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A "ocupação" australiana de Timor

Written By Al Berto on domingo, julho 09, 2006 | domingo, julho 09, 2006

Já há muito se sabe que os australianos, que nunca se preocuparam com Timor durante a ocupação indonésia, só estão agora em Timor para ver se conseguem sugar o petróleo e gás natural existente no seu mar em prejuízo do povo timorense.

O que não se sabe é que tal acto evolui de forma insidiosa e sem carácter. Para se ficar com uma ideia mais precisa desta roubalheira que descendentes de piratas, deportados e cadastrados ingleses está a tentar levar a efeito atente-se em notícias publicadas na imprensa australiana.

Titulo: Horta faces unrest as new leader (e ainda o Ramos-Horta não havia tomado posse)

JOSE Ramos Horta is expected to be named as head of an interim East Timor government this morning in a move that will help soothe some of the nation's recent wounds, but there are already threats of new unrest over the decision.
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However, opposition groups from the country's west said yesterday they believed they had received assurances from the President he would not appoint Mr Ramos Horta, whom they described as "duplicitous".

Germenino Amaral, one of the organisers of the thousands-strong demonstrations in Dili recently that culminated in Dr Alkatiri's resignation, said their opposition to Mr Ramos Horta was emphatic.
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Mr Amaral said former governor Mario Carrascalao, who was broadly pro-Indonesian during the Jakarta occupation years of 1975 to 1999 but whose period in office is seen as having been relatively benign, would be a more appropriate choice.
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Trouble erupted in Dili again yesterday with the torching of a restaurant even as the Fretilin delegation met Mr Gusmao - an indication of violence that could follow if the President makes what some perceive as being the wrong choice in Mr Ramos Horta.

Toda esta notícia, no seguimento de outras anteriores relativas a Timor e publicadas no The Australian são reveladoras de uma posição concertada do governo australiano com os mercenários que estiveram ao serviço da ocupação indonésia, explorando algumas contradições existentes entre um povo que luta com grandes dificuldades económicas e, portanto, contra o povo de Timor e dos seus dirigentes democraticamente eleitos.

A falta de honra e dignidade do governo australiano neste processo é total e vergonhosa. Claramente semeia a discórdia e o conflito, através de timorenses corruptos, para depois surgir com o seu exército na posição de "salvador".

Será que esta "ocupação" australiana não será muito mais "venenosa" do que a ocupação Indonésia?

Será que ainda se estará a tempo de voltar a ajudar o sacrificado povo de Timor e salvar este inocente sorriso do seu futuro?


Entretanto, e isto será um sinal positivo, a União Europeia congratulou-se hoje (dia 10) com a posse do prémio Nobel da Paz José Ramos-Horta como primeiro-ministro de Timor-Leste, considerando-a um «passo em frente encorajador».

O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, de 56 anos, prestou hoje juramento do cargo em Díli, na presença do presidente Xanana Gusmão.

«Esta nomeação é um passo em frente encorajador após semanas de instabilidade política e de violência», lê-se num comunicado da presidência finlandesa da UE.

4 comentários:

António Silva disse...

Esta cena já é velha.
Perante a força das armas todos se curvam.
Não é a razão nem a ética que se impõe.Não há princípios.

Susana Barbosa disse...

As Relações Internacionais são deveras complicadas porque têm sempre na base da tomada de decisões, interesses políticos e conómicos que se sobrepõe à paz e ao bem estar dos cidadãos.

Um abraço e uma boa semana!

veritas disse...

E os Estados Unidos no Iraque? Não existiu uma segunda intenção além da libertação do povo de um regime de tirania e da persegição de membros da Al Quaeda? As armas de destruição em massa ainda não apareceram...

veritas disse...

perdão, perseguição...