E me vele esta noite de tal frio,
E com as mãos piedosas até o fio
Do meu pobre existir, meio partido...
Que me leve consigo, adormecido,
Ao passar pelo sítio mais sombrio...
Me banhe e lave a alma lá no rio
Da clara luz do seu olhar querido...
Eu dava o meu orgulho de homem - dava
Minha estéril ciência, sem receio,
E em débil criancinha me tornava,
Descuidada, feliz, dócil também,
Se eu pudesse dormir sobre o teu seio,
Se tu fosses, querida, a minha mãe!
2 comentários:
Adoro este poema que retrata a Mulher-Mãe, no fundo o que todos os homens procuram, mas não confessam, um prolongamento da mãe na mulher dos seus sonhos...Sabe que este é um dos meus poetas preferidos?
Cumprimentos.
Olá Veritas:
Muito bom gosto vejo que tem,
Sadia mente que a pensar vai mais além.
Cumprimentos.
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