Prémio de pior ministro.
Written By Al Berto on segunda-feira, julho 10, 2006 | segunda-feira, julho 10, 2006
É bem conhecido que uma das grandes alavancas do desenvolvimento é o associativismo.
Ele é fomentado em todas as vertentes da economia como sendo uma solução para muitos problemas que se levantam nos vários sectores de actividade.
Agora temos um ministro que acha, contrariando esse princípio, que esse associativismo, em vez de defender os seus associados, deve é defender as suas (dele) políticas.
Vem isto a propósito da intenção do ministro da saúde de criar um fundo público (mais um) para garantir o pagamento atempado às farmácias das comparticipações estatais na venda de medicamentos, pagamento esse que tem sido garantido pela associação respectiva e que, na altura em que foi criado, foi até considerado um serviço público.
Ora o Orçamento de Estado de 2006 tem um artigo que impede qualquer entidade não financeira de intermediar pagamentos do SNS, artigo que pelo que foi dado constatar, foi feito especificamente para impedir a ANF de intermediar pagamentos, tentando assim diminuir o seu poder negocial. Isto é, á falta de melhor, faz-se política pela negativa.
Ora esta é que é a parte caricata da questão.
Fazer um artigo específico com uma determinada finalidade tem laivos de perseguição económica tanto mais que também é acrescentado que, subjacente á medida, a finalidade última é reduzir o poder negocial da associação representativa das farmácias portuguesas.
Tanto mais que se prepara para entregar essa tarefa a outras instituições privadas.
Isto é, uma receita vinda dos profissionais do sector e que revertia a favor da sua associação vai agora direitinha para os cofres de um qualquer intermediário expeculativo.
Então como ficamos o associativismo é bom se servir as intenções dos governos e já não é se defender os seus associados que são a sua razão de existir?
Francamente este ministro é um caso concreto de desnorte político.
Cada dia que passa lembra-se de apresentar medidas avulsas, normalmente sem qualquer coerência, que não fazem mais do que semear descontentamento e discórdia a diversos níveis.
A última são as justificações apresentadas para que qualquer pessoas, ainda que sem formação farmacêutica, possa ser proprietário de farmácia. Em que é que isto beneficia os utentes? Quando muito irá beneficiar mais algum "tubarão" que ande para aí "escondido".
Seria bom saber por outro lado, atendendo ás condições necessárias e aos requisitos apertados que são impostos pela lei para a abertura de farmácias, como é que um qualquer cidadão pode abrir uma farmácia (como se de uma mercearia se tratasse) e, ainda que o faça, em que lugar ficará aquando do respectivo concurso.
A menos que o ministro mude (mais uma vez) a lei e diga exactamente isso...para abrir uma farmácia é unicamente necessário os requisitos inerentes á abertura de uma mercearia.
Francamente...até quando vamos ter que aturar este sujeito?
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2 comentários:
Infelizmente não é só na saúde que isso acontece, é prática corrente escolher-se para as diversas pastas ministros que até podem ser bons teóricos, mas que falham na parte aplicativa,na prática, porque não têm experiência de terreno da pasta que lhes foi entregue...veja-se o caso de anteriores ministros da educação...
Bjs.
E pratica desse governo desmerecer o estudo academico.Depois que o molusco chegou onde chegou sem passar pela escola , os ignorantes tomaram conta do puder.E se vc faz algum comentario passa por direita, discriminador , etc. O Brasil esta entregue a sua corja que hoje e a maioria.Eu vou usar a minha inscri��o no blogger porque n�o tem outro jeito.Sugiro colocar aquele cometario que nao inscrito possa comentar.Porque nao coloca o Haloscan ou Enetation?
http://somagui.zip.net
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