Está visto que o que está verdadeiramente em questão para eles, não é a prática do aborto.
Se fosse, os bispos seriam capazes de trocar os altares das suas catedrais (isto é, os templos onde eles têm as suas cátedras!) pelas portas das clínicas privadas onde todos os dias se realizam abortos clandestinos, para, desse modo, tentarem convencer as mulheres que lá se dirigem a desistirem dessa sua decisão.
Ao mesmo tempo, domingo, após domingo, ergueriam a sua voz nas homilias das missas, para condenarem semelhante prática contrária à vida humana. Até conseguirem convencer todas as mulheres a nunca mais abortarem. E, sobretudo, seriam incansáveis na realização duma concertada acção política que proporcionasse a criação de condições de vida digna a todas as mulheres do país, de modo que, quando elas decidissem engravidar, a gravidez tivesse sempre as condições objectivas indispensáveis para poder ir até ao fim.
Desenganem-se, porém. Porque não é a prática de abortos que está em questão. Essa é a cortina de fumo que os bispos católicos portugueses e do Ocidente gostam de formar e a bandeira que gostam de agitar para melhor esconderem o que verdadeiramente os faz correr/gritar nas homilias e nos confessionários; e que os leva a mobilizar exércitos de senhoras-bem e com muito tempo livre para darem visibilidade à guerra contra a lei de despenalização do aborto, muitas das quais, sempre que foi preciso, correram já a abortar, elas próprias, ou a acompanhar as suas filhas e netas adolescentes às clínicas privadas, em Espanha ou noutros países da Europa, e quase sempre com a bênção do respectivo pároco que é visita frequente da casa, senão mesmo do bispo amigo, com quem chegaram a partilhar a sua momentânea aflição…
Fixem então o que aqui lhes digo. O que os meus irmãos bispos não podem tolerar é que a sociedade civil progressivamente se afirme perante eles e acabe a dispensá-los de vez. O que os meus irmãos bispos não podem tolerar é que a Cristandade Ocidental, em que eles foram senhores absolutos e divinos, com precedência sobre a nobreza e o povo-servo-da-gleba, desapareça de vez da História, como, felizmente, está em vias de suceder.
O que os meus irmãos bispos não podem tolerar é que a sociedade civil se autonomize irreversivelmente deles e chegue a ser capaz de legislar, inclusive, sobre questões éticas, como o aborto e a eutanásia. Esta perda de poder clerical/episcopal é que os meus irmãos bispos não podem suportar. Jamais o dirão, de viva voz, evidentemente, mas em verdade, em verdade vos digo: é sobretudo isso que os faz correr.
Por mim, padre/presbítero da Igreja do Porto, só encontro razões para me alegrar com a crescente afirmação da sociedade civil.
Sei que a Lei de despenalização do aborto é da sua responsabilidade e saúdo-a.
Não é uma lei da Igreja católica.
Sei também que, se ela vier a ser aprovada, como desejo, nenhuma mulher grávida será obrigada a ir por ela. Jamais. É apenas mais uma porta que se abre às mulheres grávidas, se alguma delas em consciência decidir abortar.
Reconheço que a Lei não será a solução ideal contra o flagelo dos abortos clandestinos, mas não tenho dúvidas em afirmar que é muito menos má que a presente situação de abortos clandestinos.
Por isso, voto SIM no referendo do dia 11 de Fevereiro de 2007.
Se ganhar o SIM, ganha a vida humana com mais dignidade. Ganha a sociedade civil que se afirma mais e mais. Ganha a cidadania de cada uma, cada um de nós, crentes, agnósticos ou ateus.
Se ganhar o NÃO, ganha o Medo, o Moralismo farisaico, a Hipocrisia, o Infantilismo, que são outras tantas formas de fascismo contra as populações, nomeadamente, as mais pobres e as menos ilustradas. O que seria intolerável."
pelo Padre Mário Oliveira
Qualquer luta contra a modificação duma lei, em que nada muda e em que o único objectivo é dar segurança á saúde da mulher, só pode estar eivada de falsas razões, dúbias e mesquinhas.
Porquê a igreja católica ter a posição que tem se ninguém aqui está a defender o aborto mas sim a mudança da lei num sentido mais humano e mais justo?
Tem que haver razões para tal.
A mulher que recorre ao aborto clandestino é, normalmente, de estrato social económico baixo. Como já todos sabemos a de recursos vai á clínica respectiva.
Ora é nestes estratos populacionais que aparecem os mais carenciados, os naturais "clientes" da igreja, de ONG's, das misericórdias, das confrarias, etc., organizações normalmente controladas por quem???... pela igreja.
A mulher, com medo de fazer um aborto que ponha em perigo a sua vida e sem recursos para o fazer de forma segura, continua uma gravidez indesejável.
Essas crianças, por regra e como sabemos, começam logo na infância por sofrer maus tratos e tornam-se uns revoltados contra a sociedade e contra a própria vida.
Ora se o aborto for permitido na forma legal até ás 10 semanas essas mulheres necessitadas deixam de estar condicionadas por este importante factor.
Com isto as tais "instituições de caridade" perdem "clientes" o que significa uma redução das contribuições, subsídios, donativos, etc.
Se aliarmos a isto o facto de ser nestes extractos da população que surgem as chamadas "vocações", tão apregoadas devido á crise em que se encontram, rapidamente constatamos que o que move a igreja não é a VIDA mas sim importantes interesses paralelos.
A isto não é alheia a Opus Dei como resultado do caracter materialista e empresarial que detém dentro da organização a que pertence pois que... com "rebanhos" pequenos o "pastor" é mais pobre.
Cego não é o que não vê, cego é o que não quer ver ou... abençoados os pobre de espirito, pois será deles o reino do céu.
27 comentários:
Estamos sempre a aprender.
Um conjunto de análises verdadeiramente interessantes.
Eu não tenho dúvidas sobre esta matéria, voto SIM porque não quero ficar ligado ao anátema de querer a prisão para pessoas inocentes e sofredoras.
Mostradinha, você é um defensor ferino. A grande questão é a quem interessa a perpetuação da miséria? E o respondeu de forma contundente. A perda de espaço e de poder se sobrepões ao papo furado de questão dogmática centrada na interpretação literal da bíblia. Continuo torcendo para que o direito de uma mulher não ter filhos seja respeitado.
Caro Mostardinha,
Além da condenação do aborto a igreja católica,para conservação da "freguesia", reprova o uso de métodos contraceptivos.
Ora, se isso não é um prática de administração de comércio, o que será então?
Os hipócritas e demagogos do vaticano vêm obstruindo a evolução da humanidade infligindo na cabeça dos que buscam alívio por essa via a "culpa católica".
Felizmente tenho ouvido padres de pequenas paróquias com pregações bem mais humanas e voltadas ao entendimento do livre arbítrio.
Porque o Vaticano permite essa nova oratória é um caso a se pensar. Talvez uma maneira de não se perder clientes, quem sabe?
Um grande abraço e um ótimo final de semana.
Mais um artigo de 5 estrelas. O que já não me surpreende.
Um grande abraço, de um pouco abaixo do equador, lado direito de quem desce
José Alberto:
Admiro o padre Mário Oliveira há muito tempo, pelas causas que defende, pelas posturas coerentes com as mesmas e que assume. A minha admiração começou com a frontalidade em "Fátima Nunca Mais". Concordo com a postura que assume, desmascara a hipocrisia da igreja e traça-lhe o retrato fiel, bem como perfil, que todos no fundo reconhecemos, mas que por vezes falta coragem de denunciar. No que concerne aos dois primeiros parágrafos das declarações dele, penso o mesmo. Gostaria de ver a igreja financiar com o ouro do Vaticano ou de Fátima a sacidade da fome no mundo, esses donativos que pedem a pessoas que ganham por vezes menos de 500 Euros que façam através de NIB para África e afins. Pedem que se contribua para a lepra, para uma infinidade de doenças e vacinas dos países terceiro mundistas, e onde pára o ouro? Em basílicas faustosas, ouro derretido, fruto de donativos de pessoas desesperadas que ao santuário recorrem...Homílias? Só moralidades baratas e batidas...nada que motive, que impulsione...só aquilo que as tais senhoras beatas da hipocrisia querem ouvir...ou estão preparadas para ouvir do senhor padre, essas que provavelmente fazem os abortos com a cumplicidade no ombro do pároco...
A perda de fiéis e do poder da igreja está ser gradual, mas vem de longa data e com este novo papa a tendência é piorar, temem tornar-se numa religião de minorias e penso que já estiveram mais longe de o conseguir. Acredito nas razões do padre Mário de Oliveira e acho que o seu post está muito oportuno, muito objectivo.
Bjs. Bom fim-de-semana.
Resta-me acrescentar que no dia 11 lá estarei para lutar contra a hipocrisia.
Bom fim-de-semana.
Que grande homem o Padre Mário Oliveira.
Tem um ótimo fim de semana :)
Beijinho
Viva, desculpa só agora responder, fiz print do teu post e reli várias vezes!
Concordo ser um pouco «arriscado» por um padre a votar «sim» ao aborto mas alguém teria que divulgar isso, e acho que fizeste muito bem. Sei de católicas beatas que são coniventes com o aborto, o aborto é uma questão de tradição em Portugal, todas as pessoas de «bem» sabem como se deve proceder e onde se devem dirigir para desmanchar aquilo que as suas filhas «castas» ou elas próprias fizeram mas que a sociedade e a vizinhança não podem saber. Por isso a hipocrisia!
Preocupa-me sobretudo as jovens adolescentes que se vêem nessa situação - pode acontecer a qualquer casta jovenzinha, nenhuma delas está imune porque a natureza humana, feminina e masculina é mesmo assim - e que ficam desesperada porque os ambientes familiares e sociais são degradantes. Essas jovens, sim, ficam sozinhas no mundo e marcadas para o resto da vida.
Por isso, que o aborto seja livre para quem o quiser praticar, mas acima de tudo que quando praticado seja acompanhado por quem de direito.
Parabéns pelo post!
Um abraço!!!!
A minha opinião tenho-a desde sempre e não mudou: pessoalmente sou contra o aborto, mas voto SIM pela aprovação da lei.
Porque acho que não posso impor a minha vontade a ninguém, porque quem é contra o aborto pode continuar a ser, porque quero dar a minha ajuda para o fim de um negócio dos mais abjectos que há...
E também porque a campanha do NÃO tem sido nojenta!
Caro JAM,
Ah! Se todos os padres fossem como este, teriamos uma Igreja justa, fraterna, solidária com os mais desfavorecidos e muito mais forte, pois os crentes de Deus nunca se afastariam dela, pela hipócresia e mentira que os mais esclarecidos vão vendo na maioria dos padres.
Sobre o seu artigo está excelente como todos os outros que tem escrito sobre o tema.
Amanhã penso publicar uma história sobre o tema que encaixa nas ideias do Padre Mário e nas suas, a lei só é benéfica para os mais desfavorecidos, porque os outros não precisam dela.
Um abraço.
Caro JAM,
Ressalve hipocrisia.
Um abraço
A Igreja Católica, se fosse Cristã, abriria suas portas e deixaria o seu rebanho entrar, mas não. Deixa em desamparo quem dela mais necessita. Prega e pratica o desamor ao próximo e se satisfaz com o sofrimento sem a menor compaixão. Revoltante!
Se fosse Cristã acreditaria em Cristo quando disse que, da mesma forma como julgas o teu semelhante, também serás julgado.
Mostardinha um bom fim de semana e um beijo da pata.
Notável esta entrevista, o que espelha bem que a inteligência de um servo de Deus que não está submisso a uma religião fanática e hipócrita nesta matéria, mas sim ao serviço da comunidade.
Bem hajam estas pessoas.
Aliás em contra ponto Herminio Loureiro, é mais um em contradições consigo próprio e suas causas, que não posso poupar...
Abraço amigo José que cada vez admiro mais o seu blog e seus ideias.
Mostardinha
Obrigado por me ter convidado a dar a minha opinião...ora pois, aqui o seu texto aborda 2 temas distintos - o aborto e o clérigo.
No meu humilde entender não associo um ao outro. Como mulher que sou, nunca pratiquei o aborto porque sempre fui responsável na hora certa e já me estou a repetir porque já o afimei aqui, uma outra vez. Sei que há muita irresponsabilidade das mulheres nesse sentido e...
(não vale a pena terminar o meu comentário, cada um lhe dê o fim que acha possível...)porque para bom entendedor meia palavra basta.
Sobre a Igreja e seus representantes isso é outra história; muito haveria a dizer das suas ideias e...não concordo com 80% do que hoje a Igreja e «eles» praticam e divulgam...
Você escreveu:o único objectivo é dar segurança á saúde da mulher... não concordo, a mulher se quer segurança e saúde que a procure pela sua responsabilidade perante os seus actos...
escreveu:Porquê a igreja católica ter a posição que tem se ninguém aqui está a defender o aborto mas sim a mudança da lei num sentido mais humano e mais justo?
NÃO CONCORDO QUE A IGREJA SE MANIFESTE...
Bom fim de semana.
ah...
e, já me estava a esquecer:
quem viu o «Crime do Padre Amaro» viu com certeza, o tal «padrecozito» a incentivar a rapariga para fazer um aborto...
Isto dispensa qualquer comentário.
Estive presente num jantar de bloguistas e esse assunto foi abordado, o facto de algumas (muitas) pessoas estarem a trazer o tema da votação no dia 11 de Fevereiro para os seus blogues...eu disse e repito: não trago esse tema porque acho uma situação muito particular de cada um e, o motivo que leva a) a praticar o aborto não é o mesmo motivo que leva b) a fazê-lo.
Deixo essa responsabilidade nas mãos de quem está envolvido.
Muitas pessoas dizem que:
a lei só é benéfica para os mais desfavorecidos, porque os outros não precisam dela.
continuo a NÃO CONCORDAR:
eu NÃO PERTENÇO aos menos desfavorecidos e, no entanto, NÃO PRECISO DESTA LEI aprovada.
Haja CONSCIÊNCIA pela VIDA.
Olá Kalinka:
Muito obrigado pelo teu comentário sempre interessante.
Mas deixaste uma dúvida numa matéria que a não pode ter.
O que se pretende no referendo é só alterar a lei que criminaliza as mulheres que recoreem á IVG, isto é, que as manda para a prisão.
A pergunta que se põe e que eu ponho é muito simplesmente esta:
- Concordas que se mande mulheres para a prisão por recorrer a uma IVG por razões que só elas saberão?
... o resto é conversa fiada.
Obviamente que todas as pessoas devem ser responsáveis.
Tu atiras as culpas para cima das mulheres indiscriminadamente e isso não é correcto... nem é verdade.
Esqueces aqui a culpa do homem que será, a maior parte das vezes, o verdadeiro culpado.
Por exemplo quando chega a casa bêbado e viola, autênticamente, a companheira.
Como é? Quem fica grávido não é ele... é ela.
Ela é que aguenta as consequências.
Ele se vir a coisa mal parada "dá o salto" para outras paragens e deixa-lhe a criança no colo.
Sejamos sérios.
Bjs,
Voto SIM, pois claro! Estou como Bill Clinto " Despenalizar para tornar mais raro e mais seguro!". Basta de hipocrisia!
Cumps
Caro Mostardinha
Gostaria de te pedir um favor.
Se puderes entrar em contato, o meu e-mail é spauleto@gmail.com
bjs.
Olá meu amigo!
Como é difícil opinar sobre este assunto aí em Portugal, pois está a gerar uma polêmica muito grande, e eu tenho visto em muitos blogs.
Uma coisa é certa, sou a favor da vida.
Um grande abraço!e bom final de semana!
é pena que essa carta do Pe Mario não seja divulgada em todas as igrejas que andam antes a divulgar um folheto emanado dos bispos...
Será que os bispos já praticaram aborto ou mandaram praticar?
Ou acharão melhor que certos párocos andem a dizer missa no altar aguardando a dispensa para se casarem porque a noiva está grávida em estado avançadp?
Isso não é falsidade e hipocrisia ?
Bem hajas pela divulgação. Um abraço
Mostardinha, se todos os homens da fé procurassem se apoiar na ciência para defender suas posições sobre Deus teriam argumentos muito mais poderosos da existência Dele. A discrinalização é importante para tirar das costas da Mulher parte de um peso já suficientemente grande que é tomar a descisão de interromper uma gravidez.
Querido Mostardinha
Fiquei muito contente com o blog, ficou ótimo e não sei como te agradecer.
"Mudei para Irada, porque sendo Pirada, não me levavam muito a sério, agora...
continuam não me levando".quá quá!
Um "baita"(coisa de gaúcho) beijo da pata.
Querido amigo, minha admiração por seu humanismo é crescente.
Perfeita, poderosa e corajosa essa sua análise das motivações do catolicismo para barrar a lei de aprovação do aborto.
A Igreja, há muito, deixou de ser a ligação entre o criador e a criatura para ser mais um ente político egocêntrico e dissimulado.
Se Jesus, o Cristo, aqui voltasse, certamente repetiria o episódio da expulsão do templo. Desta vez, porém, mandaria embora, os mercadores da fé, os aproveitadores da miséria, os manipuladores do humildes, justamente aqueles que tanto defendeu.
Manifesto-lhe minha admiração e respeito.
beijos
bom dia mostardinha
bem interessante essa carta do Pe Mário.
Bem me lembro de suas intervenções há uns bons anos , qd de nada se podia falar , mas ele falava , por detrás do púlpito parea quem o quizessse ouvir....
os bispos andam para aí a distribuir panfletos talvez estejam interessados na manutenção do status quo para certas ondas não virem ao de cima - o que importa é a mentira e a falsidade, a hipocrisia.
Será que o clero vai votar NÃO para justificar que os padres não fazem abortos e "criam" os filhos que fizeram ?
Tem um bom dia.
Olá,
Sinto que a amizade vai nascendo,
Cada palavra que me oferece é uma dádiva de inspiração, podemos sentir de maneira diferente, ainda bem mas como sabe bem sermos lidos e comentados por alguém.
É isso que faz a grande diferença sermos unos perante tanta subtileza.
Beijinhos
Obrigada
ConceiçãoB
Uma boa semana
http://amanhecer-palavrasousadas.blogspot.com
Caro José Alberto (permita-me que o trate assim): estou a visitá-lo por conselho do meu amigo Alexandre (do blog Fundamentalidades).
Também eu vou votar "sim" no dia 11 e depois de ler este texto que publicou cada vez me convenço mais que é a atitude correcta a tomar. Não podemos deixar que uma sociedade hipócrita tome as rédeas de um assunto de tanta importância como o da despenalização do aborto.
Mas o que me deixa mais chocada é o simples facto da maioria dos portugueses ir votar em algo que ainda não percebeu bem o que é!
Os melhores cumprimentos e obrigada por ter um blog tão esclarecedor. Voltarei mais vezes.
Cristina Duarte
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