Natal 2006

A curiosidade é que este é o primeiro Natal do Estados Gerais.
Vamos lá então a ver como ele vê esta sublime criação humana.

Por onde começar?
Ah, pois... as fraquezas e misérias do ser humano que lhe dá para lindos sentimentos de amor nesta quadra festiva.
As lamúrias de sempre... para que tudo continue na mesma.

Diz-se uma época de religião ou em nome da religião ou ainda mais em nome dos que supostamente criaram essas religiões.
Mas o que vemos é que em todas as religiões a hipocrisia é, largamente, o denominador comum.
É uma forma de explorar os temores e as fraquezas humanas e, no resto das vezes, um banal jogo de interesses com conflitos mais ou menos graves pelo meio.
Todos sabemos isso.

Usa-se o famoso termo:
"Olha para o que eu digo, mas não lhes para o que eu faço!".
A hipocrisia esconde-o... mas desde sempre foi assim.

Pensar justiça social, fraternidade, amor ao próximo não tem nada a ver com "distribuição (ou "multiplicação") de pão", para isso há o padeiro.

O que as sociedades precisam é de novas consciências, novos valores e, sobretudo, de nobres princípios.
Enquanto tal não for alcançado... viveremos "cada um para seu lado".
Todos os anos lamentaremos aqueles que sofrem e que, grande parte dos dias do ano e não só nesta altura, dificilmente encontram o sustento e abrigo mínimos.

Somos todos "irmãos", ás vezes até amigos, só da boca para fora.
E é pena que assim seja.
A mudança tem que se verificar no interior, lá bem no fundo do "coração" e, para isso, não são precisos apelos religiosos... é preciso é vontades, boas vontades e dizer não aos egoísmos e vaidades fúteis.

Precisa-se de sinceridade e de gostar de amar o próximo e é urgente expulsar a inveja e o egoísmo.

Para todos os meus queridos amigos da blogosfera os votos de Feliz Natal são naturalmente retribuídos com muita amizade.
Aquela amizade virtual, limitada e relativa, que só encontra conforto nas palavras digitadas.
Mas fica a intenção.
Saúde e alegria, são os meus desejos para todos nesta quadra... e sempre.

Mas, como dizia... nada disto tem a ver com religião.

Já agora, para quem nunca teve a possibilidade de pôr um sino a tocar, fica aqui uma sugestão.
Ora puxe lá a corda e seja você próprio a badalar o sino e a sentir um pouco do "feeling" do Natal.