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Maioria apoia sistema de quotas para mulheres

Written By Al Berto on quinta-feira, julho 06, 2006 | quinta-feira, julho 06, 2006

A maioria dos portugueses concorda com a introdução de um sistema de quotas que garanta a presença de um certo número de mulheres nas listas eleitorais, indica o Barómetro DN/TSF/Marktest.

Entre os inquiridos, 52 por cento apoiam a introdução deste sistema, com as próprias mulheres, os habitantes dos grandes centros urbanos e a classe média a serem os principais responsáveis por este resultado.

Por seu lado, 42 por cento estão contra esta opção, com os homens e a classe alta/média-alta a terem uma importante quota-parte nas respostas contra a introdução de um sistema de quotas.

Apesar destes resultados, 75 por cento dos inquiridos defende que o Governo deveria incluir mais mulheres, com 9,9 por cento a considerarem que não deveria haver mais mulheres no Executivo.

Já 70 por cento dizem que a participação das mulheres na política é insuficiente, mas caso houvesse mais mulheres na política, 57 por cento entendem que as coisas seriam melhores, com 23 por cento a acharem que tudo ficaria na mesma e três a dizerem que mudaria para pior.


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É curioso esses sujeitos tidos como da classe alta/média-alta estarem contra esta medida.
É uma minoria que, provavelmente, querem as mulheres bem domadinhas, de preferência a jogar á canastra ou ao bridge com as amigas enquanto saboreiam um chá. Umas compras, uma ida ao massagista ou ao cabeleireiro também não e má ideia.

A do "massagista" é capaz de ser a actividade mais polémica delas todas.

Enfim, pessoas sem qualquer noção do que é a vida e vivendo um mundo normalmente artificial e baseado unicamente em bens materiais.

...bem eu incluo-me nos 57% que entende que as coisas seriam melhores com mais mulheres na política, basta ver o exemplo dos países nórdicos.

5 comentários:

veritas disse...

Sim, José Alberto, mas infelizmente na nossa sociedade ainda domina o machismo, mas o pior de tudo é que a maioria das mulheres acata isso com naturalidade. Não quero estar aqui a fomentar uma guerra dos sexos, mas a mentalidade portuguesa nesse sentido ainda está um bocado retrógrada. Enquanto em casa não existir naturalidade na divisão de tarefas, será difícil para uma mulher ocupar determinados cargos. Até porque a nível de chefia nas empresas mais fácil é ver homens que mulheres...ainda continuam a ser elas a gozar as licenças de maternidade e isso a nível de grandes responsabilidades e decisões numa empresa representa congelamento de pelo menos 4 meses...

Kafé Roceiro disse...

Sinceramente, não consigo lidar com diferenças tão absurdas. Mulheres são tão capazes quanto os homens. Todas as raças são capazes entre si. Abaixo o preconceito de qualquer tipo! Isso é que faz o ser humano não ser bom o suficiente, é não se igualar.

Al Berto disse...

Olá Veritas:

Se nas empresas isso até poderá acontecer, até porque se trata de iniciativa privada, que se comece então pela política que é de domínio público.
Além disso não é razoável que por causa de alguns meses numa vida (1 ou dois filhos) toda ela seja hipotecada.
Numa sociedade machista como refere a questão das quotas visa exactamente minorar esta situação.

Um abraço,

Magui disse...

Aqui no Brasil ja existe a cota de 20% desde 88 mas nao adianta nada porque nao tem mulheres que queiram se sujeitar as regras machistas das eleicoes.Aparece mulher para se candidatar mas nao se elegem e a maioria das mulheres nem tem tempo para ficar com as conversas e jogos impostos pelos homens .

Al Berto disse...

Olá Magui:

Não percebi bem a tua exposição quanto ao sistema brasileiro, mas o que se pretende em Portugal será, pelo que me foi dado conhecer, diferente.
É que as mulheres para além de determinada quota terão de aparecer nas listas em lugar elegível consoante o respectivo circulo eleitoral.

Isto faz toda a diferença.
O resto é tudo uma questão de mentalidade retrógrada. A prová-lo está como funciona na perfeição nos países nórdicos.

Um abraço,