De facto a partir do passado dia 1 de Agosto Fidel Castro, já moribundo há muitos anos, faleceu politicamente.
Como político só aguentou o regime á custa dos típicos processos ditatoriais como a perseguição, o assassinato político sumário, a coacção e o medo.
O próprio ditador, por si apeado, Fulgêncio Baptista invejaria a sua "eficácia".
Fidel Castro após 47 anos de ditadura caiu finalmente do palanque.
Para um político que se inspirou no modelo soviético cuja triste memória e resultados práticos já todos nós conhecemos e que, dizendo querer o bem do seu povo, mais não fez do que levá-lo á miséria e ao isolamento internacional, convenhamos que esteve tempo a mais á frente dos destinos desse martirizado país.
Vendo gravações em vídeo de reportagens com Fidel Castro no pós-revolução cubana e escutando as suas declarações rapidamente chegamos á conclusão de que estamos perante um indivíduo em que, passado um primeiro momento de eventual "primavera" revolucionária, o que o movia era a perpetuação no poder a qualquer preço...nem que esse preço incluísse o sangue dos seus próprios compatriotas.
Seria de facto isso que se viria a verificar.
Rapidamente o desencanto deu lugar á euforia que ele tão bem havia explorado no seu povo contra a ditadura de Fulgêncio Baptista.
Convirá referir que o seu irmão Raul Castro, agora "entronado" presidente, foi "comandante" de grande parte dos assassinatos sumários cometidos e a quem o próprio Fidel teve de por freio pois, tal despudor, estava a denegrir a imagem de todo o processo revolucionário e, na sua óptica, a prejudicá-lo.
O seu desaparecimento irá, inevitavelmente, levar á libertação democrática do povo cubano.
A elite militar actualmente no poder, órfã e isolada mundialmente, perceberá finalmente que o seu país não poderá continuar com um modelo que, internacionalmente, deu provas de completa incompetência seja no plano estritamente político seja no plano social, económico e financeiro.
A luta pela Democracia terá de ser uma luta constante e global.
11 comentários:
OI, Zé!!! Mesmo que o modelo tivesse dado certo ( o que não aconteceu ), teria que ser repaginado, inovado, dar oportunidades a cabeças pensantes mais jovens ...respeitar-se o ciclo natural da vida ( mesmo que política ) e não arrastar 47 anos de poder!!!Esse é o principal ridículo das ditaduras...
Olá, José Alberto, boa noite.
Concordo com você, o povo cubano não merece que exportemos nossas sumidades (?) políticas para juntar-se à tragédia dos seus governantes.
Mas, pelo menos o José Dirceu, eles terão que assumir, afinal de contas, foi um monstro criado e alimentado por Cuba.
Temo o tal Raul, um ser sanguinário e desprovidos de qualquer sentimento humano.
Mas, sempre tenho esperança. O povo cubano vai se livrar dessa doença.
Beijos e uma excelente semana para você.
GM,
Fidel é uma múmia paralítica faz tempo! É uma barragem corroída que mesmo assim impedia o surgimento de uma nova Cuba. Nada é eterno, mas, para os cubanos, ele é representa o que Lulla é para nós, puro atraso. S.
Olá José Alberto!
Eu vi recentemente, na SIC noticias, talvez já adivinhando o fim próximo, uma reportagem sobre o Fidel que incluía esses elementos, mas já antes a tinha visto. O que mais me impressionou foi o jeito de mentir do Fidel...qundo se dirigiu à multidão para reiterer que não eram comunistas, aquele homem transmitia convicção...mas lá estavam as atitudes...a demonstrar o contrário do que se dizia...mas esse, infelizmente, é um catálogo de onde saem muitos políticos...
Bjs.
Desculpe, queria dizer reiterar...
Texto e imagem perfeitos! Ahahahah... Morte ao ditador tirano castrista! Postei uma imagem semelhante há pouco. :-) Beijos 1000.
Um artigo que não foi do meu agrado. Também não se pode agradar a toda a gente em simultâneo, né?
Um abraço
Viva Carlos:
Peço desculpa por o artigo desta vez te não ter agradado.
Mas a questão que se põe é se pactuamos com a mentira ou se pretendemos saber a verdade.
Não podemos "tapar o sol com a peneira".
O que aqui se escreve só é feito depois de devidamente fundamentado do ponto de vista histórico.
Pode incomodar...mas é verdadeiro e é dito de forma imparcial.
Por vezes de forma mais fria...intencionalmente, para que se "sintam" mais fortemente os actos que nesses artigos são focados.
Um abraço,
Zé, acho que ainda vai demorar um pouco para Cuba se libertar. Quem sabe o irmão de Fidel também não recebe a visita da distinta brevemente. Aí sim, eu acredito em uma nova era para Cuba. Até lá....
bjs...Elaine
Eu acho que depois da morte dele ainda vai demorar muito que Cuba se sinta em liberdade. Aquele povo está tão fechado e reprimido que quando ele se for vai haver uma grande revolução...que esta seja para o bem deles!!
bjs
JAMostardinha:
Aceito que não se goste de Fidel. Custa-me é aceitar enterrar em vida quem fez do povo cubano, a grande maioria, um povo com cultura, com cobertura sanitária de fazer inveja a muitos países muito mais desenvolvidos e que não têm de suportar um estúpido embargo. Há poucos dias estive a ver na RTP uma entrevista com dissedente cubano e a perentoriedade com com que disse: Fidel ainda faz falta a Cuba.
Quanto aos cubanos de Maimi nem falo...
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