, um sujeito com processos às costas (mas que ainda não foi condenado, nem se sabe se vai ser), tenha de ser forçosamente "motorista", e ainda por cima, de alguns que se a "popoli" reconhece como empresários (sabe-se lá à custa de quê), já estiveram "dentro", apesar de figurarem na lista dos ricos?
Peço-lhe para consultar o "curriculum" de alguns empresários, dos tais que "mexem", (não aquela "pintura" que os mídia, tentam "passar"), e depois, talvez a sua opinião se modifique!
Cumprimentos

mim disse...

Olá!
Vim deixar um beijo.
Como não posso ir de férias para o Brasil, para Cuba ou para o México, vou mesmo dar mais uma volta nacional.
Uma boa semana!

Anónimo disse...

O problema é gastar de mais e ter de menos.

Do nada nada surge, quer dizer, neste caso surgem dívidas.

Lusófona disse...

Cada país com a sua cultura.... infelizmente uns pagam pelos outros...

Beijinhos e uma boa semana

Kalinka disse...

VIVER...
VALE SEMPRE A PENA.
Concordo a 1000% com o Alexandre e a SaltaPocinhas. Tiraram-me as letras do teclado e escreveram antes de eu cá chegar, está tudo dito...

Começa aí a história: Fui e, por mais que tente encontrar palavras para vos descrever os meus sentimentos, as minhas emoções, não existem mesmo; nem alguma fotografia conseguiria captar, porque o que vivenciei está guardado cá fundo do meu ser e, registado na minha memória visual.
E, para surpresa de todos, não fui munida da minha máquina fotográfica, como é usual...

Beijos enrolados em fitinhas azuis.